segunda-feira, 16 de junho de 2014

Equisetum arvense - Cavalinha

Equisetum arvense - Cavalinha

  • Considera-se que esta planta tem mais de 300 milhões de anos sendo assim, comparativamente, uma das formas de vida vegetal mais antigas do mundo.
A cavalinha (Equisetum ssp.) constitui o único gênero da família das equisetáceas, descrito por Lineu em 1753. Seu nome é de origem latina, composto por "equi" (cavalo) e "setum" (cauda), ou seja, rabo de cavalo. Esta espécie também é conhecida como milho de cobra, erva-carnuda, rabo-de-rato, cauda-de-raposa, rabo-de-cobra, cana-de-jacaré, erva-canudo, lixa-vegetal, cola-de-cavalo, entre outras.
  • Nestas plantas, as folhas são muito reduzidas, mostrando-se inicialmente como pequenas inflorescências translúcidas. Os caules são verdes e fotossensíveis, apresentando como características distintas o fato de serem ocos, com juntas e estrias.
Conhecida a muito tempo sempre gozou de ótima reputação como planta medicinal. Atualmente é muito apreciada por seu elevado conteúdo em sílicio, oligoelemento mineral que participa nos processos de regeneração dos tecidos.
  • Durante o período em que a Terra concentrava maiores taxas de carbono, a cavalinha era uma planta dominante e atingia mais de 12 metros de altura. A planta se reproduz através de esporos ao invés de utilizar o método da polinização. A cavalinha é uma planta perene, que tem cor verde escura oca e geralmente pode ser encontrada em áreas úmidas e tem uma grande quantidade de cristais de silício (ou areia) em seu tecido.
O nome em latim da planta cavalinha, Equisetum arvense, significa “rabo de cavalo dos campos”. Durante o período em que a Terra concentrava maiores taxas de carbono, a cavalinha era uma planta dominante e atingia mais de 12 metros de altura. A planta se reproduz através de esporos ao invés de utilizar o método da polinização. 
A cavalinha é uma planta perene, que tem cor verde escura oca e geralmente pode ser encontrada em áreas úmidas e tem uma grande quantidade de cristais de silício (ou areia) em seu tecido. 
  • A Equisetum arvense faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.
Classificação científica:
  • Reino: Plantae
  • Divisão: Pteridophyta
  • Classe: Equisetopsida
  • Ordem: Equisetales
  • Família: Equisetaceae
  • Gênero: Equisetum
De entre as espécies de Equisetum, algumas são de origem europeia, como o E. arvensis, outras de origem americana, porém, todas têm características e usos semelhantes. Doses excessivas podem provocar: torpor, distensão abdominal, diarréia, hipotensão arterial, taquicardia, coma e até morte.
  • No Brasil se encontra o Equisetum giganteum, nativa de áreas pantanosas de todo o país. É usada como medicinal no sul e sudeste, mas praticamente desconhecida no nordeste. Doses excessivas podem causar disfunções cardíacas e renais. Quando ingeridas pelo gado causam intoxicações. 
Outras espécies das Américas são o E. hyemale e o E. martii.

Subgênero Equisetum
  • Equisetum arvense L.
  • Equisetum bogotense HBK.
  • Equisetum diffusum D.Don
  • Equisetum fluviatile L.
  • Equisetum palustre L.
  • Equisetum pratense Ehrh.
  • Equisetum sylvaticum L.
Equisetum telmateia Ehrh
Subgênero Hippochaete
  • Equisetum giganteum
  • Equisetum myriochaetum Schlecht. and Cham.
  • Equisetum hyemale L.
  • Equisetum laevigatum
  • Equisetum ramosissimum Desf.
  • Equisetum scirpoides Michx.
  • Equisetum umbrosum J.G.F. Meyer ex Wild.
  • Equisetum variegatum Schleicher
Propriedades Botânicas: 
  • A cavalinha é uma planta merengue. Não possui plantaes e, consequentemente, nem goradas; algumas espécies possuem folhas verticiladas, mas reduzidas a tamanho insignificante.
O caule é de cor verde, oco, fotossintético, com textura áspera ao tato por causa da presença de silício e pode ser encontrado de duas maneiras:
  • o caule fértil, geralmente curto, surge no início da primavera. Apresenta na extremidade a espiga produtora de esporos, que serve para a sua reprodução, que, porém, também pode ocorrer através de rizomas.o caule estéril, geralmente longo, surge depois que o caule fértil murcha.Os esporos estão contidos em estróbilos apicais.
As cavalinhas são plantas vasculares, perfazendo cerca de 16 espécies de plantas do gênero Equisetum. Este gênero é o único na família Equisetaceae, a qual por sua vez é a única família da ordem Equisetales e da classe Equisetopsida (também conhecida como Arthrophyta em livros antigos), embora algumas análises moleculares recentes coloquem este gênero dentro das Pteridophytas, relacionando-as aos Marattiales. 
Estes dados moleculares, contudo, são ainda ambíguos. Outras classes e ordens de Equisetophyta são conhecidas a partir de informação fóssil, pois eles foram importantes membros da flora durante o período Carbonífero
O gênero é comum nas cidades e está presente em todos continentes exceto Austrália e Antártica. Elas são plantas perenes e herbáceas, secando no inverno (para a maioria das espécies temperadas) ou sempre verde(para algumas espécies tropicais, e a espécie temperada Equisetum hyemale). A maioria delas cresce 0,2 – 1,5 m de altura, embora a E. telmateia possa excepcionalmente alcançar 2,5 m, e a espécie tropical E. giganteum 5 m, e E. myriochaetum 8 m.
  • A cavalinha apresenta dois tipos de talos. No início da primavera começam a surgir os talos férteis, que atingem em torno de 10 a 25 cm de altura e possuem cor acinzentada e morrem no verão, dando lugar aos talos estéreis, que possuem cor verde e são mais altos, podendo atingir até 90 cm de altura. Os talos estéreis morrem no início do inverno. A foto abaixo mostra a cavalinha com os seus talos estéreis.

Chá de equisetum arvense - Cavalinha

Propriedades Químicas: 
  • Sua composição química é formada por grande quantidade de silício e quantidades menores de cálcio, ferro, magnésio, tanino, sódio, entre outros. ácido caféico, ácido fenol-carboxílico, ácido gálico, ácido palmítico, ácido silícico, apigenina, equisetonina, espermidina, glicosídeos flavônicos, luteolina, nicotina, sacarídeos, sais de potássio, saponinas, taninos, tiaminase. É adaptada a solos húmidos e por ser agressiva e persistente, deve–se cuidar para que não se torne uma erva daninha.
O extrato bruto da E. arvense e as frações AE e BuOH da M. chamaedrys foram avaliados quanto ao seu potencial antioxidante, de acordo com o método descrito no procedimento experimental. O dano celular, avaliado pela dosagem das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), apresentaram-se diminuídos para os grupos de animais tratados com os extratos e ou frações de ambas as plantas estudadas, quando comparados com os grupos controles. Desta forma, exerceram um efeito protetor sobre os tecidos cerebrais.
  • Os níveis de GSH (glutationa reduzida) nos animais tratados com o extrato bruto da E. arvense mostraram-se sensivelmente aumentados, se comparados com o grupo controle e o tratado com Deprenil. 
Como não houve modificação na atividade da GR (glutationa redutase), pode-se supor que a elevação dos níveis da GSH não se deva à regeneração da glutationa oxidada (GSSG) pela GR e sim a um aumento na “síntese de novo” desta biomolécula. Como a atividade das enzimas citoprotetivas superóxido dismutase (SOD) e a da catalase (CAT), não sofreram modificações significativas, isto pode indicar que foram pouco requisitadas pelo sistema de defesa antioxidante, podendo-se deduzir que existam substâncias presentes capazes de “sequestrar” (scavenger) EROS. 
  • Já as enzimas GST (glutationa-S-transferase) e GPx (glutationa peroxidase) e os conteúdos de GT (glutationa total), não apresentaram alterações significantes em relação aos grupos controle e deprenil, corroborando a suposição anterior.
Os níveis de GSH dos grupos de animais tratados com as frações AE e BuOH da M. chamaedrys apresentaram-se reduzidos em relação ao controle e ao grupo tratado com Deprenil. Como a atividade da GPx dos grupos tratados com a fração BuOH mostrou-se bastante reduzida , poder-se-ia acreditar que a GPx estaria utilizando a GSH para converter o peróxido de hidrogênio (H2O2) em água e oxigênio. 
  • Porém, como a concentração da GT e a atividade da GR não tiveram modificações, poderia indicar que esta fração teria substâncias que poderiam estar de alguma forma alterando os níveis da glutationa oxidada (GSSG) e/ ou da atividade da glutationa redutase (GR), não restaurando, então, os níveis de GSH. 
Já o grupo de animais tratados com a fração AE teve alteração sensível da atividade da GPx em relação aos outros grupos, podendo significar que esta fração contém substâncias capazes de estimular a síntese desta enzima e ou ter substâncias “scavenger”, visto que a atividade da SOD apresentou-se diminuída em relação ao controle e a CAT não se alterou, podendo-se, desta maneira, deduzir que estas enzimas não estariam sendo muito mais requisitadas pelo sistema de defesas anti-estresse oxidativo. 

Propriedades medicinais: 
Benefícios da cavalinha
  • A cavalinha é uma planta medicinal rica em minerais que podem ajudar na recuperação de fraturas e cortes nos ossos, carne e cartilagem, como também pode melhorar o tempo de coagulação do sangue. O alto teor de sílica em sua composição fortalece os tecidos conjuntivos do corpo e beneficia pacientes no tratamento de artrite reumatóide. A cavalinha também pode ser uma considerável influência benéfica contra problemas brônquicos, reumatismo e gota.
Em algumas formas de tuberculose, a cavalinha ajuda a isolar os focos da doença nos pulmões. Ensaios clínicos demonstraram que o ácido silícico solúvel promove a formação de leucócitos, estimulando as defesas do próprio organismo, auxiliando no processo de cura natural. A cavalinha também pode ser uma considerável influência benéfica contra problemas brônquicos, reumatismo e gota.
  • Quando a cavalinha ainda é um planta jovem, a parte exterior pode ser descascada e a polpa interna consumida. Na culinária, pode ser fervida e consumida como aspargos. As raízes são tuberosas e podem ser comidas cruas no começo da primavera ou fervidas como um legume no decorrer do ano.
Na medicina alternativa, a cavalinha é utilizada cataplasma para o tratamento de feridas. Ducha para leucorréia. Colírio para conjuntivite. Embebição para chulé. Lavagem para fortalecer os cabelos e líquido para limpeza bucal para gengivite. 
  • A cavalinha é composta de flavonóides, princípio amargo, alcalóides (equisetonina, nicotina, palustre, palustrina), sílica, cálcio, manganês, magnésio, enxofre, fitosteróis e tanino. O chá de cavalinha pode ser preparado e borrifado em ervas de jardim e prevenir o ataque de fungos.
Suas propriedades adstringentes e diuréticas, auxiliam no tratamento da gonorréia, diarréias, infecções de rins e bexiga, estimulam a consolidação de fraturas ósseas, agem sobre as fibras elásticas das artérias, atuam em casos de inflamação e inchaço da próstata, aceleram o metabolismo cutâneo, estimulam a cicatrização e aumentam a elasticidade de peles secas, sendo indicada ainda para o combate de hemorragias ou cãibras, úlceras gástricas e anemias.
  • É usada também como hidratante profundo, ajuda a evitar varizes e estrias, limpa a pele, fortalece as unhas, dá brilho aos cabelos, auxilia no tratamento da celulite e também da acne. Com fins ornamentais é utilizada na composição da flora de lagos decorativos, em áreas brejosas, etc.
Toda a planta é rica em substâncias minerais, especialmente silício e potássio. Além disso, contém uma saponina ( a equisetonina ); flavonóides, aos que se deve seu efeito diurético; diversos ácidos orgânicos; e resinas. Possui propriedades remineralizantes, diuréticas e depurativas, hemostáticas e, em aplicação externa, cicatrizante.
  • Adstringente 
  • Antibacteriano
  • Antifúngico
  • Anti-inflamatória
  • Diaforético
  • Diurético-hemostático
  • Nutritivo
  • Vulnerário.
A cavalinha é uma planta muito rica em minerais e pode ajudar na recuperação de fraturas e cortes nos ossos, carne e cartilagem, como também pode melhorar o tempo de coagulação do sangue. O alto teor de sílica em sua composição fortalece os tecidos conjuntivos do corpo e beneficia no tratamento de artrite reumatóide. O chá de cavalinha pode ser preparado e borrifado em ervas de jardim e prevenir o ataque de fungos.
  • Em algumas formas de tuberculose, a cavalinha ajuda a isolar os focos da doença nos pulmões. Ensaios clínicos demonstraram que o ácido silícico solúvel promove a formação de leucócitos, estimulando as defesas do próprio organismo, auxiliando no processo de cura natural. A cavalinha também pode ser uma considerável influência benéfica contra problemas brônquicos, de reumatismo e gota.
Quando a planta ainda é jovem, a parte exterior pode ser descascada e a polpa interna consumida. Na culinária, a planta pode ser fervidos e consumidos como aspargos. As raízes são tuberosas e podem ser comidas cruas no começo da primavera ou fervidas como um legume no decorrer do ano.
  • Na medicina alternativa, a cavalinha é utilizada na forma de cataplasma para o tratamento de feridas. Ducha para leucorréia. Colírio para conjuntivite. Embebição para chulé. Lavagem para fortalecer os cabelos e líquido para limpeza bucal para gengivite. A cavalinha é composta de flavonóides, princípio amargo, alcalóides (equisetonina, nicotina, palustre, palustrina), sílica, cálcio, manganês, magnésio, enxofre, fitosteróis e tanino.
Usos tradicionais: 
  • Acne, artrite, artrite reumatóide, catarro, conjuntivite, diarréia, disenteria, dismenorréia, eczema, edema, feridas, fraturas, gengivite, hemorragia, incontinência urinária, leucorréia, osteoporose, pedras no rim, perda de sangue, problemas nos ligamentos, úlceras, unhas fracas.
Efeitos colaterais e contra-indicações:
  • Grandes quantidades da erva cavalinha podem ser ligeiramente tóxicas devido à presença do alcalóide equisetina. A planta, consumida durante um longo período de tempo, pode causar deficiência em vitamina B-1, vez que a planta possuí uma enzima que destrói essa vitamina, no entanto, alguns métodos de cozimento podem anular a ação de tal enzima. 
A cavalinha também é rica em selênio, o que faz com que ela seja recomendada para ser colhida durante a primavera, onde os níveis de tal mineral não estão tão altos. O uso prolongado também pode causar irritação nos rins.
  • O uso da cavalinha é contraindicado durante a gestação e lactação. Pode se tornar uma planta invasiva prejudicando outras espécies de plantas do local. É resistente a muitos herbicidas e o seu controle é difícil.
A cavalinha é tóxica para o gado e deve ser eliminada dos locais de pastagem na criação extensiva. Os sintomas apresentados pelos animais que podem indicar intoxicação por ingestão da cavalinha são perda de peso, perda do controle muscular e andar cambaleante. Dependendo da quantidade ingerida, pode levar o animal à morte por emagrecimento.
  • Grandes quantidades da erva cavalinha podem ser ligeiramente tóxicas devido à presença do alcalóide equisetina. A planta, consumida durante um longo período de tempo, pode causar deficiência em vitamina B-1, vez que a planta possuí uma enzima que destrói essa vitamina, no entanto, alguns métodos de cozimento podem anular a ação de tal enzima. 
A cavalinha também é rica em selênio, o que faz com que ela seja recomendada para ser colhida durante a primavera, onde os níveis de tal mineral não estão tão altos. O uso prolongado também pode causar irritação nos rins.

Equisetum arvense - Cavalinha