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segunda-feira, 30 de junho de 2014

A Farmacologia

A Farmacologia

  • A origem das doenças, até os filósofos gregos, era quase sempre atribuída às causas sobrenaturais como castigo dos deuses ou infringida por outrem sob a forma de intenções ruins como “mau-olhado” ou outros meios semelhantes. 
A preocupação com a explicação da saúde e da doença, sem ser em bases sobrenaturais, nasceu com a filosofia grega, e, sua busca de uma explicação da constituição da natureza. 
  • Teorias foram desenvolvidas em várias escolas médicas gregas como Knidos, Crotona e Kos. Na escola de Kos, onde Hipócrates seria aluno, desenvolveu-se, pela primeira vez, a idéia de uma patologia geral, oposta à idéia original, que prevalecia anteriormente, de que as doenças eram sempre limitadas a um único órgão. 
Segundo esta escola, os processos mórbidos eram devidos a uma reação da natureza a uma dada situação, em que havia um desequilíbrio humoral, sendo, então, a doença, constituída de três fases: a apepsia, caracterizada pelo aparecimento do desequilíbrio; a pepsis, onde a febre, a inflamação e o pus eram devidos à reação do corpo, e a crisis ou lysis, onde se dava a eliminação respectivamente, brusca ou lenta, dos humores em excesso. 
  • A idéia de que espíritos animais percorriam os nervos, originada também por alguns pensadores gregos, permaneceu corrente até o século XVII, quando ficou demonstrada a natureza elétrica na condução nervosa. Desde seus primórdios, o ser humano percebeu os efeitos curativos das plantas medicinais, notando que de alguma forma sob a qual o vegetal medicinal era administrado (pó, chá, banho e outros) proporcionava a recuperação da saúde do indivíduo. 
As plantas medicinais, utilizadas há milhares de anos, servem de base para estudos na produção de novos medicamentos. Estima-se que 80% da população no Terceiro Mundo faz uso de fitoterápicos, sendo que 85% destes possuem extratos de plantas medicinais A cultura brasileira sofreu sérias influências desta mistura de etnias, tanto no aspecto espiritual, como material, fundindo-se aos conhecimentos existentes no país. 
  • A palavra Farmacologia é derivada de pharmakon, de origem grega, com vários significados desde uma substância de uso terapêutico ou como veneno, de uso místico ou sobrenatural, sendo utilizados na antiguidade como remédios (ou com estes objetivos) até mesmo insetos, vermes e húmus. Provavelmente, as plantas tiveram influência importante na alimentação, para alívio, e, também para casos de envenenamento do homem primitivo. 
Algumas plantas e animais com características tóxicas, já eram utilizados para a guerra, execuções de indivíduos, e, para a caça. A História registra que Cleópatra testou algumas plantas em suas escravas quando decidiu suicidar. Cerca de 4.000 anos a.C., os sumerianos conheciam os efeitos psíquicos provocados pelo ópio, inclusive também para a melhora da diarréia. 
  • A palavra droga origina do holandês antigo droog que significa folha seca, pois, antigamente quase todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais. Embora em francês drogue signifique erva, relacionada por alguns autores como a origem da palavra droga, a maioria dos
Esta ciência engloba o conhecimento da história, origem, propriedades físicas e químicas, associações, efeitos bioquímicos e fisiológicos, mecanismos de absorção biotransformação e excreção dos fármacos para seu uso terapêutico ou não.
  • Farmácia, em termos gerais, é a ciência praticada por profissionais formados em uma faculdade de farmácia (farmacêuticos), e tem como objeto de estudo o fármaco e seus usuários, e como objetivo a pesquisa, desenvolvimento e produção de novos medicamentos, utilizando-se como fonte plantas, animais, seres vivos em geral e minerais, estudo da manipulação de fármacos, criação e aplicação de métodos de controle de qualidade, estudo de formas de aplicação de orientação ao usuário quanto ao uso racional do medicamento, criação e aplicação de métodos de identificação e dosagem de tóxicos.
No Brasil, junto com os primeiros colonizadores vieram o barbeiro-cirurgião, o aprendiz-de-boticário e os jesuítas que traziam consigo a caixa de botica, uma arca de madeira contendo medicamentos. Ela também estava presente em todas as embarcações que atravessavam o Atlântico, nas entradas e bandeiras e expedições militares navais ou terrestres. 
  • Aos poucos, as lojas de boticas foram se estabelecendo nos núcleos mais populosos e sofriam a concorrência das lojas de barbeiros. Outros concorrentes até o século XVII eram os padeiros, os ourives, os negociantes de fazendas secas. Contudo, a manipulação de medicamentos passou com o tempo a ser efetuada apenas pelas boticas. 
Os primeiros boticários eram pessoas de origem humilde, filhos de boticários, pedreiros, carpinteiros, alfaiates, etc. Apenas no século XVIII começaram a se estabelecer no Brasil boticários devidamente preparados para a função.

Destino dos fármacos no organismo:
  • Qualquer substância que atue no organismo vivo pode ser absorvida por este, distribuída pelos diferentes órgãos, sistemas ou espaços corporais, modificada por processos químicos e finalmente eliminada. 
A farmacologia estuda estes processos e a interação dos fármacos com o homem e com os animais, os quais se denominam:
  • Absorção - Para chegar na circulação sanguínea o fármaco deve passar por alguma barreira dada pela via de administração, que pode ser: cutânea, subcutânea, respiratória, oral, retal, muscular. Ou pode ser inoculada diretamente na circulação pela via intravenosa, sendo que neste caso não ocorre absorção, pois não atravessa nenhuma barreira, caindo diretamente na circulação. 
A absorção (nos casos que existe barreira) do fármaco, é como já foi citado anteriormente, fundamental para seu efeito no organismo.A maioria dos fármacos é absorvida no intestino, e poucos fármacos no estômago, os fármacos são melhor absorvidos quando estiverem em sua forma não ionizada, então os fármacos que são ácidos fracos serão absorvidos melhor no estômago que tem pH ácido, 
  • Exemplo(Àcido Acetil Salicilico), já os fármacos que são bases fracas, serão absorvidos principalmente no intestino, sendo que esse tem um pH mais básico que o do estômago. Os fármacos na forma de comprimido, passam por diversas fases de quebra, até ficarem na forma de pó e assim serem solubilizados e absorvidos, já os fármacos em soluções, não necessitam sofrer todo esse processo, pois já estão na forma solúvel, e podem ser rapidamente absorvidos. 
A seguir uma ordem de tempo de absorção, para várias formas farmacêuticas: Comprimido>Cápsula>Suspensão>Solução.
  • Distribuição - Uma vez na corrente sanguínea o fármaco, por suas características de tamanho e peso molecular, carga elétrica, pH, solubilidade, capacidade de união a proteínas se distribui pelos distintos compartimentos corporais.
  • Metabolismo ou Biotransformação - Muitos fármacos são transformados no organismo por ação enzimática. Essa transformação pode consistir em degradação (oxidação, redução, hidrólise), ou em síntese de novas substâncias como parte de uma nova molécula (conjugação). O resultado do metabolismo pode ser a inativação completa ou parcial dos efeitos do fármaco ou pode ativar a droga como nas "pródrogas" p.ex: sulfas. Ainda mudanças nos efeitos farmacológicos dependendo da substância metabolizada. Alguns fatores alteram a velocidade da biotransformação, tais como, inibição enzimática, indução enzimática, tolerância farmacológica, idade, patologias, diferenças de idade, sexo e espécie e e claro uso de outras drogas concomitantemente.
  • Excreção - Finalmente, o fármaco é eliminado do organismo por meio de algum órgão excretor. Os principais são rins e fígado p.ex: através da bile, mas também são importantes a pele, as glândulas salivares e lacrimais, ocorre também a excreção pelas fezes.
Os fármacos geralmente tem uma lipofilia moderada, caso contrário eles não conseguiriam penetrar através da membrana das células com facilidade, e a via de excreção mais usada pelo organismo é a via renal, através da urina, então geralmente os fármacos como são mais apolares tendem a passar pelo processo de metabolização, que os torna mais polares e passíveis de serem eliminados pela urina, mas aí o que está sendo eliminado do organismo são os metabólitos do fármaco, já não é mais o fármaco. 
  • Já os fármacos que são polares são eliminados pela urina sem passar pela metabolização, e então o que está sendo eliminado agora é o fármaco mesmo e não seus metabólitos.

A Química e Farmácia

  • A palavra droga origina do holandês antigo droog que significa folha seca, pois, antigamente quase todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais. Embora em francês drogue signifique erva, relacionada por alguns autores como a origem da palavra droga, a maioria dos autores, fundamentando-se em antigos dicionários, afirmam que se deve a palavra droog a origem do nome. 
Embora a Farmacologia tenha sido reconhecida como ciência no final do século XIX, na Alemanha, as ervas já serviam para a manipulação de remédios há bastante tempo, e, as drogas de origem vegetal predominaram no tratamento das doenças até a década de 1920 quando a indústria farmacêutica moderna iniciou o desenvolvimento produzindo produtos químicos sintéticos. 
  • Como a Biomedicina é uma das mais novas profissões da área de saúde, e, dedica-se ao conhecimento da estrutura e função do organismo humano, aos mecanismos causais das doenças, aos métodos de investigação científica e de análise complementar de diagnóstico, à análise química e microbiológica do meio ambiente, visando à melhoria da qualidade de vida da população, ou seja, a Biomedicina investiga as doenças humanas, suas causas, e, a formas de combatê-las. 
A disciplina Farmacologia neste Curso envolve os conhecimentos necessários para esse profissional de saúde, pois, consiste no estudo do mecanismo pelo qual os agentes químicos afetam a funções dos sistemas biológicos, portanto, de forma ampla, pois, envolve o estudo da interação dos compostos químicos (drogas) com os organismos vivos atuando, em maioria, através da influência das moléculas das drogas em constituintes das células. 
  • A Farmacologia é utilizada com os objetivos terapêuticos (seja para curar ou controlar doenças ou aliviar sintomas), preventivos (por exemplo, vacinas, e, fluoração da água), e, diagnósticos (por exemplo, contrastes usados em exames).
Farmacêutico:
  • Os farmacêuticos são profissionais da saúde, especialistas no preparo e utilização de medicamentos e suas consequências ao organismo humano ou animal. De uma maneira geral, podem trabalhar numa farmácia, hospital, na indústria, em laboratórios de análises clínicas, desenvolver novos medicamentos, praticar acupuntura, entre outras funções e lugares.
Curso de formação em Farmácia no Brasil
Uma farmácia moderna.
  • No Brasil, Farmácia é um curso de graduação que forma profissionais da saúde com pensamento crítico e humanístico, comprometido com a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde individual e coletiva; capacidade técnica e ética para desenvolver as atividades do exercício profissional farmacêutico, com ênfase nas áreas de medicamentos, alimentos e análises clínicas.
Os cursos de Farmácia brasileiros possuem carga horária mínima de 4.000 h e devem ser autorizados e reconhecidos pelo Ministério de Educação (MEC).Na legislação anterior, Resolução nº 04 de 11/04/1969, o farmacêutico possuía uma formação básica voltada à farmácia e três habilitações:

Habilitação em Indústria: 
A qual a formação seria Farmacêutico Industrial:
Habilitação em Bioquímica: 
  • Opção I - Alimentos: direcionada às análises bromatológicas, formando o Farmacêutico-Bioquímico de Alimentos; 
  • Opção 2 - Análises Clínicas: direcionada às análises clínicas, formando o Farmacêutico-Bioquímico (Analista Clínico).
O acadêmico tinha a possibilidade de complementar o seu curso com todas as disciplinas das diferentes habilitações, podendo exercer as três modalidades de habilitação acrescidas à formação básica de farmacêutico. Esse tipo de formação deixou de acontecer nos últimos anos.
  • Com a Resolução n.º 02 da Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE) do Ministério da Educação, aprovada em 19 de fevereiro de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia, criou-se o “farmacêutico com formação generalista”, incorporando à formação primária de farmacêutico todas as habilitações, não havendo mais a diferenciação entre farmacêutico simples, farmacêutico-bioquímico, farmacêutico industrial.
Portanto, não são mais autorizados cursos que contenham as antigas habilitações em Farmácia-Bioquímica (modalidade bioquímica e alimentos) e Farmácia Industrial, existindo somente a categoria de Farmacêutico Generalista. Os cursos que ainda mantém essa estrutura curricular estão sendo adaptados para o novo modelo, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC.
  • O farmacêutico desenvolve atividades em farmácia comercial, privativa e hospitalar; drogaria; distribuidora de medicamentos; indústria de medicamentos alopáticos; indústria de saneantes e domissanitários, indústria de cosméticos e perfumes; laboratórios de análises clínicas e toxicológicas; produção; controle e análise de alimentos. 
Está capacitado para atuar na pesquisa; desenvolvimento; seleção, manipulação, produção, armazenamento e controle de qualidade de insumos; fármacos; sintéticos; recombinantes e naturais; medicamentos; cosméticos; saneantes e domissaneantes; e correlatos.
  • O farmacêutico atua em órgãos de regulamentação e fiscalização do exercício profissional e de aprovação; registro e controle de medicamentos; cosméticos, saneantes, domissaneantes e correlatos; atua na avaliação toxicológica de medicamentos, cosméticos, saneantes, domissaneantes, correlatos e alimentos; realiza, interpreta, emiti laudos e pareceres e responsabiliza-se tecnicamente por análises clínico-laboratoriais, incluindo exames hematológicos, citológicos, citopatológicos e histoquímicos, biologia molecular, bem como análises toxicológicas, dentro dos padrões de qualidade e normas de segurança; realiza procedimentos relacionados à coleta de material para fins de análise laboratoriais e toxicológicas.
As atividades regulamentadas pelo Conselho Federal de Farmácia como áreas de atuação do farmacêutico brasileiro são: 
  • Acupuntura.
  • Administração de laboratório clínico.
  • Administração farmacêutica. 
  • Administração hospitalar. 
  • Análises clínicas. 
  • Assistência domiciliar em equipes multidisciplinares.
  • Atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência. 
  • Auditoria farmacêutica. 
  • Bacteriologia clínica.
  • Banco de cordão umbilical. 
  • Banco de leite humano.
  • Banco de sangue. 
  • Banco de Sêmen. 
  • Banco de órgãos. 
  • Biofarmácia. 
  • Biologia molecular.
  • Bioquímica clínica.
  • Bromatologia.
  • Citologia clínica.
  • Citopatologia.
  • Citoquímica.
  • Controle de qualidade e tratamento de água, potabilidade e controle ambiental. 
  • Controle de vetores e pragas urbanas.
  • Cosmetologia. 
  • Exames de DNA.
  • Farmacêutico na análise físico-química do solo.
  • Farmácia antroposôfica.
  • Farmácia clínica.
  • Farmácia comunitária.
  • Farmácia de dispensação.
  • Fracionamento de medicamentos.
  • Farmácia dermatológica.
  • Farmácia homeopática. 
  • Farmácia hospitalar. 
  • Farmácia industrial.
  • Farmácia magistral.
  • Farmácia nuclear (radiofarmácia). 
  • Farmácia oncológica.
  • Farmácia pública.
  • Farmácia veterinária. 
  • Farmácia escola. 
  • Farmacocinética clínica.
  • Farmacoepidemiologia.
  • Fitoterapia. 
  • Gases e misturas de uso terapêutico. 
  • Genética humana.
  • Gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde. 
  • Hematologia clínica. 
  • Hemoterapia.
  • Histopatologia.
  • Histoquímica. 
  • Imunocitoquímica.
  • Imunogenética histocompatibilidade.
  • Imuno histoquímica. 
  • Imunologia clínica.
  • Imunopatologia.
  • Meio ambiente, segurança no trabalho, saúde ocupacional e responsabilidade social.
  • Micologia clínica.
  • Microbiologia clínica.
  • Nutrição parenteral.
  • Parasitologia clínica.
  • Saúde pública. 
  • Toxicologia clínica. 
  • Toxicologia ambiental.
  • Toxicologia de alimentos.
  • Toxicologia desportiva.
  • Toxicologia farmacêutica.
  • Toxicologia forense.
  • Toxicologia ocupacional.
  • Toxicologia veterinária. 
  • Vigilância sanitária.
  • Virologia clínica.
Disciplinas que compõem a Ciência Farmacêutica:
  • Anatomia humana, embriologia humana, histologia, genética, fisiologia, imunologia geral e clínica, patologia, parasitologia geral e clínica, bioestatística, epidemiologia, farmacoepidemiologia, microbiologia geral e clínica, micologia, virologia, hematologia clínica, biofísica, química geral, química orgânica, química inorgânica, química analítica qualitativa e quantitativa, análise orgânica, química farmacêutica, matemática aplicada à farmácia, biofísica, físico-química, bioquímica clínica, biologia molecular, botânica, farmacognosia, fitoquímica, farmacologia, farmacocinética, farmacodinâmica, farmacotécnica, farmaco-terapêutica, líquidos corporais, identificação e análise de matéria prima de medicamentos, toxicologia, higiene social, saúde coletiva, dispensação farmacêutica, administração/economia, deontologia/legislação farmacêutica, atenção farmacêutica, controle de qualidade biológico e físico-químico, tecnologia farmacêutica de cosméticos, homeopatia, farmácia hospitalar, Gestão de Empresas Farmacêuticas e bromatologia.
A cobra enrolada na taça é conhecida como o símbolo da farmácia, e tem origem na Antiguidade grega. Segundo as literaturas antigas, o símbolo da farmácia ilustra o poder (taça) da cura (cobra).
  • Existe a lenda que conta que uma cobra enrolou-se no cajado de Hipócrates e quando estava para picá-lo, ele olhou para a serpente e disse: “se queres me fazer mal, de nada adiantará que me firas, pois tenho no corpo o antídoto contra tua peçonha. Se estás com fome, te alimentarei”. Então ele pegou a taça onde fazia misturas de ervas medicinais, colocou leite e ofereceu à serpente, esta desceu do cajado, enrolou-se na taça e bebeu o leite. 
Desta forma criou-se o símbolo da medicina (a cobra envolvendo o cajado) e o símbolo da farmácia (a cobra envolvendo a taça).
  • Outra lenda sobre a origem do símbolo de farmácia está relacionada à morte de Esculápio (deus da saúde na mitologia greco-romana, também denominado por Asclépio) fulminado por um raio lançado por Zeus como punição por ressuscitar mortos pelo poder das ervas, arte aprendida com o centauro Quiron. 
Com a morte de Esculápio, a cobra enrolada em seu cajado, símbolo de seu poder sobre as doenças, foi adotada por Hígia, filha de Esculápio que passou a ser a deusa responsável pela saúde dos homens, tendo o cálice com a cobra enrolada como símbolo de seu poder sobre as doenças.
  • No Brasil, o Conselho Federal de Farmácia, em sua resolução no. 471 de 28 de fevereiro de 2008, estabelece o Topázio Imperial Amarelo como a pedra oficial da Farmácia.

Laboratório de Farmácia 

domingo, 29 de junho de 2014

Selênio - (Se)

O selênio é um oligoelemento necessário, em quantidades mínimas, para o bom funcionamento do organismo. Ele compõe diversas vias metabólicas importantes, como o metabolismo da tireoide e o sistema de imunológico.

  • Além dos benefícios conhecidos de selênio, como um grande produtor de proteínas especiais para estimular anticorpos após a vacina, ou os notáveis ​​efeitos protetores de certos metais tóxicos, também estimula a fertilidade masculina. Esta última razão que aumenta a produção de esperma e movimento dos espermatozóides. 
Os pesos atômicos padrão do cádmio, molibdênio, selênio e tório foram alterados com base em determinações recentes das abundâncias isotópicas terrestres. Além disso, os pesos atômicos padrão de 15 elementos foram revistos com base na nova avaliação de suas massas atômicas pela IUPAC.
  • O selênio (do grego σελήνιον, resplendor da lua) é um elemento químico de símbolo Se, número atômico 34 (34 prótons e 34 elétrons) e com massa atômica de 78 u. Em condições normais de temperatura e pressão (CNTP), o selênio encontra-se no estado sólido. É um não metal do grupo dos calcogênio (16 ou VIA) da Classificação Periódica dos Elementos.
É um elemento essencial para a maioria das formas de vida. Um dos seus usos é na fabricação de células fotoelétricas. Foi descoberto em 1817 por Jöns Jacob Berzelius ao visitar uma fábrica de ácido sulfúrico. 

Características principais:
  • O selênio pode ser encontrado em várias formas alotrópicas. O selênio amorfo existe em duas formas, a vítrea, negra, obtida ao esfriar-se rapidamente, o selênio líquido que funde a 180 °C e tem uma densidade de 4,28 g/cm³, e a vermelha, coloidal, que se obtém em reações de redução. 
O selênio cinza cristalino de estrutura hexagonal, a forma mais comum, funde a 220,5 °C e tem uma densidade de 4,81 g/cm³; a forma vermelha, de estrutura monoclínica, funde a 221 °C e tem uma densidade de 4,39 g/cm³.É insolúvel em água e álcool, ligeiramente solúvel em dissulfeto de carbono e solúvel em éter.
  • Exibe o efeito fotoelétrico, convertendo a luz em eletricidade. Além disso, sua condutibilidade elétrica aumenta quando exposto à luz. Abaixo de seu ponto de fusão é um material semicondutor do tipo p. o selênio é solúvel apenas em éter e ligeiramente em dissulfeto de carbono


Informações gerais:
  • Nome, símbolo, número Selênio, Se, 34
  • Série química Não metal
  • Grupo, período, bloco 16, 4, p
  • Densidade, dureza 4790 kg/m3, 2,0
Propriedade atômicas:
  • Massa atômica 78,96 u
  • Raio atômico (calculado) 120 pm
  • Raio covalente 120±4 pm
  • Raio de Van der Waals 190 pm
  • Configuração eletrônica [Ar] 4s2 3d10 4p4
  • Elétrons (por nível de energia) 2, 8, 18, 6 
  • Estado(s) de oxidação 6, 4, 2, 1, -2 (óxido ácido)
  • Estrutura cristalina hexagonal
Propriedades físicas:
  1. Estado da matéria sólido
  2. Ponto de fusão 494 K
  3. Ponto de ebulição 958 K
  4. Entalpia de fusão 6,69 kJ/mol
  5. Entalpia de vaporização 95,48 kJ/mol
  6. Volume molar 16,42×10−6m3/mol
  7. Pressão de vapor 1 Pa a 500 K
  8. Velocidade do som 3350 m/s a 20 °C
Diversos:
  • Eletronegatividade (Pauling) 2,55
  • Calor específico 320 J/(kg·K)
  • Condutividade térmica 2,04 W/(m·K)
  • 1º Potencial de ionização 941 kJ/mol
  • 2º Potencial de ionização 2045 kJ/mol
  • 3º Potencial de ionização 2973,7 kJ/mol
  • 4º Potencial de ionização 4144 kJ/mol
Aplicações:
  • O selênio usa-se em várias aplicações eletrônicas, entre outras, como em células solares e retificadores. 
Em fotografia é empregado para intensificar e incrementar as faixas de tonalidades das fotografias em branco e preto e a durabilidade das imagens, assim como em xerografia. É adicionado aos aços inoxidáveis e utilizado como catalisador em reações de desidrogenação.
  • O seleniato de sódio é usado como inseticida, para o controle de enfermidades de animais e, igual ao arsênio, na fabricação de vidros para eliminar a coloração verde causada pelas impurezas de ferro. 
  • O selenito de sódio também é empregado na indústria do vidro e como aditivo para solos pobres em arsênio, e o selenito de amônio na fabricação de vidros e esmaltes vermelhos. 
  • Os sulfetos são usados em medicina veterinária e xampus anticaspa. 
  • O dióxido de selênio é um catalisador adequado para a oxidação, hidrogenação e desidrogenação de compostos orgânicos. 
  • A adição de selênio melhora a resistência ao desgaste da borracha vulcanizada. 
  • Células fotoelétricas de selênio são utilizadas em fotômetros. Como produzem uma pequena quantidade de corrente elétrica ao receberem luz, dispensam o uso de pilhas ou baterias, ao contrário de fotômetros equipados com células fotoelétricas de silício ou sulfeto de cádmio 
História:
  • O selênio ( do grego σελήνιον, resplendor da lua ) foi descoberto em 1817 por Jöns Jacob Berzelius. Ao visitar a fábrica de ácido sulfúrico de Gripsholm, observou um líquido pardo avermelhado que, ao ser aquecido com maçarico, desprendia um odor fétido que se considerava até então característico e exclusivo do telúrio. 
O resultado da investigação desse material levou ao descobrimento do selênio. Chamado assim por ser muito parecido com o Telúrio, criando a analogia por telúrio=tellus=terra. Mais tarde, o aperfeiçoamento de técnicas de análise permitiu detectar sua presença em diversos minerais, porém sempre em quantidades extraordinariamente pequenas.

Papel biológico:
  • O selênio é um micronutriente para todas as formas de vida. É encontrado no pão, nos cereais, nos pescados, nas carnes e nos ovos. 
Um alimento tipicamente brasileiro, a castanha do Pará, é outro exemplo de alimento rico nesse antioxidante, que ajuda a neutralizar os radicais livres, estimula o sistema imunológico e intervém no funcionamento da glândula tireóide. Está no aminoácido selenocisteína. 
  • As investigações realizadas têm mostrado a existência de uma correlação entre o consumo de suplementos de selênio e a prevenção do câncer em humanos. Um estudo de cinco anos conduzindo em duas universidades norte-americanas demonstrou que 200 mcg de selênio ingeridos diariamente resultaram em 63% menos tumores da próstata e 58% menos cânceres colorretais, 46% menos processos malignos do pulmão e 39% menos mortes gerais por câncer. 
Em outros estudos, o selênio mostrou ser promissor na prevenção do desenvolvimento dos cânceres de ovário, colo do útero, reto, bexiga, esôfago, pâncreas e fígado, bem como contra leucemia. Estudos realizados em pacientes com câncer indicaram que as pessoas com os menores níveis de selênio desenvolveram mais tumores, apresentaram uma taxa maior de recorrência da doença, um risco mais elevado de disseminação do câncer e uma taxa global de sobrevida menor do que aqueles com níveis elevados de selênio no sangue.
  • Além disso, o selênio pode proteger o coração, principalmente por reduzir a viscosidade do sangue e diminuir o risco de formação de coágulos — diminuindo, por sua vez, o risco de ataque cardíaco e de derrame. Além disso, o selênio aumenta a proporção de colesterol HDL ("bom") com relação ao LDL ("mau"), o que é fundamental para a manutenção de um coração saudável.
A deficiência de selênio é relativamente rara, porém pode ocorrer em pacientes com disfunções intestinais severas ou com nutrição exclusivamente parenteral, assim como em populações que dependem de alimentos cultivados em solos pobres de selênio. A ingestão diária recomendada para adultos é de 55–70 μg; a ingestão de mais de 400 μg pode provocar efeitos tóxicos ( selenoses ).
  • Sua carência nos humanos pode causar: esterilidade feminina, infecções, problemas de crescimento e insuficiência pancreática.Seu excesso (em nível de nutriente) nos humanos pode causar: artrite, cansaço, halitose, irritabilidade, disfunção renal, desconforto muscular e pele amarelada.
Abundância e obtenção:
  • O selênio é encontrado muito distribuído na crosta terrestre. Na maioria das rochas e solos é encontrado em concentrações entre 0,1 e 2,0 ppm. Raramente é encontrado em estado nativo, obtendo-se principalmente como subproduto da refinação do cobre, já que aparece nos lodos (resíduos) de eletrólises junto com o telúrio (5–25% Se, 2–10% Te). A produção comercial se realiza pela queima dos lodos com cinzas de soda ou adição de ácido sulfúrico.
No primeiro método se adiciona um aglomerante de cinzas de soda e água aos lodos para formar uma pasta dura que se extrai cortando-se em pastilhas para proceder a secagem. A pasta é queimada a 530–650 °C e submerge-se em água, resultando selênio hexavalente que se dissolve como selenato de sódio (Na2SeO4). 
  • Este se reduz a seleneto de sódio aquecendo-o de forma controlada, obtendo uma solução de coloração vermelha muito viva. Injetando‐se ar na solução, o seleneto se oxida rapidamente, obtendo-se o selênio. A redução do selênio hexavalente também pode ser efetuada empregando-se ácido clorídrico concentrado ou sais ferrosos, e íons cloro como catalisador.
O segundo método consiste em misturar os lodos de cobre com ácido sulfúrico, queimando a pasta resultante a 500–600 °C para obter o dióxido de selênio, que rapidamente se volatiliza na temperatura do processo. Este se reduz a selênio elementar durante o processo de lavagem com dióxido de enxofre e água, podendo-se refiná-lo posteriormente até alcançar purezas de e 99,5 a 99,7% de selênio.
  • Os recursos de selênio associados a depósitos de cobre identificados giram em torno de 170 000 toneladas; estima-se que existam em torno de 425 000 toneladas a mais em depósitos de cobre e outros metais ainda não identificados.
Isótopos:
  • O selênio tem 28 isótopos, dos quais 5 são estáveis. O selênio-75 é empregado em radiodiagnóstico como traçador na visualização de tumores malignos.
Alguns compostos:
  • Tetracloreto de selênio 
  • Dióxido de selênio 
  • Ácido selenioso 
  • Hexafluoreto de selênio
Precauções:
  • O selênio é considerado um elemento perigoso para o meio ambiente, por isso seus compostos devem ser armazenados em locais secos evitando infiltrações que contaminem as águas. Os resíduos de selênio devem ser tratados em meio ácido com sulfito de sódio, aquecendo-os posteriormente para obter-se o selênio elementar, que apresenta uma menor biodisponibilidade.
Estudos recentes alertam para o fato de que altas taxas de selênio no sangue podem estar associadas ao desenvolvimento de diabetes em adultos. Os especialistas sugerem, que embora mais pesquisas devam ser feitas para confirmação deste fato, que não sejam recomendados alto consumo de selênio para pacientes diabéticos.

O selênio é um mineral com um alto poder antioxidante e por isso ajuda a prevenir o câncer e a fortalecer o sistema imune evitando o aparecimento de doenças como a gripe, por exemplo.

sábado, 28 de junho de 2014

Arsênico - (As)

Arsênio

  • O arsênio (do latim arsenium) é um elemento químico de símbolo As com número atômico 33 (33 prótons e 33 elétrons) e com massa atômica 75 u. É um semimetal (metaloide) encontrado no grupo 15 (VA) da Classificação Periódica dos Elementos. 
Como conservante da madeira numa fórmula de arseniato de cobre e crômio, é o uso que representa, segundo algumas estimativas, cerca de 70% do seu consumo mundial. Foi descoberto em 1250 por Alberto Magno.

Principais Características:
  • O arsênio apresenta três estados alotrópicos: cinza ou metálico, amarelo e negro. O arsênio cinza metálico (forma α) é a forma mais estável nas condições normais e tem estrutura romboédrica; é um bom condutor de calor, porém um péssimo condutor elétrico. 
O arsênio amarelo (forma γ) é obtido quando o vapor de arsênio é esfriado rapidamente. É extremamente volátil e mais reativo que o arsênio metálico e apresenta fosforescência à temperatura ambiente. Também se denomina arsênio amarelo o mineral trissulfeto de arsênio. 
  • Uma terceira forma alotrópica, o arsênio negro (forma β), de estrutura hexagonal , tem propriedades intermediárias entre as formas alotrópicas descritas, e se obtém da decomposição térmica da arsina ou resfriamento lento do vapor de arsênio. 
Todas as formas alotrópicas, exceto a cinza, não apresentam brilho metálico e apresentam uma condutibilidade elétrica muito baixa, comportando-se como metal ou não-metal em função, basicamente, do seu estado de agregação. Reage violentamente com o cloro e se combina, quando aquecido, com a maioria dos metais para formar o arsenieto correspondente; reage, também, com o enxofre. 
  • Não reage com o ácido clorídrico em ausência de oxigênio, porém reage com o ácido nítrico aquecido, estando concentrado ou diluído, e com outros oxidantes como o peróxido de hidrogênio, o ácido perclórico e outros. 
É insolúvel em água, porém muitos de seus compostos são solúveis. É um elemento químico essencial para a vida, ainda que tanto o arsênio como seus compostos sejam extremamente venenosos.


Aplicações:
  • Conservante de couro e madeira (arseniato de cobre e crômio), uso que representa, segundo algumas estimativas, cerca de 70% do seu consumo mundial. O arsenieto de gálio é um importante semicondutor empregado em circuitos integrados mais rápidos e caros que os de silício. Aditivo em ligas metálicas de chumbo e latão.Inseticida (arseniato chumbo), herbicidas (arsenito de sódio) e venenos. 
O dissulfeto de arsênio é usado como pigmento e em pirotécnica. Descolorante na fabricação do vidro (trióxido de arsênio). É aplicado também na conservação de fosseis. Recentemente renovou-se o interesse principalmente pelo uso do trióxido de arsênio para o tratamento de pacientes com leucemia.

Papel biológico:
  • Ainda não está claro que o arsênio seja um elemento químico essencial para todos os organismos vivos, ou que sua deficiência gere complicações. Algumas formas de vida mais simples como certos organismos unicelulares podem utilizar o arsênio como catalisador em reações de oxi-redução para obtenção de energia. 
O arsênio pode desativar centenas de enzimas envolvidas em diversos processos biológicos celulares. A presença de genes de resistência ao arsênio em virtualmente todos os organismos vivos conhecidos, desde os unicelulares até os multicelulares é um forte argumento contra a hipótese da essencialidade do arsênio. O efeito estimulante de crescimento associado ao arsênio fornecido em altas doses a alguns animais de criação como ratos, hamsters, cabras, porcos, galinhas e perus pode estar associado a uma função fisiológica no metabolismo da metionina nestes animais, ou a outras funções pouco compreendidas, desde fisiológicas e fisiopatológicas até antibióticas.
  • Em 2 de dezembro de 2010 a NASA revelou a descoberta uma nova forma de vida no lago Mono, na Califórnia. Esta espécie de bactéria da família Halomonadaceae supostamente tem o DNA diferente de qualquer outra criatura já descoberta até hoje, por ter suas ligações de fósforo, conhecidas como ligações fosfodiéster, substituídas por arsênio (o DNA atualmente é conhecido por ser composto por "ligações de hidrogênio" entre as fitas simples de DNA e combinações de ligações covalentes, feitas exclusivamente de carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio e fósforo), embora recentemente, diversos estudos importantes tenham questionado esses resultados. As pesquisas têm demonstrando que, na verdade, a bactéria em questão é altamente resistente ao arsênio, embora ainda dependente do fósforo. 
História:
  • O arsênio (do grego άρσενιχόν, auripigmento amarelo) é conhecido desde tempos remotos assim como alguns de seus compostos, especialmente os sulfetos. Dioscórides e Plínio conheciam suas propriedades; Celso Aureliano, Galeno e Isidoro Largus sabiam de seus efeitos irritantes, tóxicos, corrosivos e sua ação parasiticida, e observaram suas virtudes contra a tosse, afecções da voz e dispneia. Os médicos árabes usaram também compostos de arsênio em inalação, pílulas e poções, e também em aplicações externas. 
Durante a Idade Média os compostos arsenicais caíram no esquecimento sendo relegados aos curandeiros que os prescreviam contra algumas enfermidades. Roger Bacon e Alberto Magno se detiveram no seu estudo. O primeiro que o estudou em detalhes foi George Brandt en 1633, e Johann Schroeder o obteve em 1649 pela ação do carvão sobre o ácido arsênico. A Jöns Jacob Berzelius se devem as primeiras investigações acerca da composição dos compostos de arsênio. A partir do século XVIII os compostos arsenicais conseguiram um posto de primeira ordem na terapêutica até serem substituídos pelas sulfamidas e os antibióticos.

Abundância e obtenção:
  • É o 20.º elemento em abundância da crosta terrestre e é encontrado na forma nativa, principalmente sob forma de sulfeto e associado a uma série de minerais que contém ouro, cobre, chumbo, ferro ( arsenopirita ou mispickel ), níquel, cobalto e outros metais. Na fusão de minerais de ouro, cobre, chumbo e cobalto se obtém trióxido de arsênio ( As2O3 ) que se volatiliza no processo e é arrastado pelos gases da chaminé, podendo conter mais de 30% do óxido. 
Os gases da chaminé são refinados posteriormente misturando-os a uma pequena quantidade de galena ou pirita para evitar a formação de arsenitos, e pela queima se obtém trióxido de arsênio com 90 a 95% de pureza., por sublimação sucessiva pode-se obter com uma pureza de 99%. Reduzido-se o óxido com carbono obtém-se o metalóide (semi-metal arsênio), entretanto a maioria do arsênio é comercializado como óxido. Praticamente a totalidade da produção mundial de arsênio metálico é chinesa, que é também é o maior produtor mundial de trióxido de arsênio. 
  • Segundo dados do serviço de prospecções geológicas estado-unidenses ( U.S. Geological Survey ) as minas de cobre e chumbo contêm aproximadamente 11 milhões de toneladas de arsênio, especialmente no Peru e Filipinas. O metalóide também é encontrado associado com depósitos de cobre-ouro no Chile e de ouro no Canadá e diversos outros países. Existem centenas de milhares de pequenas minas de ouro desativadas no mundo e centenas de grandes minas de ouro em operação. Dos 16 tipos de depósitos de ouro geralmente reconhecidos, apenas 6 não têm associação com arsênio. 
Isótopos:
  • Usa-se o arsênio-73 como traçador para estimar a quantidade de arsênio absorvido pelo organismo e o arsênio-74 na localização de tumores cerebrais. 
Precauções:
  • O arsênio e seus compostos são extremamente tóxicos, especialmente o arsênio inorgânico. Milhões de pessoas no mundo inteiro adoecem e morrem sem saber que a causa de suas doenças é o envenenamento crônico por arsênio. Em Bangladesh por exemplo ocorreu uma intoxicação em massa, a maior da história, devido à construção de milhares de poços tubulares de água que estavam naturalmente contaminados com arsênio. A Organização Mundial de Saúde estabelece um limite máximo de 0,010 mg/L de arsênio em água para consumo humano (WHO, 2001). 
Toxicologia:
  • O arsênio é absorvido pelo organismo humano principalmente por inalação e ingestão. Os compostos orgânicos de arsênio são menos tóxicos que os inorgânicos. O arsênio inorgânico trivalente (As3+), interage fortemente com grupos sulfidrilas de moléculas orgânicas. Diversas enzimas são afetadas com isso, ocasionando danos em vários sistemas celulares. Basta uma dose de 140 miligramas de arsênio inorgânico trivalente para causar a morte de um ser humano adulto por dano à respiração celular, em poucas horas ou dias. 
O arsênio pode induzir a produção de metalotioneína, uma proteína que se liga a esse metal e também ao cádmio, mercúrio e a muitos metais essenciais. Supõem-se que esse é um dos mecanismos de adaptação que leva a uma relativa tolerância à toxicidade do arsênio em organismos multicelulares. A tolerância é dita relativa porque o acúmulo de arsênio no organismo causa doenças a médio e longo prazo, principalmente em espécies caracterizadas por alta duração de vida e alto índice de encefalização, como a espécie humana. Os alimentos mais contem arsênio orgânico são peixes e crustáceos, apresentando-o geralmente na forma de arsenobetaína.

Audiência pública em Paracatu discute possível contaminação por arsênio

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Lippia sidoides - Alecrim-pimenta

Lippia sidoides - Alecrim-pimenta

  • Alecrim-pimenta, Lippia sidoides Cham., é uma planta pertencente à família Verbenaceae. É um arbusto silvestre, originária do nordeste do Brasil, que sob condições ideais pode alcançar até 3 metros de altura.Também conhecida pelos nomes populares de alecrim-grande e estrepa-cavalo.
Usada externamente possui propriedades antimicrobianas e anti-sépticas. Suas indicações terapêuticas são : Combate a acne, aftas, caspa e piolhos, fungos, impingem, inflamação na boca e garganta, diminui o cheiro dos pés e axilas, reduz o pano-branco e a sarna-infecciosa.
  • Lippia sidoides. O alecrim-pimenta (Lippia sidoides) uma planta medicinal nativa do Brasil. É um tipo de arbusto encontrado no sertão nordestino, sobretudo nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Pertence à família Verbenaceae.
Os gregos a denominavam "flor por excelência", e dela se serviam para entretecer suas coroas, com as quais cobriam a cabeça por ocasião de certas festas. Em alguns lugares costuma-se misturar o alecrim com galhos de buxo na cerimonia do benzimento das palmas no Domingo de Ramos.
  • Em Roma figurava, juntamente com o cipreste, no culto aos mortos. É uma planta que desde tempos imemoriais tem sido objeto de muitas lendas. O verdor de suas fiastes com muitas folhas era considerado como um símbolo de imortalidade.
No norte da França dizem que existe o costume de se colocar um ramo de alecrim nas mãos do defunto e depois plantá-lo sobre o seu túmulo. Muita gente ainda se recorda da canção infantil que dizia: "Eu desci ao jardim para colher alecrim."
  • O alecrim é uma especiaria amplamente utilizada; A tradição dita que o alecrim apenas crescerá em jardins aonde a mulher é a "chefe da casa." A planta foi usada na medicina tradicional por suas propriedades adstringentes, tônicas, carminativas, antiespasmódicas, emenagogas e diaforéticas. Os extratos e o óleo volátil foram usados para promover o fluxo menstrual, e como abortivos.
As propriedades do alecrim são conhecidas desde a mais remota antiguidade. Hipócrates já a recomendava assim como Dioscóride e os médicos árabes. Sua voga foi extraordinária na Idade Média e Renascença. O alcoolato de alecrim tornou-se famoso com o nome de "água da rainha da Hungria" e fez furor na corte de Luís XIV. 
  • Era o medicamento preferido de Madame de Sevigné. O remédio teria sido inventado pela rainha Elizabeth (filha de Wladislas Lokietak, rei da Polônia), que nasceu em 1306 e desposou em 1320 Charles-Robert d'Anjou, rei da Hungria, morto em 1381. Esta água curava a gota e a paralisia.
Propriedades Botânicas:
  • O gênero Lippia possui cerca de 200 espécies de ervas, arbustos e pequenas árvores, que são naturais da América do Sul e Central. As espécies deste gênero se destacam pelo aroma forte e agradável e seu aspecto atrativo no período de floração. 
Devido à sua atratividade estética e razoável tolerância à seca, é utilizado em arquitetura paisagista, especialmente em áreas com clima mediterrânico. É considerada fácil de cultivar para jardineiros principiantes, tendo uma boa tolerância a pragas.
  • O alecrim é facilmente podado em diferentes formas e tem sido utilizado em topiária. Quando cultivado em vasos, deverá ser mantido de preferência aparado, de forma a evitar o crescimento excessivo e a perda de folhas nos seus ramos interiores e inferiores, o que poderá torná-lo um arbusto sem forma e rebelde. Apesar disso, quando cultivado em jardim, o alecrim pode crescer até um tamanho considerável e continuar uma planta atraente
Pode ser propagado a partir de uma planta já existente, através do corte de um ramo novo com cerca de 10–15 cm, retirando algumas folhas da base e plantando diretamente no solo. Várias variedades cultivares foram selecionadas para uso em jardim. As seguintes são frequentes:
  • Albus - flores brancas
  • Arp - folhas verde-claro, fragrância a limão
  • Aureus - folhas com pintas amarelas
  • Benenden Blue - folhas estreitas, verde-azulado-escuro
  • Blue Boy - anã, folhas pequenas
  • Golden Rain - folhas verdes, com raios amarelos
  • Irene - ramagem laxa, rastejante
  • Lockwood de Forest - seleção procumbente (rastejante) de Tuscan Blue
  • Ken Taylor - arbustiva
  • Majorica Pink - flores cor-de-rosa
  • Miss Jessop's Upright - alta, erecta
  • Pinkie - flores cor-de-rosa
  • Prostratus
  • Pyramidalis (também conhecida como Erectus) - flores azul-pálido
  • Roseus - flores cor-de-rosa
  • Salem - flores azul-pálido, resistente ao frio e semelhante à Pra
  • Severn Sea - baixa, espalhando-se e enraizando-se pelo solo, com ramos em arco; flores violeta profundo
  • Tuscan Blue - erecta
  • Classificação científica:
  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Lamiales
  • Família: Verbenaceae
  • Gênero: Lippia
Como qualquer outro nome vernáculo, o nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o Lavandula stoechas, que possui exatamente o étimo rosmarinus. No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois gêneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor.

Classificação científica:
  • Reino: Plantae
  • Filo: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Lamiales
  • Família: Lamiaceae
  • Gênero: Rosmarinus
  • Espécie: R. officinalis
Nome binomial:
  • Rosmarinus officinalis
O alecrim (Rosmarinus officinalis) é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmarinus, que em latim significa orvalho do mar.

Descrição:
  • Arbusto perene da família das Labiadas, de numerosas folhas estreitas, duras e sempre verdes. Possui um intenso perfume nas folhas e nas flores que são azul-claro.
As folhas são duras, opostas, sésseis, persistentes e numerosas, com borda enrolada para dentro ao longo da nervura central. As flores se apresentam em pequenos cachos na parte final e possuem coloração azul-violeta. 
  • Suas folhas são verdes em cima e brancas na parte inferior. Toda a planta desprende um odor que se assemelha muito ao do incenso. O alecrim é uma das ervas mais conhecidas, sobretudo pelo seu aroma característico.
Usado tradicionalmente para fortalecer a memória, é muito tomado para auxiliar nos estudos e no desempenho nos exames e para afastar o esgotamento mental. Arbusto muito ramificado, sempre verde, com hastes lenhosas, folhas pequenas e finas, opostas, lanceoladas.
  • A parte inferior das folhas é de cor verde-acinzentado enquanto a superior é verde brilhante. As flores reúnem-se em espiguilhas terminais e são de cor azul ou esbranquiçada. O fruto é um aquênio. Floresce quase todo o ano e não necessita de cuidados especiais nos jardins.
Toda a planta exala um aroma forte e agradável. Utilizada com fins culinários, medicinais e religiosos, a sua essência também é utilizada em perfumaria, como por exemplo, na produção da água-de-colônia, pois contém tanino, óleo essencial, pineno, cânfora e outros princípios ativos que lhe conferem propriedades excitantes, tônicas e estimulantes.
  • A sua flor é muito apreciada pelas abelhas produzindo assim um mel de extrema qualidade. Há quem plante alecrim perto de apiários, para influenciar o sabor do mel.
Plantio:
  • Deve ser plantado preferencialmente na primavera ou no verão o ideal é por meio de mudas, mas pode ser plantado através de sementes neste caso a planta demora bastante tempo para se desenvolver, deve se irrigar a planta levemente apenas quando o solo estiver seco a mais de 2 cm de profundidade.
Multiplicação: propaga-se por sementes, estaquia e mergulhia (mudas). Cultivo: o plantio deve ser feito em solos secos, leves, porosos, com espaçamento de 0,5m X 1m; Colheita: colhe-se os ramos, o ano todo, podando as plantas mais viçosas. A conservação das folhas faz-se dessecando-as à sombra e em local ventilado, acondicionando-as em vasilhame sem ar. 
  • Propaga-se bem em solos secos, pobres e bem drenados. Adapta-se melhor ao clima subtropical. O plantio deve ser feito antes da floração intensa. Prefere locais ensolarados, bem iluminados e sem vento.
Cresce nas regiões quentes. Seu nome científico deriva do fato de que suas folhas parecem recobertas de uma poeira branca, como rocio, e porque tem preferência pelas regiões expostas à atmosfera marinha — rosa marinha.

Lippia sidoides - Alecrim-pimenta

Propriedades Químicas:
  • O alecrim-pimenta é composto de flavonoides, quinonas, triterpenos, lignanas, esteroides livres e glicosilados e ácidos orgânico. 
O óleo essencial de alecrim-pimenta possui elevado valor comercial, tendo o timol e o carvacrol como constituintes principais, os quais apresentam propriedades antisséptica, antimicrobiana, antifúngica, antioxidante, anti-inflamatória e larvicida.
  • Saponinas
  • Flavonóides 
  • Nicotinamida 
  • Colina 
  • Pectina 
  • Taninos 
  • Rosmaricina 
  • Vitamina C 
Óleo essencial (pineno, canfeno, cineol, borneol, eucaliptol, acetato de isobornila, valerianato de isobornila, cânfora).
O timol (2-isopropil-5-metil-fenol) é uma substância cristalina incolor com um odor característico que está presente na natureza nos óleos essenciais do tomilho ou do orégano. O timol pertence ao grupo dos terpenos. Um isômero do timol é o carvacrol. 

2-isopropil-5-metil-fenol
(Composto Orgânico)

Compostos Orgânicos:
  • No final do século XVIII, os químicos começaram a se dedicar ao estudo das substâncias presentes nos organismos vivos, com o objetivo de isolá-las e, então, poder identifica-las. 
Dentro de pouco tempo, eles já notaram que as substâncias obtidas a partir de organismos vivos apresentavam características diferentes daquelas obtidas a partir dos minerais, como os compostos orgânicos.
  • Através desses estudos, ainda no fim do século XVIII, o químico Carl Wilhelm Scheele conseguiu isolar o ácido lático do leite, a ureia da urina, o ácido cítrico do limão, o ácido tartárico da uva, entre outras substâncias.
Com base nessas descobertas, no ano de 1770, o químico sueco Torbern Bergman definiu que os compostos orgânicos eram aqueles que poderia ser obtidos a partir de organismos vivos, enquanto os compostos inorgânicos eram as substâncias originadas da matéria não viva. Nesse mesmo período, o químico Antonie Laurent Lavoisier conseguiu estudar muitos desses compostos orgânicos e verificou que todos continham o elemento carbono.
  • Já no início do século XIX, Jöns Jakob Berzelius propôs que somente os seres vivos eram capazes de produzir os compostos orgânicos, ou seja, que tais substâncias jamais poderiam ser obtidas artificialmente (sintetizadas). Essa ideia ficou conhecida, então, como a teoria da força vital.
Porém, no ano de 1828, ou químico Friedrich Wöhler conseguiu obter a ureia, um composto orgânico presente na urina dos animais, a partir do cianeto de amônio, uma substância mineral, através da seguinte reação:


Depois da síntese de Wöhler, vários outros compostos orgânicos foram sintetizados e, então, os cientistas passaram a crer que qualquer substância química poderia ser obtida de forma artificial. Assim, a teoria da força vital caiu por terra definitivamente, e os compostos orgânicos passaram a ser definidos como os compostos do elemento carbono.
  • No entanto, sabemos que existem alguns compostos inorgânicos que também apresentam carbono em sua composição, como, por exemplo, o diamante, o grafite, os carbonatos e o monóxido de carbono. Baseando-se nisso, chegamos à atual definição de composto orgânico: Compostos orgânicos são os compostos do elemento carbono com propriedades características.
Além do carbono, os principais elementos que compõem a grande maioria das substâncias orgânicas são: hidrogênio (H), oxigênio (O), nitrogênio (N), enxofre (S) e halogênios (Cl, Br e I). O conjunto dos átomos de carbono com esses elementos dá origem a estruturas bastante estáveis, que recebem o nome de cadeias carbônicas. Essas cadeias formam o “esqueleto” das moléculas de todos os compostos orgânicos.

Características gerais dos compostos orgânicos:

Pontos de fusão e de ebulição – nos compostos orgânicos, os pontos de fusão e de ebulição, em geral, são mais baixos do que nas substâncias inorgânicas. Isso ocorre porque as ligações entre as moléculas dos compostos orgânicos são mais fracas, o que faz com que elas se rompam com mais facilidade.
  • Polaridade – as substâncias orgânicas são unidas predominantemente por ligações covalentes, que ocorrem com mais frequência entre os átomos de carbono ou entre átomos de carbono e hidrogênio da cadeia. Quando as moléculas desses compostos são formadas apenas por carbono ou por carbono e hidrogênio, eles são apolares, porém, quando existem outros elementos químicos além de carbono e hidrogênio, as moléculas tendem a apresentar alguma polaridade.
  • Solubilidade – devido à diferença de polaridade, as substâncias orgânicas apolares são praticamente insolúveis em água (polar), mas solúveis em outros solventes orgânicos. Já os compostos orgânicos polares tendem a se dissolver em água, como corre com o álcool, o açúcar, a acetona, entre outros.
  • Combustibilidade – grande parte dos compostos orgânicos podem sofrer combustão (queima), como é o caso da gasolina e outros combustíveis usados em automóveis, do butano presente no gás de cozinha, da parafina da vela, etc.
Os compostos Orgânicos: 
Podem ser divididos em dois grandes grupos:
  • Compostos orgânicos naturais – são aqueles produzidos pelos seres vivos, como, por exemplo, carboidratos, proteínas, lipídios, ácidos nucleicos (DNA e RNA), vitaminas, petróleo, gás natural, metano, entre outros.
  • Compostos orgânicos sintéticos – são aqueles sintetizados artificialmente por indústrias químicas e laboratórios, como plástico, gasolina, medicamentos, fibras têxteis, corantes, borracha sintética, silicone, inseticidas, adoçantes artificiais, etc.
Desde o fim do século XIX até os dias atuais, a Química Orgânica tem evoluído de forma exponencial. Prova disso é o número de compostos orgânicos já conhecidos: entre naturais e sintéticos atualmente se conhece cerca de 18.000.000 dessas substâncias. 
  • Se compararmos esse número com a quantidade de compostos inorgânicos, teremos uma noção da rapidez dessa evolução: hoje são conhecidas menos de 200.000 substâncias inorgânicas.
Propriedades medicinais:
  • O alecrim-pimenta possui uso comprovado na medicina popular, principalmente como antisséptico e antimicrobiano, sendo que suas folhas e flores constituem a parte medicinal desta planta. 
O chá e a tintura diluída desta espécie são também usadas no tratamento de problemas de pele. O óleo essencial das folhas do alecrim-pimenta também é atualmente usado por indústrias farmacêuticas, de perfumaria e cosméticos por suas propriedades antimicrobianas e aromático.
  • A medicina popular recomenda o alecrim como um estimulante às pessoas atacadas de debilidade, sendo empregado também para combater as febres intermitentes e a febre tifóide. Uma tosse pertinaz desaparecerá com infusões de alecrim, que também se recomendam a todas as pessoas cujo estômago seja preguiçoso para digerir.
Também apresenta propriedades carminativas, emenagogas, desinfetantes e aromáticas. É ainda relaxante muscular, ativador da memória e fortalece os músculos do coração. Cientistas dizem que ramos de alecrim deveriam ser dependurados em oficinas e áreas onde crianças fazem tarefas escolares para um melhor funcionamento da memória.
  • Testes com o extrato vegetal do alecrim-pimenta realizados pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, indicaram que a planta apresenta atividade inibitória de crescimento da bactéria Listeria monocytogenes, associada a listeriose. 
A doença pode causar várias síndromes como infecções, gastroenterites, sendo bastante prejudicial em pacientes imunodeprimidos, e em crianças, idosos e gestantes (podendo causar abortos). A transmissão ocorre, principalmente por meio do consumo de alimentos contaminados.
  • Dois produtos em forma de pó à base de alecrim-pimenta foram patenteados pela FCFRP da USP. Um dos produtos poderá ser usado em formulações de medicamentos e cosméticos, e o outro, na conservação de alimentos processados. 
Segundo a farmacêutica Luciana Pinto Fernandes, realizadora do trabalho, “o óleo essencial do alecrim-pimenta é muito volátil e evapora com facilidade, e acaba oxidando e decompondo-se com o passar do tempo, perdendo um pouco de suas propriedades. Quando encapsulado, ele se torna mais resistente e mantêm suas propriedades por mais tempo”, explica a pesquisadora.

Benefícios do alecrim-pimenta:
  • O alecrim-pimenta possui uso comprovado na medicina popular, principalmente como antisséptico e antimicrobiano, sendo que suas folhas e flores constituem a parte medicinal desta planta. 
O óleo essencial das folhas do alecrim-pimenta também é atualmente usado por indústrias farmacêuticas, de perfumaria e cosméticos por suas propriedades antimicrobianas e aromáticas. O chá e a tintura diluída desta espécie são também usadas no tratamento de problemas de pele.
  • O alecrim-pimenta é composto de flavonoides, quinonas, triterpenos, lignanas, esteroides livres e glicosilados e ácidos orgânico. O óleo essencial de alecrim-pimenta possui elevado valor comercial, tendo o timol e o carvacrol como constituintes principais, os quais apresentam propriedades antisséptica, antimicrobiana, antifúngica, antioxidante, anti-inflamatória e larvicida.
O gênero Lippia possui cerca de 200 espécies de ervas, arbustos e pequenas árvores, que são naturais da América do Sul e Central. As espécies deste gênero se destacam pelo aroma forte e agradável e seu aspecto atrativo no período de floração. A espécie Lippia sidiodes faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.
  • Testes com o extrato vegetal do alecrim-pimenta realizados pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, indicaram que a planta apresenta atividade inibitória de crescimento da bactéria Listeria monocytogenes, associada a listeriose. 
A doença pode causar várias síndromes como infecções, gastroenterites, sendo bastante prejudicial em pacientes imunodeprimidos, e em crianças, idosos e gestantes (podendo causar abortos). A transmissão ocorre, principalmente por meio do consumo de alimentos contaminados.
  • Dois produtos em forma de pó à base de alecrim-pimenta foram patenteados pela FCFRP da USP. Um dos produtos poderá ser usado em formulações de medicamentos e cosméticos, e o outro, na conservação de alimentos processados. 
Segundo a farmacêutica Luciana Pinto Fernandes, realizadora do trabalho, “o óleo essencial do alecrim-pimenta é muito volátil e evapora com facilidade, e acaba oxidando e decompondo-se com o passar do tempo, perdendo um pouco de suas propriedades. Quando encapsulado, ele se torna mais resistente e mantêm suas propriedades por mais tempo”, explica a pesquisadora¹.

Toxicologia : 
  • Gestantes. Em doses elevadas pode provocar irritações gastrintestinal, nefrite, intoxicação, aborto, irritações na pele. 
Não é recomendado para prostáticos e pessoas com diarréia. Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode induzir a toxicidade. A toxicidade do óleo é caracterizada por uma irritação do estômago e do intestino, por danos aos rins. 
  • Embora o óleo de alecrim é irritante à pele de coelhos, geralmente não é considerado ser um agente sensibilizante à pele humana. Existem pelo menos 3 relatos de casos de convulsões tóxicas associadas ao alecrim. As cetonas mono terpênicas da planta são potentes convulsantes com propriedades epileptogênicas conhecidas.
Precauções: 
  • Afeta o ciclo menstrual.
Efeitos colaterais:
As preparações que contêm o óleo essencial podem causar o eritema, e produtos cosméticos podem causar a dermatite em indivíduos sensíveis. Um exemplo de asma ocupacional causado pelo alecrim foi relatado. Fotossensibilização em uso tópico.
Superdosagem: 
  • Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos, e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode induzir à toxicidade.
Parte utilizada: 
  • Folhas, Flores, Óleo essencial.
Outros Usos:
  • Dores de cabeça, enxaqueca, esgotamento nervoso.
  • O alecrim pode aliviar rapidamente dores de cabeça causadas pelo excesso de trabalho e pela tensão nervosa.
  • Para dores de cabeça ligadas à tensão arterial, combine-o com tília (Tília spp.). Também pode ser útil nas enxaquecas.
  • Tonificante e antioxidante, o alecrim estimula a digestão e o fluxo do sangue pelo corpo, sendo útil para quem tem baixos níveis de energia, sobretudo se ligados a hipotensão ou falta de apetite.
  • E bom para quem não consegue ficar forte após uma doença prolongada ou devido a má digestão e circulação. Para melhores resultados, tome a tisana ou tintura de alecrim antes das refeições durante vários meses.
Aromaterapia:
  • O alecrim canforado pode ser usado para melhorar a memória, analgésico e expectorante, o alecrim cineoal e expectorante e analgésico, o alecrim verbenona é usado como anti-stress, descongestionante herpético e em má circulação, o óleo resina do alecrim é um antioxidante e regenerador do fígado. FCFRP produz patente com o antimicrobiano alecrim pimenta. Agência USP.
Utilização culinária:
  • Fresco (preferencialmente) ou seco, é apreciado na preparação de aves, caça, carne de porco, salsichas, linguiças e batatas assadas. Na Itália é utilizado em assados de carneiro, cabrito e vitela. 
Em churrascos, recomenda-se espalhar um bom punhado sobre as brasas do carvão aceso, perfumando a carne e difundindo um agradável odor no ambiente. Pode ser utilizado ainda em sopas e molhos.

Utilização religiosa:
  • Em templos e igrejas, o alecrim é queimado como incenso desde a antiguidade. Na Igreja Ortodoxa grega, o seu óleo é utilizado até aos nossos dias, para unção. Nos cultos de religiões afro, como umbanda e candomblé, é utilizado em banhos e como incenso.
Propriedades farmacologias:
  • O alecrim é um agente antimicrobiano bem conhecido. As folhas moídas são usadas como um repelente natural e eficaz contra pulgas e carrapatos. O óleo de alecrim possui ações antibacteriana e antifungosa marcante e também exibe propriedades antivirais. 
A atividade contra bactérias inclui as espécies Peptococcus áureo, Staphylcoccus albus, Vibrio cholerae, Escherichia e Corynebacteria. Um estudo relata que o óleo de alecrim é mais ativo contra as bactérias gram-negativas(Pseudomonas) e gram-positivas (Lactobacillus) de "deterioração da carne"; 
  • O efeito do alecrim contra a Cândida albicans também foi descrito; Um outro relatório descreve a inibição de crescimento do Aspergillus parasiticus pelo óleo de alecrim; O alecrim é ineficaz no tratamento de lêndeas e piolhos; Vários relatórios avaliando os efeitos anticancerosos do alecrim estão disponíveis na literatura. O extrato induz a quinona redutase, uma enzima anti-carcinogênica. 
Outros mecanismos anticancerosos incluem os componentes polifenólicos do alecrim, que inibem a ativação metabólica dos pró-carcinógenos pelas enzimas de Fase l (P450), e a indução da via de desintoxicação causada pelas enzimas de Fase II (glutationa S-transferase); 
  • Resultados de estudos em animais: Suplementação dietética de 1 % de extrato de alecrim a animais de laboratório conduziu a uma diminuição de 47% na incidência de tumores mamários induzidos experimentalmente, quando comparados aos controles. Este extrato foi encontrado melhorar a atividade das enzimas que desintoxicam as substâncias reativas no fígado e no estômago dos camundongos. Os tumores de pele nos camundongos foram inibidos pela aplicação do extrato de alecrim à área. 
Outros estudos em animais mostraram uma inibição da síndrome do desconforto respiratório adulto em coelhos, redução da permeabilidade capilar e uma atividade antigonado-trófica em camundongos. O alecrim também inibe a ação uterotrópica do estradiol e da estrona em 35% a 50%, quando comparado com os controles.

Estudos clínicos: 
  • O alecrim também aumentou a desintoxicação de carcinógenos nas células epiteliais brônquicas humanas. O composto diterpênico encontrado no alecrim, ácido carnôsico, possui um forte efeito inibitório contra a enzima HlV-protease; 
Diversos estudos relatam as ações antioxidáveis do alecrim.O carnosol e o ácido carnôsico são responsáveis por mais de 90% da atividade antioxidante do extrato de alecrim. Ambos os compostos são potentes inibidores da peroxidação de lipídio e são ótimos sequestradores de radicais de peroxil. A atividade antioxidante depende diretamente da concentração de diterpenos como estes. 
  • Os antioxidantes do alecrim possuem uma atividade sequestradora de radicais menor do que aquela produzida pelos polifenóis do chá verde, porem apresentam um potencial maior do que a vitamina E; vários relatórios descreveram outras ações do alecrim, incluindo uma ação espasmolítica no músculo liso e cardíaco, alteração da ativação de complemento, efeitos hepáticos e imunológicos, além da aromaterapia para o tratamento da dor crônica. 
O alecrim também pode reverter dores de cabeça, reduzir o estresse, e ser beneficiai no tratamento da asma e da bronquite. A farmacologia do alecrim foi revisada.

Alecrim: cheio de qualidades terapêuticas. Revigorante, anti-reumático, diurético, digestivo, cicatrizante, sudação, combate às infecções e aos distúrbios.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Lamium album - Urtiga-branca

Lamium album - Urtiga-branca

  • A urtiga-branca é uma planta medicinal nativa da Europa, Ásia, Norte da África e América do Norte. Cresce ao lado de estradas, ao longo de cercas e nas florestas entre os arbustos. A urtiga-branca é uma planta perene que cresce até 60 cm. 
As folhas são ovais ou em forma de coração, reticulada e com veios que ocorrem na frente. Suas folhas estão em pares nas hastes, cada par perpendicular acima e abaixo dela. As hastes são quadradas e as flores são brancas com dois bordos dispostas em espiral de seis a doze flores. As flores têm dois pares de estames, um dos quais é longo e outro curto.
  • É uma planta que assusta muitas pessoas por causar coceira enorme quando em contato com a pele desnuda e por esse motivo é conhecida em espanhol como hierba de los cegos, pois até eles a conhecem, embora não a vejam. 
Lamium album A urtiga-branca (Lamium album), é uma planta medicinal também conhecida como lâmio-branco, lamium, urtiga-morta, urtiga-de-abelha, erva-angélica, ortiga blanca e ortiga muerta (espanhol),lamii albi flos, ortie blanche e lamier blanc (francês), white dead-nettle e white nettle (inglês). Inclui os sinônimos botânicos Lamium dumeticola e Lamium petiolatum. Pertence a família Lamiaceae.
  • Usada desde o século I dC pelos gregos na urticação, que consistia em esfregar urtigas frescas no baixo ventre e nádegas de homens que queriam ter sua virilidade aumentada. Beneficiava também os reumáticos que tivessem a ousadia de açoitar-se com um ramo de urtigas.
A urtiga-branca é uma planta medicinal nativa da Europa, Ásia, Norte da África e América do Norte. Cresce ao lado de estradas, ao longo de cercas e nas florestas entre os arbustos. A urtiga-branca é uma planta perene que atinge até 60 cm de altura. As folhas são ovais ou em forma de coração, reticulada e com veios que ocorrem na frente. 
  • Suas folhas estão em pares nas hastes, cada par perpendicular acima e abaixo dela. As hastes são quadradas e as flores são brancas com dois bordos dispostas em espiral de seis a doze flores. As flores têm dois pares de estames, um dos quais é longo e outro curto.
A urtiga-branca floresce no início da primavera e tem sua floração durante o verão. As suas flores possuem uma boa oferta de pólen, e, portanto, atrai muitas abelhas, contudo, quando machucadas tem um cheiro forte e desagradável. 
  • A espécie Lamium album faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.
Propriedades Botânicas:
Nome científico:
  • Urtica dioica L.
Sinonímia popular:
  • Urtigão, urtiga maior, queimadeira.
Sinonímia científica:
  • Urtica galeopsifolia Wierzb. ex Opiz
Família:
  • Urticaceae
A urtiga maior vegeta espontaneamente em terrenos baldios, em solos com estrume e a beira de rios em zonas temperadas da América, Ásia, África, Europa e Austrália. Propaga-se por divisão.
  • Considerada erva-daninha por invadir com rapidez terrenos cultivados, sua presença atesta qualidade do solo, estimulando o crescimento de outras plantas.
Planta da família das Lamiaceae, também conhecidas como urtiga morta ou lamio branco. Freqüentemente considerada uma erva daninha, sua flor é branca e grande, em forma de boca totalmente aberta. É anual de 40 a 60 cm de altura, vivaz, com ramo subterrâneo do qual partes saem as partes aéreas. 
  • Hastes aveludadas, eretas, verdes, cheiro suave de mel e sabor adocicado. As hastes são quadrangulares, ocas, pubescentes. Folhas completas, ovaladas, opostas, serreadas, pecíolo pubescente. Flores brancas, grandes, sésseis, verticiladas. Devem ser colhidas ao abrir para que não percam os princípios ativos. É natural da Europa, espalhou-se por vários países. Faz parte da farmacopéia chinesa.
Dos três tipos conhecidos de urtiga: urtiga branca, urtiga maior e urtiga vermelha, nos referimos aqui a urtiga maior.Planta perene, de meio a um metro de altura, tem raízes rasteiras e hastes fortes, simples, erguidas e de coloração verde-esvaecida.
  • Suas folhas são grandes oval-lanceoladas, serrilhadas, dotadas de duas estípulas e revestidas de pelos urticantes. Suas flores são em pequenos grupos de flores femininas e masculinas, esverdeadas ou amarelas segundo alguns autores.
As folhas e os brotos tenros de urtiga maior devem ser colhidos com muito cuidado para não provocarem queimaduras na pele, devem ser secos a sombra, podem ser conservados inteiros ou picados em vidros hermeticamente fechados.
  • Usa-se folhas e brotos depois de secas em refogados e cozidos conferindo sabor picante e salgado. As sementes são coletadas no outono e podem ser usadas em preparações medicinais ou para engordar o gado.
Parte utilizada: 
  • Folhas e flores
Florescimento: 
  • Sua época de florescimento vai desde abril até outubro e pode até chegar a florescer em pleno inverno.

Lamium album - Urtiga-branca

Propriedades Químicas:
  • Glicosídeos monoterpenicos 
  • Taninos, 
  • Mucilagens 
  • Flavonoides
Monoterpenos iridóides: lamalbídeo, cariptosído, albosídeo A e B; Saponinas triterpênicas; Derivados do ácido cafeico: ácidos rosmarínico e clorogênico; Flavonoides: glicosídeos do caempferoi; Mucilagens.
  • Na parte aérea da planta encontram-se clorofila, sais minerais, vitaminas, tanino, flavonóides, esteróis, mucilagens, betaína, colina, carotenóide, protídeos, lisina, polissarídeos e fenóis. O conteúdo em vitamina C é tão alto quanto o do limão ou da groselha.
Na raiz encontram-se taninos, fitosteróides, propanóides, heterosídeos, escopolamina, lectinas, flavonóides e cumarinas. O azeite da semente contém ácido linolêico, olêico, ácidos saturados e glicerol.
  • Os pelos contêm 1% de histamina e 0,2 a 1% de acetilcolina, substâncias que promovem os impulsos nervosos do nosso sistema nervoso vegetativo e por isso atuam bem no sistema digestivo e circulatório. Tem ainda colina, serotonina, ácidos acético, gálico e fórmico, o mesmo que as formigas têm e por isso uma picada de formiga causa a mesma sensação que um esfregão em pelos de urtiga.
Pelo alto conteúdo de sais minerais e clorofila, a planta é reconstituinte e remineralizante. Os taninos lhe dão ação anti diarréica e cicatrizante de feridas e a vitamina K lhe confere poder anticoagulante. Os ácidos acético, gálico e fórmico, a clorofila e os minerais lhe fazem uricosúrica (aumenta a excreção do ácido úrico) e colagoga.

Propriedades Medicinais:
  • Adstringente
  • Emoliente
  • Expectorante
Benefícios da urtiga-branca
  • A urtiga-branca é uma erva adstringente e emoliente utilizada principalmente como um tônico uterino para reduzir o fluxo menstrual excessivo. É um tratamento tradicional para corrimento vaginal anormal e algumas vezes é utilizada para aliviar cólicas menstruais. 
Uma infusão é utilizada no tratamento natural de cálculos renais, diarreia, problemas menstruais, hemorragia pós-parto, descargas vaginais e prostatite. Externamente, a compressa de urtiga é aplicada a hemorroidas e varizes.
  • A água destilada das flores e folhas é uma excelente e eficaz colírio para aliviar as condições oftálmicas. Um remédios homeopático é feito a partir da urtiga-branca para o tratamento de distúrbios da bexiga, distúrbios renais e amenorreia.
A urtiga-branca é também utilizada como um tratamento à base de plantas medicinais para leucorreia, hiperplasia benigna da próstata (HBP) e problemas gastrointestinais. Suas flores fervidas em água podem ser usadas como uma erva medicinal para o catarro e hidropisia, e as raízes cozidas em vinho como um remédio para pedras nos rins. 
  • A planta é colhida no verão e pode ser secada para uso posterior. Nos textos sobre ervas medicinais mais antigos, como o The Herball, de 1597, escrito por John Gerard, a urtiga possui uma reputação como um potenciador de vitalidade. 
A Lamium album contém saponinas, mucilagem ,taninos, flavonoides, flavonóis, rutina, quercetina, kaempferol (quempferol) e flavonas. A colina e a tiramina são responsáveis pela ação anti-hemorrágica da urtiga. Os flavonóis pode também contribuir para uma ação hemostática da planta.
  • Abordar as plantas medicinais que atuam sobre o aparelho geniturinário de forma aglutinada foi uma opção motivada pelo fato do leigo confundir sintomas genitais e urinários, porque muitas vezes os dois sistemas são atingidos simultaneamente e porque muitas plantas têm atuação nos dois casos. Exemplificando, dor ao urinar pode ser sintoma de uma infecção do aparelho urinário ou suspeita de doenças sexualmente transmissíveis.
Os chás ou outras formas de uso das plantas medicinais poderão ser utilizados como tratamento de escolha ou complementar. O profissional de saúde que conhece a fisiopatologia das doenças em questão e as formas de ação dos princípios ativos das plantas em uso poderá orientar de forma mais adequada o tratamento avaliando, os benefícios e os riscos. Selecionamos as plantas usadas com mais freqüência em nossa região.
  • A urtiga branca contém taninos tônico e adstringente propriedades que o tornam especialmente útil sobre a circulação uterina. Utilizado principalmente na distúrbios menstruais no tratamento de metrorragia, sangramento vaginal leucorréia, dismenorréia. No material digestivo (gastrite, diarréia).
Além da sua função hemostática tem propriedades expectorante, usado no tratamento de resfriados respiratórias e bronquite, gripe, resfriado, faringite, laringite, enfisema, asma.

Outros usos: 
  • Como um limpador ao "arterial", anti-reumáticos e hipoglicemiantes.
Permite a eliminação renal e digestiva alta de ácido úrico, por isso é aconselhável para tratar a fundo gota, portanto, é fundamental nos tratamentos em que requer um aumento da diurese (excesso de peso, edema devido à insuficiência venosa, hiperuricemia , oligúria, gota).
  • Externamente em: eczema, ictiose, feridas, abrasões e uma erupção cutânea, hiperidrose, vulvovaginites, hemorróidas, glossite, estomatite, faringite, parodontopathy, feridas e queimaduras.
A urtiga-branca é uma erva adstringente e emoliente utilizada principalmente como um tônico uterino para reduzir o fluxo menstrual excessivo. É um tratamento tradicional para corrimento vaginal anormal e algumas vezes é utilizada para aliviar cólicas menstruais. Uma infusão é utilizada no tratamento natural de cálculos renais, diarreia, problemas menstruais, hemorragia pós-parto, descargas vaginais e prostatite. Externamente, a compressa de urtiga é aplicada a hemorroidas e varizes.
  • A água destilada das flores e folhas é uma excelente e eficaz colírio para aliviar as condições oftálmicas. Um remédios homeopático é feito a partir da urtiga-branca para o tratamento de distúrbios da bexiga, distúrbios renais e amenorreia.
É muito usada para tratar hiperplasia benigna de próstata (HBP), principalmente junto com Pygeum africanum, já que esta combinação é melhor que qualquer uma das plantas isoladas por deixar menos resíduo urinário. Pygeum africanum é o nome do extrato concentrado da casca da ameixeira africana, usado como fitoterápico no tratamento de distúrbios da micção provocados por HBP.
  • É anti-inflamatória por que seus polissacarídeos ativam o complemento e sua ação é comparada aos diclofenacos. As lectinas têm ação endócrino-reguladora, anti-inflamatória e aglutinadora eritrocitária, além de estimularem a produção dos linfócitos.
Há trabalhos dando conta de que a quantidade de ferro e sílica que contém ajuda em problemas de fragilidade capilar. Inibe o sistema nervoso central (SNC), ajuda na alopecia e baixa a temperatura, a pressão arterial, o açúcar no sangue e o número de batimentos cardíacos.
  • A urtiga maior é ainda indicada em dietas que exigem redução de sal. Auxilia na prevenção de resfriados e inflamações da garganta, contribuindo ainda para o bom funcionamento do fígado, vesícula biliar e intestinos. Atua como hemostática, diurética e depurativa, razão pela qual é utilizada no tratamento da artrite, gota, furunculose, úlceras, sarampo, hemorróidas, asma, diarréias, coqueluche etc.
A urtiga-branca é também utilizada como um tratamento à base de plantas medicinais para leucorreia, hiperplasia benigna da próstata (HBP) e problemas gastrointestinais. Suas flores fervidas em água podem ser usadas como uma erva medicinal para o catarro e hidropisia, e as raízes cozidas em vinho como um remédio para pedras nos rins. 
  • A planta é colhida no verão e pode ser secada para uso posterior. Nos textos sobre ervas medicinais mais antigos, como o The Herball, de 1597, escrito por John Gerard, a urtiga possui uma reputação como um potenciador de vitalidade. 
A Lamium album contém saponinas, mucilagem ,taninos, flavonoides, flavonóis, rutina, quercetina, kaempferol (quempferol) e flavonas. A colina e a tiramina são responsáveis pela ação anti-hemorrágica da urtiga. Os flavonóis pode também contribuir para uma ação hemostática da planta.

Indicações: 
  • Amenorréia, aparelho genital feminino, atonia do útero, diarréia, esclerose do útero, hemoptise, hemorragia, inflamação das vias urinárias, leucorréia, menstruação muito precoce, metrorragia, rins, uremia dos homens idosos.
Uso pediátrico: 
  • Tosse, bronquites, inflamações da boca e da faringe.
Uso na gestação e na amamentação: 
  • Não há informações da sua farmacocinética ou sobre seu uso nestas condições.
Contraindicações e efeitos colaterais:
  • Não foram relatados efeitos colaterais decorrentes do uso da urtiga-branca.
Propriedades Farmacologias: 
  • As únicas referências encontradas são do Dr. J. Monteiro da Silva, sobre seus efeitos Hemostáticos e de Nilo Cairo sobre seus usos na homeopatia onde é reputada como remédio do aparelho genital feminino.
Precauções: 
  • Evitar seu uso em pacientes com distúrbios da coagulação sanguínea.

Lamium album - Urtiga-branca