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domingo, 22 de setembro de 2013

Passiflora spp - Maracujá

Passiflora spp - Maracujá

  • Maracujá (do tupi mara kuya, "fruto que se serve" ou "alimento na cuia") é um fruto produzido pelas plantas do gênero Passiflora (essencialmente da espécie Passiflora edulis) da família Passifloraceae. O nome da árvore é também conhecido como Maracujazeiro. 
Também conhecida como sacra-fruta foi por muito tempo tida como uma divindade pelas civilizações pré-colombianas do interior mineiro.Sua nêmesis seria a manga,fruta tida como raiz de todo o mal e egoismo. É espontâneo nas zonas tropicais e subtropicais da América.
  • Cultivada também pela sua flor ornamental (tal como as outras espécies do mesmo gênero botânico), a Passiflora edulis é cultivada com fins comerciais, devido ao fruto, no Caribe, no sul da Florida e no Brasil, que é o maior produtor - e também consumidor - mundial de maracujá. O maracujá de uso comercial é redondo ou ovoide, amarelo ou púrpura-escuro quando está maduro, e tem uma grande quantidade de sementes no seu interior.
O fruto é utilizado especialmente para produzir suco ou polpa de maracujá, às vezes misturada a suco de outros frutos, como a laranja. É popularmente conhecido como a fruta da tranquilidade. A flor do maracujá é polinizada principalmente por um inseto conhecido como mamangava.
  • O maracujá também é conhecida como flor-da-paixão, inspirado na paixão de Cristo. De acordo com missionários jesuítas que encontraram essa planta na América do Sul, as cores azul e branca da flor simbolizam a pureza do céu. As pétalas brancas significam os dez apóstolos (menos Pedro e Judas). 
A coroa correlaciona com a coroa de espinhos e os cinco estames vermelhos representam as cinco feridas. As folhas pontiagudas significam a lança que matou Jesus. Quando a flor do maracujá é aberta parcialmente, relembra a estrela vista pelos Três Reis Magos. 
  • A produção de maracujá vem ganhando grande importância no Brasil, notadamente a partir das últimas três décadas, o que coloca o País numa situação de destaque no ranking mundial. De acordo com estimativas da ITI Tropicals (2005) a produção mundial de maracujá é de 640.000 toneladas e o Brasil como primeiro produtor apresenta aproximadamente 70% desse total. 
O Equador aparece em segundo lugar e a Colômbia em terceiro, com respectivamente 85.000 e 30.000 toneladas. Atualmente, o maracujá é plantado em quase todos os estados brasileiros, proporcionando economia e renda em inúmeros municípios, com forte apelo social, já que se destaca como uma cultura com uso intensivo de mão-de-obra. 
  • Não obstante essa pujança da cultura, a pesquisa não tem acompanhado esse crescimento de forma adequada, principalmente, em relação ao melhoramento e a obtenção de variedades. Apenas nos últimos anos, tem sido lançado algum material melhorado. 
As pragas, notadamente aquelas que afetam o sistema radicular, como a morte prematura de plantas, entre outras, assim como os insetos constituem os principais entraves para a cultura do maracujá, constituindo, muitas vezes, fator limitante. 
  • Além disso, as dificuldades na obtenção de sementes selecionadas de variedades e híbridos com boas características agronômicas requerem esforço concentrado em melhoramento genético.
Por sua vez, a matéria-prima para alimentar os programas de melhoramento é a variabilidade genética, disponível nos bancos de germoplasma que, neste caso, é bastante modesta, tanto em âmbito internacional quanto no nacional, apesar de as fontes de recursos genéticos disponíveis na natureza serem muito amplas. 
  • Neste trabalho, procurou-se mostrar esse paradoxo, qual seja, ampla variabilidade natural, com pequena representatividade de recursos genéticos disponíveis nos bancos de germoplasma, propondo ações emergenciais para reverter essa situação, resgatando essa variabilidade e colocando-a à disposição da pesquisa. 
Variabilidade e Recursos Genéticos: 
  • Vários autores, entre eles Ferreira & Oliveira (1991) descrevem a ampla variabilidade genética existente no gênero Passiflora. Ferreira (1998), Castellen et al. (2005) destacam que, grande parte dessa variabilidade está dispersa no território brasileiro, o que coloca nosso país entre um dos principais centros de diversidade genética desse gênero. 
Vieira & Carneiro (2004), compilando dados do IPGRI, relacionam mais de 50 espécies de Passiflora que são cultivadas ou apresentam potencial comercial, destacando a origem e as formas de utilização, além do status de cultivo de cada uma delas. 
  • Tendo em vista o grande número de espécies de Passiflora existente, aliada às diferentes formas de utilização (muitas são comestíveis), é notória a expressiva variabilidade genética interespecífica, além da enorme variabilidade intra-específica que ocorre naturalmente. 
Lamentavelmente, a erosão genética que vem ocorrendo nas espécies de Passiflora é significativa, sobretudo, devido à ação antrópica, quer seja para a expansão da fronteira agrícola, quer seja pelo o crescimento industrial, como construção de hidrelétricas, rodovias, indústrias, etc. 
  • Castellen et al. (2005) relatam que as florestas tropicais que antes ocupavam grandes extensões contínuas, com a devastação decorrente do crescente processo de urbanização e expansão das atividades agrícolas, ficaram restritas a pequenos e esparsos fragmentos. 
Ultimamente, vários estudos têm demonstrado os riscos inerentes desse processo de fragmentação florestal, tais como: redução na diversidade e no tamanho populacional das espécies animais e vegetais, aumento dos níveis de endogamia nas populações e modificações nas interações bióticas como polinização, dispersão de sementes, predação e herbivoria. 
  • Diante disso, o resgate e a conservação de germoplasma autóctone em coleções e bancos de germoplasma são imperativos, assim como é recomendável a introdução de material proveniente de outros países. Em conseqüência da escassez de pesquisa nessa área, muitas das espécies de Passiflora são ainda desconhecidas e outras estão em processo de domesticação. 
Aliás, Ford-Lloyd & Jackson (1986) relatam que, a domesticação das plantas é o resultado da inteligência humana em conduzir o processo evolutivo dirigido ao habitat que o homem criou, já Wet & Harlan (1975) destacam que, a variabilidade genética inicialmente era explorada pela intuição, mas, com base nos conhecimentos acumulados ao longo das gerações, esse patrimônio genético passou a ser cada vez mais utilizado, o que provocou amplas mudanças fenotípicas, a fim de que as plantas atendessem às necessidades do homem. 
  • Seguindo essa lógica, algumas espécies, como por exemplo, Passifora alata, têm sido recentemente incorporadas ao processo produtivo, ocupando importantes nichos de mercado. Coleções e Bancos de Germoplasma Coleções e Bancos de Germoplasma 
De maneira geral, tanto para o número de coleções por país quanto para o número de acessos nas coleções houve incremento contínuo no período estudado. Há de se destacar que no levantamento de 1999, foram consideradas apenas coleções de Passiflora edulis. 
  • Os países que tiveram maiores incrementos nos acervos de germoplasma são: Brasil, Colômbia, Equador e Peru. Os Estados Unidos da América apresentaram, no último inventário de 2004, apenas uma coleção com número reduzido de acessos em contraposição a números elevados apresentados nos levantamentos anteriores.
Não é por acaso que o Brasil é o maior produtor mundial de maracujá, pois aliado a outros importantes fatores, existem, no País, as maiores e melhores coleções de germoplasma de Passiflora do mundo, o que dá sustentabilidade a essa pujante agroindústria brasileira. 
  • Embora o Brasil tenha essa posição privilegiada, quando comparado aos demais países em termos de recursos genéticos, verifica-se que há, ainda, um longo e urgente caminho a percorrer, notadamente em relação ao resgate e à conservação de germoplasma.

São, em sua maioria, trepadeiras; algumas são arbustos, e algumas poucas espécies são herbáceas e são mais conhecidas pelo seu fruto, o maracujá.

Propriedades Químicas:
  • Alcalóides indólicos (harmana, harmina, harmol, harmalina), flavonóides (vitexina, isvitexina, orientina, 0,55g % de apigenina), glicosídeos cianogênicos, álcoois, ácidos, gomas, resinas, taninos 
No Brasil é possível encontrar diversos tipos de frutas durante a maioria dos meses do ano. Sendo um País de grande extensão e de clima variado que permite o cultivo tanto de frutas tropicais quanto de frutas de clima temperado ou frio (OETTERER et al., 2006). 
  • O maracujá que, na língua tupi, significa “alimento em forma de cuia”, é uma das primeiras frutas silvestres que os descobridores conheceram nas Américas. Os maracujás ou flores-da-paixão já eram conhecidos e utilizados na América antes da chegada dos primeiros europeus, e relatos históricos do uso como medicamento fazem referencia a sua propriedade contra febre (GURGEL, 2004).
De acordo com a secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária - SEAGRI (2010), maracujazeiro típico das regiões tropicais e sub-tropicais constituem cerca de 530 variedades sendo 150 nativas do Brasil e 60 delas produzem frutos que podem ser aproveitados na alimentação.
  • A Passifloraceae representa uma família botânica com grande diversidade natural, sendo o Brasil um dos centros de diversidade, concentrando grande número de espécies (130 espécies). A correta identificação e caracterização torna possível conhecer melhor as espécies, inclusive quanto a sua distribuição. 
Relativamente, poucas espécies de Passifloraceae nativas do Brasil são mantidas em cultivo e existem espécies ameaçadas de extinção que são muito pouco conhecidas e não têm sido encontradas recentemente, inclusive na natureza (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, 2007). 
  • Cultivada por suas características alimentícias, ornamentais e medicinais, o maracujazeiro é uma planta trepadeira de produção anual, de grande porte, lenhosa, vigorosa e de crescimento rápido, podendo atingir até 10 m de comprimentos. O principal uso do maracujá está na alimentação humana, na forma de sucos, doces, geleia, sorvete e licores. 
É rico em vitamina C, cálcio e fósforo, alem de possuir valor medicinal, em função das suas propriedades terapêuticas: as folhas e o suco contem passiflorina, conhecido como um sedativo natural, e o chá preparado com as folhas, tem efeito diurético. Conhecido também pelo valor ornamental por suas belas flores, que são um atrativo devido ao seu tamanho, exuberância das cores e pela originalidade das formas (MELETTI, 1996).
  • A produção de maracujá é de grande importância para a economia brasileira, devido ao emprego intensivo de mão-de-obra, geração de renda, e principalmente pela colheita continuada da safra ao longo do ano. Além disso, seu cultivo pode ser realizado em vários estados brasileiros, posicionando o Brasil como maior produtor mundial (ARAÚJO et al., 2002). 
O maracujá possui uma produção em grande escala nas mais diversas regiões do Brasil, favorecendo o aumento do consumo por todos os brasileiros, seja in natura, ou na forma processada, podendo ser utilizado tanto no comércio interno quanto para a exportação. 
  • As cascas do maracujá encontram-se aplicada na fabricação de doces em calda, ou são usualmente são transformadas em farinha, na qual vem sendo estudadas tanto para uso terapêutico quanto aplicadas como parte dos ingredientes de algumas formulações de receitas. A casca do maracujá principalmente a parte branca também é rica em pectina, niacina (vitamina B3), ferro, cálcio, e fósforo. 
Nutrientes que atuam no crescimento e na produção de hormônios e previne problemas gastrointestinais (niacina), na prevenção da anemia (ferro), no crescimento e fortalecimento dos ossos (cálcio) e na formação celular (fósforo). Além disso, o fruto é muito conhecido na medicina popular para o tratamento da ansiedade, insônia e irritabilidade, sendo sua casca comumente estudada em função do seu poder de diminuir a glicemia e o colesterol LDL sem diminuir o colesterol HDL atuando como um alimento funcional. 
  • Sendo assim, faz-se necessário a caracterização dos diversos tipos de espécies, inclusive as espécies pouco estudadas e exploradas como é o caso da passiflora cincinnata Mast., contribuindo para a tecnologia de alimentos e para futuros estudos sobre a funcionalidade terapêutica do fruto, pois além da importância do simples conhecimento da composição das diferentes espécies deste fruto, estas análises têm extrema importância para realização de pesquisas com o maracujá, como por exemplo, no caso da escolha da melhor espécie para fabricação de um determinado produto.
Neste sentido, objetivou-se determinar as características físico-químicas e nutricionais da polpa e da farinha da casca do maracujá do mato (Passiflora cincinnata Mast.) e do maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.) durante o armazenamento em temperatura média de 20,6ºC ± 1. 
  • A pós-colheita se inicia no momento da separação do produto comestível de seu meio por ato deliberado, com a pretensão de utilizar o mesmo como alimento e finaliza quando é submetido ao processo de preparação para o consumo final (CHITARRA, 2005).
As perdas pós-colheita começam na colheita e ocorrem em todos os pontos da comercialização até o consumo (CENCI, 2006). Cerca de 20 a 50% do que é produzido das frutas tropicais tradicionalmente comercializadas atingem perdas na pós-colheita, enquanto para outras frutas nativas ou exóticas, ainda pouco exploradas, representam na maioria das vezes, valores maiores que 50% (SILVA et al., 2007). 
  • O ciclo vital dos frutos inicia-se com a fertilização, que é seguida pelas etapas de formação, crescimento, maturação e senescência. Durante o crescimento ocorre multiplicação das células e aumento do seu tamanho, e determina o tamanho final do fruto. 
A maturação é iniciada antes que o crescimento termine e inclui um serie complexa de transformações, que variam conforme o fruto, e durante a qual há um balanço entre processos de síntese e degradação. A senescência é a fase em que os processos de degradação passam a predominar, levando ao envelhecimento e morte dos tecidos (SILVA et al., 2007).
  • A fase denominada amadurecimento, ou seja, o final da maturação coincide com as modificações mais intensas de coloração e textura, tornando-se o fruto atraente para o consumo.A senescência, como envolve principalmente degradação, acarreta perda de massa devido ao consumo de substratos e também a perda de água, o murchamento, perda de brilho, e amolecimento excessivo dos tecidos (CHITARRA, 2005). 
No decorrer da maturação, os frutos sofrem alterações de natureza física que envolve modificações de massa, coloração e textura. Durante o desenvolvimento, o fruto aumenta de volume, apresenta, em geral, coloração verde e textura muito firme. 
  • A partir da maturação, a cor verde tende a desaparecer, e a textura torna-se gradativamente mais macia. A perda da cor verde, que começa ocorrer no início da maturação passa de verde-escura para verde-clara, e no amadurecimento desaparece, se dá por ocorrer à degradação da clorofila e a síntese de outros pigmentos amarelos, vermelhos e alaranjados (SILVA et al., 2007).
A taxa respiratória de uma fruta depende do seu grau de desenvolvimento. Inicialmente, durante o crescimento, ocorre um aumento da taxa respiratória, que diminui lentamente até chegar ao estado de maturação (GONÇALVES, 2009). 
  • Após a colheita, a respiração passa a ser o principal processo fisiológico dos frutos, uma vez que os frutos não dependem mais da absorção de água e minerais pela raiz, nem da condução de nutrientes pelo sistema vascular, nem da atividade fotossintética da planta-mãe. A energia liberada pela respiração é utilizada nos processos de síntese que ocorrem no amadurecimento (SILVA et al., 2007). 
Outros fatores ambientais também interferem na vida útil dos produtos. Alguns desses fatores incluem a umidade relativa e a atmosfera gasosa (oxigênio, dióxido de carbono e etileno). Às vezes é difícil estabelecer um equilíbrio entre esses fatores. Por exemplo, uma alta umidade relativa pode manter a textura, mas pode também facilitar o crescimento microbiano (CENCI, 2006).
  • Os frutos, em se tratando da produção de CO2, são classificados em dois grupos: climatéricos e não-climatéricos. Frutos não-climatéricos apresentam maturação e amadurecimento relativamente lentos, acompanhados de variação pouco significante da respiração (SILVA et al., 2007), sendo assim a taxa respiratória desses frutos se mantém em declínio constante durante o processo de amadurecimento e senescência. Essas frutas são menos perecíveis, e são colhidas apenas quando atingem o estado ideal de maturação (GONÇALVES,2009). 
Já os frutos climatéricos, que representam a maioria das frutas, apresentam um aumento rápido e muito acentuado da respiração durante a maturação. Esse aumento na respiração pode coincidir ou vir logo em seguida a um aumento muito brusco e intenso na produção de etileno (SILVA et al., 2007). 
  • Em função do aumento rápido da taxa respiratória tornando as frutas rapidamente perecíveis, as climatéricas são colhidas antes do inicio do amadurecimento, para que se possa controlar através de processos tecnológicos a velocidade respiratória do fruto (GONÇALVES, 2009). 
Contudo, o climatério é considerado uma fase dominada por atividade catabólica, na qual há aumento da permeabilidade das membranas permitindo o acesso de substratos as enzimas já existentes e consequentemente uma intensificação do metabolismo (CHITARRA, 2005).
  • O etileno é um gás, um hidrocarboneto (C2H4), que desempenha um papel importante na regulação do processo deteriorativo intrínseco da planta (THEOLOGIS et al., 1992; BOUZAYEN et al., 1997; ZIMMER, 1998 citado por WINKLER et al. 2002). É considerado a substancia mais sensível de todos os compostos orgânicos, que influencia no crescimento, amadurecimento e senescência das plantas (GONÇALVES, 2009). 
Além de atuar como fitormônio, o etileno controla muitos estádios do desenvolvimento da planta, tais como, maturação de frutos climatéricos, senescência de folhas e flores. Sua síntese autocatalítica é fortemente estimulada por fatores exógenos, como infecções fúngicas e/ou bacterianas, injúrias mecânicas, estresses hídrico, térmico e salino, e também por outros fitormônios (THEOLOGIS et al., 1992; BOUZAYEN et al., 1997; ZIMMER, 1998 citado por WINKLERet al. 2002). 
  • Durante o armazenamento muitos compostos voláteis são acumulados na atmosfera como é o caso do etileno que é aparentemente o mais importante, sendo que a remoção do mesmo da atmosfera pode reduzir os processos fisiológicos relacionados ao amadurecimento e senescência (CENCI, 2006). 
Além disso, o etileno atua diretamente no aumento da respiração celular, influenciando no metabolismo do fruto, favorecendo o aumento das pectinas solúveis, consequentemente melhorando a textura da fruta, ativa as transformações da cor das frutas com a estimulação da degradação da clorofila, estimula a hidrólise de polissacarídeos, a perda de ácidos, taninos e fenóis, enfim, acelera todo o processo metabólico de amadurecimento do fruto (GONÇALVES, 2009).
  • Sendo assim, no processo de maturação dos frutos climatéricos, ocorre um aumento significativo na taxa respiratória e na produção de etileno. O maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.) é um fruto climatérico (KADER et al., 1989 citado por WINKLERet al., 2002). 
Além do maracujá, outros produtos que são altamente sensíveis ao etileno como brócolis, cenoura, alface e alho porró não podem ser armazenados juntamente com produtos que apresentam produção elevada de etileno (CENCI, 2006).
  • A niacina, também conhecida como vitamina B3, vitamina PP ou ácido nicotínico, é uma vitamina hidrossolúvel cujos derivados (NAD+, NADH, NADP+ e NADPH) desempenham importante papel no metabolismo energético celular e na reparação do DNA. A designação "vitamina B3" também inclui a amida correspondente, a nicotinamida, ou niacinamida. 
Outras funções da niacina incluem remover substâncias químicas tóxicas do corpo e auxiliar a produção de hormônios esteroides pelas glândulas supra-renais, como os hormônios sexuais e os relacionados ao estresse.

Propriedades medicinais:
  • O maracujá é considerado um calmante natural que age no sistema nervoso central, aquietando-o, além de possuir outras propriedades medicinais. A composição de flavonoides, alcaloides e saparinas, dentre outras substâncias presente no maracujá, muitas vezes são administradas em forma de extratos ou suplementos para o tratamento de doenças que agem no sistema nervoso, incluindo depressão, ansiedade e ataques de pânico. 
O maracujá não possui substâncias viciantes e não produz efeitos colaterais associados ao uso de antidepressivos e tranquilizantes. A Passiflora incarnata pode aliviar dores de cabeça causadas devidos à tensão e deixa a pessoa mais tranquila. Também ajuda a curar ressacas ao sanar o desarranjo dos neurotransmissores.
  • As folhas de maracujá possuem efeito adstringente e agem como sedativo no tratamento da tensão nervosa, insônia e problemas respiratórios. As harmalas, substâncias presentes no maracujá, inibem o consumo excessivo e desnecessário de oxigênio pelo cérebro. 
Acredita-se que estes compostos ​​também são responsáveis por diminuir os níveis de circulação e respiração, reduzindo a pressão arterial. Alguns estudiosos consideram os alcaloides harmina e harmalina, eficazes contra o Mal de Parkinson. Outras espécies de maracujá contêm componentes que agem contra fungos, leveduras e bactérias. 
  • Os alcaloides presentes no maracujá também podem contribuir para uma dilatação da artéria coronária. Para inchaço nos olhos, queimaduras e irritações na pele, são usadas compressas. Para queimaduras e feridas, o suco do maracujá pode ser aplicado em forma de cataplasma. 
A Passiflora incarnata faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. Na culinária, o maracujá é um excelente ingrediente para pavês, sucos, sorvetes e mousses.

Contraindicações:
  • Doses grandes podem causar sonolência, e dependendo, até náuseas e vômitos. É bom evitar o uso de grandes doses durante a gravidez.

Maracujá