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domingo, 22 de setembro de 2013

Orbignya speciosa - Babaçu

Orbignya speciosa - Babaçu

  • O babaçu também chamado bauaçu, baguaçu, auaçu, aguaçu, guaguaçu, uauaçu, coco-de-macaco, coco-de-palmeira, coco-naiá, coco-pindoba e palha-branca, é uma planta da família das palmáceas (Arecaceae), dotada de frutos drupáceos com sementes oleaginosas e comestíveis das quais se extrai um óleo, empregado sobretudo na alimentação, remédios, além de ser alvo de pesquisas avançadas para a fabricação de biocombustíveis.
O babaçu é uma palmeira de origem brasileira, podendo ser encontrada nos Estados do Tocantins, Maranhão, Piauí, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso. Sua estipe é usada para construção de casas e pontes, sua seiva para produção de bebida fermentada e seu palmito para a alimentação. 
  • O babaçu tem grande importância econômica e popular nas regiões em desenvolvimento em que está presente. As folhas do babaçu são utilizadas para a fabricação de diversos utensílios como cestos, peneiras, esteiras, chapéus e até telhados. 
De sua casca pode ser feito xaxim, carvão e fumaça para repelir insetos. A Orbignya speciosa faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.
  • O óleo de coco (Cocos nucifera L.), muito utilizado pela indústria alimentícia e farmacêutica, tem exigido de pesquisadores e técnicos métodos analíticos capazes de avaliar as condições de processamento e estocagem. 
Neste trabalho avaliou-se a composição química e as propriedades físico-químicas do óleo de coco extra virgem, produzidos por indústria brasileira Considerando que o óleo de coco está sendo bastante divulgado pelos meios de comunicação, no que diz respeito as suas propriedades terapêuticas, este estudo pode contribuir de forma significativa com as características físico-químicas deste óleo. 
  • O óleo de coco, obtido a partir da polpa do coco fresco maduro (Cocos nucifera L.), é composto por ácidos graxos saturados (mais de 80%) e ácidos graxos insaturados. Os ácidos graxos saturados presentes no óleo de coco são: capróico, caprílico, cáprico, láurico, mirístico, palmítico e esteárico e os insaturados são: oléico e linoléico. 
O óleo de coco é rico em ácido láurico, com concentração acima de 40%. As gorduras láuricas, caso do óleo de coco, são resistentes a oxidação não enzimática e ao contrário de outros óleos e gorduras apresentam temperatura de fusão baixa e bem definida (24,4 - 25,6 ºC). 
  • As gorduras láuricas são muito usadas na indústria cosmética e alimentícia onde em virtude de suas propriedades físicas e resistência à oxidação são muito empregadas no preparo de gorduras especiais para confeitaria, sorvetes, margarinas e substitutos de manteiga de cacau.
O óleo de coco virgem é um produto que deriva do fruto da espécie Cocos nucifera L. Solidifica-se abaixo de 25°C. É prensado a frio, não é submetido ao processo de refinamento e desodorização, sendo extraído a partir da polpa do coco fresco maduro por processos físicos, passando pelas etapas de trituração, prensagem e tripla filtração. 
  • É um alimento complementar com inúmeras propriedades benéficas para a saúde, proporcionando fortalecimento do sistema imunológico, facilitando a digestão e a absorção de nutrientes. São encontradas diversas substâncias no óleo de coco, entre elas os ácidos graxos essenciais e o glicerol, que é importante para o organismo – com ele o corpo produz ácidos graxos saturados e insaturados de acordo com suas necessidades. 
O óleo de coco apresenta um alto índice de ácido láurico, ácido mirístico e ácido caprílico, entre outros. O ácido láurico é um ácido graxo de cadeia média, que é transformado em monolaurina no corpo humano. 
  • O óleo de coco virgem não é um medicamento, e sim um alimento complementar coadjuvante na prevenção de diversas doenças. Por isso, deve ser consumido diariamente para que o organismo obtenha uma reserva de ácidos graxos, presentes no óleo de coco. 
Emprega-se fundamentalmente como umectante (em forma de sabões) e atua sobre a pele como uma capa protetora ajudando a reter a umidade. Atua como um azeite suave e sedoso muito recomendado para pele irritada e inflamada e também se recomenda para aquelas pessoas que têm uma pele sensível. 
  • É um excelente condicionador sem enxague para o cabelo se é aplicado em pequenas quantidades nas pontas, com o cabelo limpo, e nunca sobre o couro cabeludo, já que este produz suas próprias substâncias oleosas.
Propriedades Químicas:
  • O óleo de babaçu possui o mais alto índice de saponificação e o mais baixo valor de iodo e refração dentre todos os óleos vegetais de uso industrial, o que o torna ideal para a fabricação de pomadas cremosas, difíceis de serem obtidas com óleos sem estas características. 
O óleo de babaçu possui propriedades emulsificantes e emolientes, sendo um ingrediente comum de cremes, loções, sabonetes em barra, condicionadores e óleos de banho, também devido as suas propriedades hidratantes. 
  • Estudos demonstraram que o ácido láurico, presente no óleo extraído do babaçu, quando pré-aplicado na pele, aumenta a permeabilidade da mesma para certas substâncias ativas. Os demais ácidos graxos presentes servem ainda como matéria-prima para a obtenção de tensoativos (substâncias que diminuem a tensão superficial ou influenciam a superfície de contato entre dois líquidos) para fins industriais e cosméticos. Em cosméticos o óleo de babaçu pode atuar como carreador de fase oleosa.
O côco do babaçu tem de 4 a 5 amêndoas, que representam cerca de 7% deste, e o óleo extraído representa cerca de 40% da amêndoa. O óleo de babaçu possui cor branca a amarelada e em temperatura ambiente está sob a forma de gordura. 
  • Possui como constituintes aproximadamente 85% de ácidos graxos saturados e 15% de ácidos insaturados. Dentre os ácidos estão: láurico (44-46%), mirístico (15-20%), oléico (12-18%), palmítico (6-9%), esteárico (6%), caprílico (4,0-6,5%), cáprico (2,7-7,5%), capróico (0,2%), e araquídico (0,2-0,7%). 
O Acido láurico:
  • O ácido dodecanóico ou ácido láurico, é um ácido gordo saturado (br: ácido graxo) com fórmula estrutural CH3(CH2)10COOH. É o ácido principal do óleo de coco e do óleo da semente de palma (não confundir com óleo de palma). 
Atua como anti-inflamatório e crê-se que possua propriedades antimicrobianas e estimule o sistema imunológico. É também encontrado no leite humano (5.8% da gordura total), no leite de vaca (2.2%) e leite de cabra (4.5%). Trata-se de um sólido, branco, pulvurulento, com odor ligeiro a sabão.
  • Ácido láurico, mirístico e caprílico: entre outras poderosas substâncias, são essas que auxiliam na perda de peso e, ao mesmo tempo, trazem muitas vantagens à saúde. 
O ácido láurico é um ácido graxo de cadeia média, que é transformado em monolaurina no corpo humano. A monolaurina destrói vírus revestidos de lipídeos e diferentes bactérias patogênicas. Por sua ação bacteriana, consegue proteger o intestino, equilibrando a flora intestinal. Assim, previne e combate a prisão de ventre quanto a diarréia.
  • A gordura do coco tem maior concentração de ácido láurico entre todas as gorduras vegetais. É o mesmo ácido graxo do leite materno, elemento indispensável para estimular o equilíbrio imunológico. 
Rico em vitamina E, o óleo de coco também reduz a produção de radicais livres e suas conseqüências, como o envelhecimento precoce. O nutriente também tem importante papel na recuperação do sistema imunológico, principalmente em idosos, e aumenta a resistência muscular

Óleos láuricos:
  • Os óleos láuricos são óleos obtidos de coqueiros nativos de países tropicais. Se destacam, frente a outros tipos de gorduras, pela sua concentração elevada de ácido láurico, componente importante do leite materno humano, para o fortalecimento imunológico do bebê. 
Pesquisas cientificas demonstram que o ácido láurico possui a capacidade de aumentar o sistema imunológico pela ativação da liberação de uma substância chamada interleucina (Wallace, F A et al.), que faz a medula óssea fabricar mais células brancas de defesa (isso é muito bom para quem tem imunidade baixa como pessoas com AIDS e Câncer). 
  • Além disso, os óleos láuricos agem como anti-inflamatórios pela inibição da síntese local de prostaglandinas (PGE2) e interleucina 6 que são substâncias pró-inflamatórias presentes em quadros reumáticos, artrites e inflamações musculares. Ou seja, eles são anti-inflamatórios. Quando o ácido láurico chega aos nossos intestinos ele é quebrado pela enzima lípase e se transforma em monolaurina. A monolaurina é absorvida pelos intestinos e vai ao sangue. 
Esta substância, cujo precursor é o ácido láurico, destrói a membrana de lipídios que envolve os vírus bem como torna inativas bactérias, leveduras e fungos. A ação atribuída a monolaurina é a de que ela solubiliza os lipídios contidos no envoltório dos vírus, causando a sua destruição. 
  • Há assim uma potencial atividade antiviral e anti-bacteriana desta substância contra vírus perigosos como Epstein-Barr, causador da mononucleose e bactérias como aHelicobacter pylori, principal causa hoje do câncer do estômago (Enig, M.; Issacs, C.E. et al. & Kabara J.J. et al.).
De fácil absorção, os óleos láuricos não necessitam de enzimas para sua digestão e metabolismo. No fígado, rapidamente se transformam em energia, gerando calor e queimando calorias, o que leva à perda de peso. De fato, por este efeito, o uso destes óleos têm se tornado famoso internacionalmente em dietas de emagrecimento, pois são o único tipo de gordura que ao ser metabolizada pelo corpo, não é estocada na forma de tecido gorduroso (St-Onge, M.P. et al. & Van Wymelbeke, V., et al.). 
  • Podem ser usados na culinária em substituição aos tradicionais óleos empregados na cozinha o que progressivamente reduz os depósitos de gordura localizada, levando ao emagrecimento natural e redução de problemas como a celulite. 
Algumas observações levaram à descoberta que óleos láuricos estimulam a função da glândula tireóide. O bom funcionamento desta glândula, faz com que o mal colesterol (LDL) produza hormônios que reduzem a velocidade de envelhecimento do corpo como o DHEA, pregnenolona e a progesterona. Estes hormônios reduzem sintomas associados à menopausa e tensão pré-menstrual na mulher, problemas cardiovasculares, obesidade, entre outras doenças.
  • Estudos científicos mais recentes demonstraram que os óleos láuricos não aumentam os níveis de colesterol como se pensava, mas muito pelo contrário, eles balanceiam os níveis do bom colesterol (HDL) no sangue (Enig, M. & Hostmark et al & Kaunitz e Dayrit & Awad). 
As pesquisas antigas com óleo de côco e que mostravam o contrário haviam sido feitas com óleo de côco parcialmente hidrogenado. Nenhum de nossos óleos passa por processo de hidrogenação, que pode dar origem à formação de gordura trans, que aumenta os níveis de colesterol e favorece o surgimento de câncer. Os óleos láuricos reduzem a oxidação do mau colesterol (LDL) no sangue prevenindo doenças cardiovasculares. 
  • Óleos láuricos também ajudam a diminuir a compulsão por carboidratos (açúcar, doces, biscoitos, etc) devido a não estimularem a liberação de insulina. A maioria dos óleos poli-insaturados dificultam a entrada da insulina e nutrientes para dentro das células, deixando-as literalmente “famintas”, a gordura de coco “abre as suas membranas”, não somente permitindo que os níveis de glicose e insulina se normalizem, como também melhorando sua nutrição e restabelecendo os níveis normais de energia.
Óleos láuricos possuem um ótimo desempenho na cozinha por serem muito estáveis sob altas temperaturas. Na cozinha, não há nenhuma gordura melhor: diminuem o mau colesterol (LDL), ajudam a manter o peso, aumentam a imunidade, e protegem contra doenças cardiovasculares. 
  • O ácido láurico pode fazer estes óleos endurecerem em temperaturas inferiores a 23º graus. Em dias frios, para fazer a gordura voltar ao estado líquido, basta deixar a embalagem do óleo no sol da manhã ou aquecer em banho maria, que a gordura volta ao seu estado natural liquido. Você também pode apertar a garrafa levemente até que a gordura saia

Esta formação vegetal se situa entre a floresta amazônica, caatinga e o cerrado. É constituída por palmeiras, destaque ao babaçu, e carnaúba.

Há 3 tipos principais de coqueiros: 
Dos quais atualmente se obtém óleos ricos em ácido láurico:
  • Coco da praia (Cocus nucifera), do qual se obtém a “água de côco” e óleo rico em ácido láurico de sua polpa branca. Para ser empregado existem as versões extra-virgem (rico em vitamina E e aroma de côco), ou refinado (praticamente inodoro). 
Coco babaçu (Orbignya oleifera), árvore brasileira e que fornece uma castanha rica em um óleo contendo óleo láurico. Praticamente só é comercializado óleo refinado, pois o óleo virgem possui um aroma de côco muito forte para uso na cozinha ou massagem. 
  • Coco palmiste (Elaeis guineensis) obtido do caroço da palma. Praticamente só é comercializado óleo refinado, pois o óleo virgem possui um aroma de côco muito forte para uso na cozinha ou massagem. A vantagem deste produto é que ele não apresenta o cheiro que o babaçu ou óleo de côco eventualmente trazem, mesmo sendo refinados. 
O refino não altera as qualidades naturais destes óleos devido à sua grande estabilidade ao calor e este processo não envolver o uso de produtos químicos prejudiciais à saúde.Há uma vantagem no uso dos óleos de côco palmiste e côco babaçu frente ao côco da praia, que é um custo mais baixo destes óleos com os mesmos resultados

Propriedades Medicinais:
  • Os estudos farmacológicos comprovaram as seguintes atividades desta espécie: antiinflamatória (Maia & Rao 1989, Silva & Parente 2001); ativadora de macrófagos in vitro e in vivo (Nascimento et al. 2005); contra o hipertireoidismo (Gaitan et al. 1994); analgésica (Maia & Rao 1989); imunomoduladora (Silva & Parente 2001).
O mesocarpo (côco) do babaçu é usado no Brasil como suplemento alimentar e na medicina popular para o tratamento de inflamações, cólicas menstruais e leucemia. O babaçu possui importantes constituintes químicos, tais como como triterpenos, taninos, açúcares, saponinas e compostos esteróides. 
  • Seus polissacarídeos têm ação anti-inflamatória e imunomoduladora. Outros estudos realizados demonstraram o babaçu é um bom cicatrizante, protetor gástrico, anti-trombose e antimicrobiano. 
Além de suas amêndoas que contém o óleo de babaçu, componente mais importante terapeuticamente e utilizado em alimentos, as folhas também costumam ser consumidas na forma de tinturas e chás.
  • O extrato etanólico do babaçu, testado em linhagens de células humanas leucêmicas, tumores de próstata e câncer de mama, promoveu diminuição da viabilidade em todas estas de maneira dose-dependente. Neste estudo, o efeito foi mais pronunciado sobre as linhagens celulares tumorais quando comparado às não tumorais. 
Além disso, o babaçu tem atividade antioxidante e a capacidade de sequestrar os radicais livres, protegendo as células do estresse oxidativo. Este efeito, além de ser protetor contra o câncer, retarda o envelhecimento precoce. 
  • Pele e cabelos também podem se beneficiar com o óleo de coco, que age como hidratante e condicionador natural. Antes do banho, basta massagear os cabelos com 1 colher (sobremesa) do óleo, depois é só lavar normalmente.
Para amaciar a pele, massageie com o óleo, deixe agir por 15 minutos e lave em seguida com água fria. Hidrata a pele e previne rugas numa verdadeira ação antienvelhecimento. Isso se deve à lubrificação da pele, permitindo que os nutrientes do sangue cheguem até ela. O óleo tem poder bactericida e pode ser utilizado em picadas de insetos e no tratamento de herpes. 
  • Devido a gordura do óleo não necessita de enzimas especiais para absorver o que transforma muito rápido em energia, não armazenando no corpo. Por isso, é considerada termogênica e beneficia a emagrecer.
Os alimentos termogênicos aumentam a temperatura do corpo e necessitam de mais energia para serem digeridos, intensificando a queima de gorduras. 
  • Potencializando o efeito emagrecedor, o óleo promove uma sensação de saciedade e estimula a liberação de glicose no sangue. Dessa forma, ajuda a diminuir a compulsão por carboidratos, principalmente doces. Contrário aos demais óleos poli-insaturados que dificultam a entrada da insulina e nutrientes das células, a gordura do coco abre as membranas das células, permitindo que os níveis de glicose e insulina normalizem.
Benefícios do babaçu:
  • O mesocarpo (côco) do babaçu é usado no Brasil como suplemento alimentar e na medicina popular para o tratamento de inflamações, cólicas menstruais e leucemia. O babaçu possui importantes constituintes químicos, tais como como triterpenos, taninos, açúcares, saponinas e compostos esteróides. 
Seus polissacarídeos têm ação anti-inflamatória e imunomoduladora. Outros estudos realizados demonstraram o babaçu é um bom cicatrizante, protetor gástrico, anti-trombose e antimicrobiano.
  • Além de suas amêndoas que contém o óleo de babaçu, componente mais importante terapeuticamente e utilizado em alimentos, as folhas também costumam ser consumidas na forma de tinturas e chás.
O extrato etanólico do babaçu, testado em linhagens de células humanas leucêmicas, tumores de próstata e câncer de mama, promoveu diminuição da viabilidade em todas estas de maneira dose-dependente. Neste estudo, o efeito foi mais pronunciado sobre as linhagens celulares tumorais quando comparado às não tumorais. 
  • Além disso, o babaçu tem atividade antioxidante e a capacidade de sequestrar os radicais livres, protegendo as células do estresse oxidativo. Este efeito, além de ser protetor contra o câncer, retarda o envelhecimento precoce.
Indicações: 
  • O mesocarpo do fruto é indicado contra dores abdominais, constipação, obesidade, leucemia, reumatismo, ulcerações, tumores, inflamações de útero e ovários, artrites, cólicas menstruais (Silva & Parente 2001, Caetano et al. 2002). 
O Pó do babaçu Rico em fibras é indicado para prisão de ventre, colite e obesidade. Além disso, possui propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, o que torna também indicado no tratamento de artrite reumatoide, prostatite, úlceras, reumatismo, cansaço físico e mental, esgotamento, tumores e inflamações no útero e ovário e menstruação irregular e dolorosa.
  • A sabedoria popular ganha suporte científico com uma pesquisa realizada por um grupo da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). O babaçu, usado popularmente no tratamento de doenças como reumatismo, mostrou ser eficiente na cura de lesões gástricas. 
Segundo a farmacologista Maria Bernadete Maia, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFPE, a eficiência foi bastante superior a dos remédios convencionais. 
  • A pesquisadora já vem realizando há alguns anos estudos com o babaçu. "Inicialmente testamos suas propriedades anti-inflamatórias e anticancerígenas, que eram propagadas pela população. Não detectamos atividade anticancerígena, mas a atividade antiinflamatória foi bastante interessante."
O babaçu geralmente é vendido na forma de pó por pessoas que têm plantações do coco babaçu. O mesocarpo (polpa) é seco, e dele é obtido o pó. As pessoas ingerem o pó puro como farinha ou misturado em sucos.
  • Dentro do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da UFPE, existe uma área de pesquisa que é a farmacologia de bioativos, onde Maia estuda plantas medicinais. "Existe uma retomada de interesse sobre fitoterápicos, mas muitos não têm comprovação científica."
A pesquisadora estuda o efeito do babaçu em animais com lesões gástricas provocadas por álcool. "Geralmente os trabalhos feitos com animais experimentais refletem o que acontece na espécie humana. 
  • Nesse caso, os dados confirmaram os relatos da medicina popular, nos quais as pessoas afirmam apresentar redução dos sintomas de úlcera com o uso do pó de babaçu", explica Maia. "O estudo com animais dá uma base acadêmica para o uso racional do medicamento", complementa.
Contraindicações:
  • Na lactação, na gravidez e para pessoas sensíveis às substâncias presentes no babaçu. As doses não devem ultrapassar a indicada por causa do aumento de teor de glicose, especialmente em diabéticos. Evitar o uso por muito tempo.
Outros usos:
  • O lenho do babaçu é usado na construção de casas, enquanto que as folhas são utilizadas na cobertura, nas paredes, nas portas e nas janelas. O leite do babaçu e o óleo extraído de suas amêndoas são usados na alimentação; da casca do coco é produzido carvão. A palha, por sua vez, é utilizada para a produção de artesanato. A partir do óleo também se produz sabonete. 
Essa palmeira é muito comum no Maranhão, Piauí, Ceará, Pará, Mato Grosso e Tocantins. É uma palmeira elegante que pode atingir até 20 m de altura. Estipe característico por apresentar restos das folhas velhas que já caíram em seu ápice. 
  • Folhas com até 8 m de comprimento, arqueadas. Flores creme-amareladas,aglomeradas em longos cachos. Cada palmeira pode apresentar até 6 cachos, surgindo de janeiro a abril. Frutos ovais alongados, de coloração castanha, que surgem de agosto a janeiro, em cachos pêndulos. A polpa é farinácea e oleosa, envolvendo de 3 a 4 sementes oleaginosas.
Na culinária, o óleo de babaçu é utilizado como substituto do óleo de soja. Possui odor semelhante ao avelã e é largamente utilizado na culinária popular. Pode ainda participar da produção de margarina e gorduras especiais. 
  • A luta por melhores condições de vida constantemente reúne as quebradeiras de coco do Bico do Papagaio, mas nos dias 29 e 30 a Asmubip – Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio realizou em São Miguel do Tocantins o primeiro encontro sobre gestão do projeto babaçu, uma importante conquista para a região. 
Na reunião, a secretaria executiva do projeto pôde apresentar o trabalho desenvolvido nos primeiros três meses de execução às coordenadoras de núcleo da associação, que reúne mulheres de 11 municípios da região e também aos parceiros do projeto.
  • O Projeto Babaçu é uma parceria entre Asmubip e Setas – Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social. Em 2008, o projeto foi aprovado pela Petrobras recebendo recursos de mais de R$ 500 mil. Com o recurso a associação poderá manter funcionando a unidade de processamento de mesocarpo e a unidade que fabrica o óleo de coco. 
Outro benefício proposto no projeto é a melhoria na qualidade dos subprodutos e para tanto serão contratados consultores especializados para ministrar cursos e adquiridas embalagens adequadas para cada produto do babaçu. 
  • De acordo com o técnico da Setas, Josivaldo Veloso, para que os ganhos do projeto sejam mantidos por mais tempo, parte dos investimentos serão aplicados em capital de giro e divulgação dos produtos buscando ampliar mercado e elevar o preço dos produtos 

Babaçu (Orbignya speciosa), por ser uma palmeira, assim como Dendê e o Buriti, concentra altos teores de gorduras de aplicação alimentícia ou industrial.