sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Morus sp - Amora

Morus sp - Amora

  • Morus é o nome de um gênero de árvores caducifólias, mais conhecidas por amoreiras, nativas das regiões temperadas e subtropicais da Ásia, África e América do Norte, sendo que a maioria das espécies do gênero é asiática. 
As plantas do gênero Broussonetia, intimamente relacionado com o Morus, são também vulgarmente conhecidas por amoreiras, nomeadamente a Amoreira de papel (Broussonetia papyrifera).
  • Trata-se de árvores de porte médio que podem atingir cerca de 4 a 5 metros de altura, possuem casca ligeiramente rugosa, escura e copa grande. As folhas têm coloração mais ou menos verde, com uma leve pilosidade que as torna ásperas. As flores são de tamanho reduzido e cor branco-amarelada. 
As amoreiras crescem bem em todo o Brasil e Portugal e apresentam crescimento rápido, adaptando-se a qualquer tipo de solo, preferindo os úmidos e profundos. Frutifica de Setembro a Novembro no Brasil, e de Maio a Agosto em Portugal. 
  • As amoras são frutos pendentes, de coloração vermelho-escura, quase preta, quando maduros, com polpa vermelho-escura comestível. A coloração de seus frutos varia de acordo com a espécie à qual pertencem e conforme o seu grau de maturação.
As espécies de amoreira mais cultivadas são:
  • Morus rubra, que produz a amora-vermelha 
  • Morus alba, amora-branca e 
  • Morus nigra, amora-preta 
Originárias da Ásia, as amoreiras foram, provavelmente, introduzidas na Europa por volta do século XVII. No Brasil, a amoreira — em especial a negra — cresce bem em toda parte, podendo ser encontrada de forma subespontânea em praticamente todas as regiões do país.
  • Se a amoreira-branca é a preferida na criação do bicho-da-seda, que se alimenta de suas folhas, a amoreira-negra costuma ser a preferida para o consumo alimentar humano, pelo sabor mais pronunciado de seus frutos que são, também, mais volumosos. Além disso, a amoreira-negra é árvore de características ornamentais pois, apesar de não alcançar muita altura, sua copa, de folhas abundantes, proporciona boa sombra. 
Todas as amoras são ricas em vitamina C e caracterizam-se por sua forma típica, gerada a partir do agrupamento de vários e minúsculos frutos que se unem formando uma polpa rica em água e açúcar. 
  • As amoras são geralmente consumidas ao natural e podem ser servidas também com creme chantili; são igualmente utilizadas no preparo de tortas, sorvetes, compotas, geleias, doces cristalizados ou em massa, ou transformadas em licores e xaropes.
Propriedades Químicas:
  • Uma das grandes descobertas é que o uso da amora preta vem se expandindo para fins medicinais, como uma planta anti-cancerígena, pela ação do ácido elágico e também no combate a osteoporose, devido a sua concentração elevada de cálcio (46mg/100g fruto). Outra utilização crescente, é como tônico muscular nas práticas desportivas, pois alto teor de potássio é encontrado no fruto (245mg/100g fruto). 
O fruto da amoreira é depurativo do sangue, anti-séptico, vermífugo, digestivo, calmante, diurético, laxativo, refrescante, adstringente, etc. Poderosas propriedades anti-oxidantes por sua combinação de vitaminas C com E. A amora preta contém pectina em abundância, uma fibra solúvel que ajuda a reduzir os níveis de colesterol no sangue. E muito recomendável aos que tem o organismo saturado de ácidos, como os que sofrem de reumatismo, gota, artrite, etc. 
  • O suco de amora, quente, adoçado com mel, tem bons resultados em casos de afecções da garganta, amidalite, rouquidão, inflamação das cordas vocais, das gengivas, aftas, etc. As flores frescas são diuréticas e muito úteis no tratamento das vias urinarias. 
A amora preta se encontra entre os alimentos que ajudam a diminuir o colesterol. De acordo a um estudo publicado pela revista Jornal of Neuroscience, as propriedades nutritivas das amoras pretas conservam o equilíbrio, a memória e a coordenação motora das pessoas de idade avançada.
  • Existe um número elevado de espécies dentro do gênero, perto de 300. Sua origem não é muito definida (provavelmente da Ásia, introduzidas na Europa por volta do século XVII), possuindo características de adaptação climática muito variadas, podendo encontrar cultivaros com exigência de frio (abaixo de 7,2 C) desde 100 horas ate 1000 horas/ano para quebra de dormência. 
A cultivada pela Fazenda Sta. Terezinha do Rio Bonito, é muito semelhante a variedade Ollalie (USA) esta totalmente adaptada as nossas condições climáticas, após 8 anos de experiências e 3 anos de produção comercial.
  • A amora preta se desenvolve bem em diversos tipos de solos, mas bem drenados, com pH entre 5,5 a 6,5.Pode-se utilizar irrigação, desde que sem exagero. É de porte ereto ou rasteiro, podendo atingir ate 2 metros de altura. As podas são necessárias para limpeza e frutificação. A longevidade é de 15 anos. 
A amoreira-preta in natura é altamente nutritiva. Contém 85% de água, 10% de carboidratos, com elevado conteúdo de minerais, vitaminas B, A e cálcio. Pode ser consumida de outras formas como geleias, suco, sorvete e iogurtes (POLING, 1996). 
  • Uma série de funções e constituintes químicos são relatados na literatura internacional relacionados às qualidades da amora-preta, estando, entre eles, o ácido elágico. 
Segundo WANG et al. (1994), o ácido elágico (C14H6O8) foi encontrado em morango (Fragaria spp), groselha preta (Ribes nigrum), amoreira-preta (Rubus subgênero Eubatus), framboesa (Rubus subgênero Idaeobatus), entre outras espécies. 
  • O ácido elágico um constituinte fenólico de algumas espécies, é um hidrolito de elagitanina que ocorre naturalmente, especialmente em frutas e nozes Singleton et al. (1996), Bate-Smith (1961a., 1961b), Daniel et al. (1989), apud WANG et al., 1994). 
Foi demonstrado que o ácido elágico possui funções anti-mutagênica, anticancerígena e além de ser um potente inibidor da indução química do câncer Okuda et al.(1985), Maas et al. (1992) citados por WANG et al. (1994); MAAS et al., (1991 a). 
  • O ácido elágico e alguns elagitaninos têm mostrado propriedades inibidoras contra replicação do vírus HIV transmissor da Aids Asanaka et al. (1988), Take et al. (1989), apud MAAS et al., (1991 a). Os estudos de Asanaka com ratos sugerem que o elagitanino oenotherin B pode ser usado via oral para inibir o HIV e o vírus da herpes (MAAS et al., 1991b). 
Além disso, são atribuídas às frutas de amoreira-preta outras propriedades, como o controle de hemorragias em animais e seres humanos, controle da pressão arterial e efeito sedativo, complexação com metais, função antioxidante, ação contra crescimento e alimentação de insetos Girolami et al. (1966), Cliffton (1967), Bhargava et al. (1968) apud MAAS et al., 1991. 
  • O ácido elágico é um derivado do ácido gálico, e como fenol, possui algumas propriedades de compostos fenólicos (WANG et al., 1994). Em tecidos de morango, foi associado a substâncias polifenólicas inibidoras da degradação do ácido indolbutírico (AIA) pela peroxidase, em presença de luz. 
Já na ausência de luz, a presença de monofenóis propicia o aumento da atividade da peroxidase (Runkova et al., 1972 apud MAAS et al., 1991). 
  • MAAS et al. (1991a), trabalhando com cultivares de morango, não conseguiram correlacionar a quantidade de ácido elágico encontrada em diferentes porções da planta (polpa e folhas), indicando que a seleção de variedades para o ácido elágico pode ser específica para determinado tipo de tecido. 
Composição Química:
Cem gramas de Amora contem; 
  • Calorias 61,0 
  • Água 85,00 
  • Hidratos de Carbono 12,6 
  • Proteínas 1,2 
  • Gorduras 0,6 
  • Sais 0,6 
  • Vitamina A 200 
  • Vitamina B¹ 30 mcg 
  • Vitamina B² 50 mcg 
  • Niacina 0,435 mcg 
  • Vitamina C 22,100 mg 
  • Potássio 169 mg 
  • Sódio 7 mg 
  • Fósforo 48 mg 
  • Cálcio 36 mg 
  • Ferro 1.57m 
O ácido elágico:
  • O ácido elágico é um polifenol com fortes propriedades antioxidantes que se encontra em diversas frutas e legumes como as castanhas, framboesas, morangos, mirtilos, nozes, romãs e amoras.Existem inúmeros benefícios associados ao ácido elágico e que só recentemente foram desvendados pela ciência. 
Um desses prende-se com a investigação levada a cabo recentemente por japoneses. O estudo em questão tinha por objectivo analisar clinicamente os efeitos desse ácido na pigmentação cutânea. Concluiu-se que o ácido elágico possuía uma ação clareadora da pele, devido ao seu efeito inibidor do processo de síntese da melanina (substância que confere pigmentação à pele, aos olhos e aos cabelos dos mamíferos) e da proliferação dos melanócitos (células que produzem a melanina).
  • Nesse mesmo sentido, novos estudos sugerem que esse ácido consegue aumentar em 25% a ação de um protetor solar, na medida em que potencializa os níveis de glutationa, antioxidante natural produzido pelo organismo, que protege o ADN das células. 
Existem ainda outras propriedades de grande interesse no ácido elágico. Um estudo realizado in vitro demonstrou que, de entre 6 extractos de fruta, os da amora e da framboesa classificavam-se em primeiro e segundo lugar no que dizia respeito à luta contra a oxidação do “mau colesterol” (LDL), um factor de risco de doenças cardiovasculares. Além disso, alguns estudos demonstraram que o ácido elágico, presente em abundância na framboesa e na amora, podia reduzir os depósitos de placa na aorta e o colesterol sanguíneo.
  • Por outro lado, numerosos estudos demonstraram também que este fitoquímico impedia a ativação de determinadas substâncias cancerígenas: ao evitar a reação destas substâncias com o nosso ADN, o ácido elágico impede assim a indução de mutações que desencadeiam o aparecimento do cancro . 
Essa propriedade deveras importante prende-se ainda com outro mecanismo de ação atribuído ao ácido elágico, que é a sua capacidade em inibir duas proteínas fundamentais (VEGF e PDGF) para a formação da rede sanguínea dos tumores, interferindo no processo da angiogênese que tantas vezes caracteriza o processo tumoral .
  • Concluindo, seja pelo facto de o ácido elágico inibir ou deter células cancerígenas no peito, pâncreas, esófago, cólon e na pele e próstata, como pela suas propriedades em ajudar a prevenir doenças cardiovasculares ou pela sua capacidade em proporcionar uma pele sem manchas (para fumadores, por exemplo), o ácido elágico assume-se assim como um antioxidante de especial relevo, não só para atletas, como para qualquer pessoa. 

Morus sp - Amora

Propriedades Medicinais:
  • A amora ou amoreira (Morus Alba) é conhecida como a planta reguladora dos hormônios por isso atua com bastante eficácia nos sintomas da menopausa: ressecamento da vagina, irritação, ansiedade, nervosismo, memória fraca, dores musculares e das articulações, calores e algumas vezes suores frio, dor de cabeça, diminuição da libido,dificuldades para dormir, depressão, problemas urinários.
É ainda planta anti-cancerígena, no combate a osteoporose, como tônico muscular nas práticas desportivas, por possui alto teor de potássio. Depurativa do sangue, anti-séptica, vermífuga, digestiva, calmante, diurética, laxativa, refrescante, adstringente e muito útil nos problemas da tireoide. Possui poderosas propriedades anti-oxidantes por sua combinação de vitaminas C com E contribuindo assim para o rejuvenescimento e beleza da pele. 
  • A amora ajuda a prevenir infecção urinária, reduzir o risco de úlcera e câncer no estômago. O fruto pode ser mais saboroso, mas as folhas da amoreira silvestre, a casca, e as raízes contêm maior potencial curativo. Os taninos adstringentes na planta contraem os vasos sanguíneos. 
Partes diferentes da amora possuem propriedades distintas. A folha da age como alterativo, analgésico, antibacteriano, antipirético, anti-inflamatório, diaforético e expectorante. As bagas são um tônico para o sangue, laxativo, nutritivo e refrigerante. 
  • A fruta da amoreira, bem como as folhas e as cascas são anti-helmínticas e a casca é anti-inflamatória, catártica, diurética, expectorante e dilatadora bronquial. Os ramos agem como alterativo, antiespasmódico, anti-reumático e diurético.
A amora-branca (Morus alba) possui propriedades renais. Suas folhas são utilizadas na medicina alternativa para curar resfriados, gripes, febres, tosses e dores de garganta. Os frutos são usados para tratar anemias e constipação. Além de propriedades e uso ligeiramente diferentes, as partes da planta possuem propriedades energéticas diferentes também. 
  • Os ramos da Morus nigra são usados popularmente contra a hipertensão, as folhas para diabetes, a raiz é contra a solitária e as frutas contra fraqueza, úlceras e vertigem. A folha da amora-preta também é utilizada para desinfeccionar pulmões e assim aliviar tosses e problemas respiratórios. Popularmente, é feito o gargarejo com o suco de amoras (tanto as amoras-pretas, quanto as amoras-brancas) para tratar dores de garganta.
As frutas da amoreira contem açúcar, ácido málico, pectina, vitaminas B-1, vitamina B-2, betacaroteno, tanino e ácido linoleico. Todas as amoras são ricas em vitamina C e caracterizam-se por sua forma típica, gerada a partir do agrupamento de vários e minúsculos frutos que se unem formando uma polpa rica em água e açúcar. 
  • Na culinária, os brotos jovens da árvore da amoreira são comestíveis ao serem cozidos. As frutas são usadas em tortas, pudins, vinhos e saladas de frutas. As amoras são geralmente consumidas ao natural e podem ser servidas também com creme de chantilly. São igualmente deliciosas quando utilizadas no preparo de tortas, sorvetes, compotas, geleias, doces cristalizados ou em massa, ou transformadas em vinhos, licores e xaropes. 
Ainda vale ressaltar que essa fruta silvestre funciona pra valer no combate à infecção pulmonar e a problemas na bexiga está mais do que comprovado. A novidade é que a amora também já mostra seus poderes contra o vírus da herpes tipo 2 (HSV-2, ou herpes simples), responsável por feridas dolorosas nos lábios e nos órgãos genitais. “Os testes mostraram que ela é capaz de suprimir a infecção”, explica Hua-Yew Chung, da Universidade de Kaohsiung, em Taiwan. 
  • As substâncias analisadas foram extraídas da amora alpina. Embora mais comum na ilha de Formosa, essa variedade também é encontrada em solo brasileiro o que pode ser um alento para quem tem de conviver com as lesões. Estima-se que o vírus esteja presente em 90% da população, mas só se manifesta em cerca de 10% dos brasileiros.
Indicações: 
  • Desde à muito que têm sido estudados pelos especialistas os vários benefícios desta fruta, sendo conhecida como tendo uma ação refrescante, antiinflamatória, emoliente e antibacteriana. Além de poder ser usada no tratamento do acne e erupções cutâneas, amora tem uma ação antioxidante devido a presença do ácido elágico e também é rico em cálcio sendo muito usado para tratamento da osteoporose. 
Contudo, nos dias de hoje, o principal benefício da amora está na regulação dos hormônios. Desta forma, além de poder tratar a irritação, ansiedade, nervosismo, memória fraca, dores musculares e nas articulações, atua com grande eficácia nos sintomas da menopausa.

Tem as seguintes indicações:
  • Melhora os sintomas da menopausa. 
  • Melhora a qualidade do seu sono. 
  • Trata o reumatismo, gota e artrite. 
  • Trata a osteoporose. 
  • É hipoglicemiante, anti diarreica e cicatrizante. 
  • Trata da ansiedade e irritação, incluindo suores frios. 
A amora contém grande quantidade de açúcar, sais, ácidos, peptona e goma. As folhas, raízes e casca são laxativas, expectorantes, emolientes, calmantes e diuréticas. É anti-inflamatória, anti-reumática, anti-séptica, adstringente, depurativa, vermífuga, cicatrizante e purgativa.
  • É indicada para tosse, prisão de ventre, hipertensão, vermes, gota, diabetes, queda de cabelos, artrite, obstipação intestinal, aftas, gengivite, infecções da faringe, laringe e amígdalas. 
Contraindicações:
  • As frutas verdes e o talo das folhas das amoras das variedades preta e branca são tóxicas e podem causar dores no estômago. O consumo excessivo de frutas pode causar diarreia. As folhas da amora não devem ser consumidas por pessoas com problemas pulmonares ou digestivo 
Esta planta, silva silvestre, é uma planta que se desenvolve bem em terrenos pobres e bravios e que frutifica anualmente. Pode encontrar-se por todo o lado em terrenos baldios e em sebes divisórias de terrenos.

Outros usos:
  • Pequena no tamanho, gigante nos benefícios. Assim pode ser definida a amora, frutinha roxa que pode ser uma forte parceira de quem busca emagrecer. E se a fruta já é de grande ajuda, a sua farinha é melhor ainda, pois concentra mais substâncias aliadas da perda de peso. 
Os dois principais “poderes” da farinha de amora são aumentar a saciedade – reduzindo a fome – e evitar o acumulo de gordura eliminando-a mais rapidamente. A grande responsável por isso é a pectina, fibra solúvel encontrada na amora e em grande concentração em sua farinha.
  • Ela ainda tem forte ação antioxidante, contribuindo para eliminar as toxinas do organismo, além de melhorar o funcionamento do intestino e diminuir o colesterol. 
Para incluir a farinha de amora na sua alimentação, existem diversas formas. Você pode usá-lo com iogurte, em vitaminas e sucos, ou ainda para fazer bolos e doces. O consumo recomendado é o de até duas colheres de sopa por dia. E você pode encontrá-la em lojas de produtos naturais.

A amoreira-preta é uma espécie arbustiva de porte ereto ou rasteiro, geralmente dotada de espinhos e a coloração das flores varia do branco ao rosa.