Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma) alerta para os impactos econômicos da
perda da biodiversidade no mundo.
- Enquanto a produção de alimentos depende da colheita generosidade da natureza, a produção de alimentos, muitas vezes degrada os ecossistemas muito depende.
A Amazônia brasileira, por exemplo, fornece água e serviços essenciais que a regulação do clima do setor agrícola da região depende para sua sobrevivência. No entanto, um quinto da Amazônia brasileira tem sido desmatadas, principalmente por agricultores e pecuaristas.
- Os delegados na conferência diante de um paradoxo. Aumentos dramáticos na produção de alimentos nos últimos 50 anos têm apoiado a melhorias significativas no bem-estar humano, mas ao mesmo tempo, têm diminuído a diversidade da Terra e da capacidade de prestação de serviços ambientais (incluindo peixes, alimentos, água doce, polinização, regulação e água).
A Amazônia, por exemplo, poderia chegar a um ponto devido ao desmatamento, onde se morre de volta e transforma-se, como a vegetação de savana. A redução das chuvas que assolam esforços para aumentar as colheitas e gado na região.
- Somando-se ao crescimento da população, o desafio e o aumento da renda per capita são esperados para o dobro da demanda por alimentos nos próximos 40 anos, segundo a ONU, a comida eo chefe da agricultura, Jacques Diouf. Para conceber uma nova estratégia de sucesso para preservar a diversidade da vida na Terra, a CDB precisa dar um salto quântico em termos da sua parceria com os produtores de alimentos, alterar a forma como o mundo atinge a segurança alimentar, antes de atingir os ecossistemas dos pontos críticos de derrubada em face do que nunca crescente demanda por alimentos e mudanças climáticas.
A nova estratégia de biodiversidade mundial 2020 em discussão no Nagoya devem incidir em primeiro lugar na redução da pressão da produção de alimentos sobre a biodiversidade e os ecossistemas. Três estratégias-chave pode ajudar a atender o objetivo de maximizar o uso da terra existentes para minimizar a perda de alimentos e ecossistema mais.
Recuperar áreas degradadas:
- Globalmente, mais de 1 bilhão de hectares de terra se acredita ter potencial de restauração. Restaurando mesmo uma parte pequena deste para a produção de alimentos contribuiria para reduzir a pressão sobre os ecossistemas naturais.
Na Indonésia, por exemplo, o World Resources Institute (WRI) pretende desenvolver um modelo escalável para o desvio de óleo de palma novas plantações que poderiam substituir virgens florestas em terrenos degradados.
Aumentar a produtividade em fazendas existentes:
- Embora a intensificação não imediatamente vêm à mente quando se pensa em conservação, é, no entanto, uma estratégia essencial para reduzir o estresse sobre os ecossistemas naturais. Precisamos implantar tecnologias comprovadas que utilizam os serviços do ecossistema muito mais eficiente, como novas variedades de sementes, irrigação por gotejamento, manejo integrado de pragas e na agricultura de conservação.
Gerir a demanda por alimentos:
- Oportunidades de gestão da procura de alimentos incluem a promoção da utilização de proteínas vegetais sobre a carne, reduzindo o desperdício de alimentos - estimado em cerca de 40% dos alimentos produzidos nos Estados Unidos - e avançar os programas de certificação e outros tipos de incentivos para a produção sustentável de alimentos.
Por exemplo, o Comércio Justo está pagando os agricultores afegãos quase o dobro da taxa indo para a prestação de passas que atendam a critérios ambientais, tais como o uso sustentável da água - e fazendo um negócio viável dele.
- A proposta de plano estratégico 2011-2020 que os ministros vão discutir em Nagoya inclui algumas metas para enfrentar os impactos destrutivos da produção de alimentos - como a redução da poluição proveniente de gestão agrícola de nutrientes run-off e promoção do desenvolvimento sustentável. Mas um esforço muito maior e mais abrangente é necessária. Muito da estratégia leva um "remove-os impactos-se", uma receita para repetir a decepção de não cumprimento das metas de 2010 para reduzir a perda de biodiversidade.
Se, em 2050, o mundo comemora o sucesso na prestação de segurança alimentar e na navegação ecológica pontos de ruptura, será por causa da ingenuidade dos agricultores e ambientalistas, especialistas em agricultura e ambientalistas para encontrar formas de aprender e de agir em conjunto. Janet Ranganathan, é vice-presidente de ciência e pesquisa na WRI. Frances Irwin é um ex-associado em instituições da WRI e programa de governação
"A humanidade criou a ilusão de que, de alguma forma, é possível se virar sem biodiversidade, ou de que isso é periférico no mundo contemporâneo", disse o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner. "Na verdade, precisamos dela mais do que nunca em um planeta com seis bilhões de pessoas indo a nove bilhões em 2050". Segundo a ONU, quanto maior for a degradação dos ecossistemas, maior será o risco de que elas percam grande parte de sua utilidade prática para o homem.
Por poluição entende-se a introdução pelo homem, direta ou indiretamente de substâncias ou energia no ambiente, provocando um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos na saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema ali presente.
- Os agentes de poluição, normalmente designados por poluentes, podem ser de natureza química, genética, ou sob a forma de energia, como nos casos de luz, calor ou radiação.
Mesmo produtos relativamente benignos da atividade humana podem ser considerados poluentes, se eles precipitarem efeitos negativos posteriormente. Os NOx (óxidos de azoto) produzidos pela indústria, por exemplo, são frequentemente citados como poluidores, embora a própria substância libertada, por si só não seja prejudicial. São classificados como poluentes pois com a ação dos raios solares e a umidade da atmosfera, esses compostos dão origem a poluentes como o HNO3 ou o smog.
Tipos de poluição:
- Poluição atmosférica
- Poluição hídrica
- Poluição do solo
- Poluição sonora
- Poluição visual
- Poluição térmica
- Poluição luminosa
Poluentes mais frequentes e seus efeitos mais temidos:
- Dioxinas - provenientes de resíduos, podem causar câncer, má-formação de fetos, doenças neurológicas, etc.
- Partículas de materiais particulados - emitidas por carros e indústrias. infectam os pulmões, causando asmas, bronquite, alergias e até câncer.
- Chumbo - metal pesado proveniente de carros, pinturas, água contaminada, indústrias. Afeta o cérebro, causando retardo mental e outros graves efeitos na coordenação motora e na capacidade de atenção.
- Mercúrio - tem origem em centrais elétricas e na incineração de resíduos. Assim como o chumbo, afeta o cérebro, causando efeitos igualmente graves.
- Pesticidas, Benzeno e isolantes (como o Ascarel) - podem causar distúrbios hormonais, deficiências imunológicas, má-formação de órgãos genitais em fetos, infertilidade, câncer de testículo e de ovário.
Poluição Global:
- Os problemas de poluição global, como o efeito estufa, a diminuição da camada de ozônio, as chuvas ácidas, a perda da biodiversidade, os dejetos lançados em rios e mares, entre outros materiais, nem sempre são observados, medidos ou mesmo sentidos pela população.
A explicação para toda essa dificuldade reside no fato de se tratar de uma poluição cumulativa, cujos efeitos só são sentidos a longo prazo. Apesar disso, esses problemas têm merecido atenção especial no mundo inteiro, por estarem se multiplicando em curto tempo e devido a certeza de que terão influência em todos os seres vivos.
Aquecimento global:
- A Terra recebe uma quantidade de radiação solar que, em sua maior parte (91%), é absorvida pela atmosfera terrestre, sendo o restante (9%) refletido para o espaço. A concentração de gás carbônico oriunda, principalmente, da queima de combustíveis fósseis, dificulta ou diminui o percentual de radiação que a Terra reflete para o espaço. Desse modo, ao não ser irradiado para o espaço, o calor provoca o aumento da temperatura média da superfície terrestre.
Devido à poluição atmosférica e seus efeitos, muitos cientistas apontam que o aquecimento global do planeta a médio e longo prazo pode ter caráter irreversível. Por isso, desde já, devem ser adotadas medidas para diminuir as emissões dos gases que provocam o aquecimento.
- Outros cientistas, no entanto, admitem o aumento do teor do gás carbônico na atmosfera, mas lembram que grande parte desse gás tem origem na concentração de vapor de água, o que independe das atividades humanas. Essa controvérsia acaba adiando a tomada de decisões acerca da adoção de uma política que diminua os efeitos do aumento da temperatura média da Terra.
O carbono presente na atmosfera garante uma das condições básicas para a existência de vida no planeta: a temperatura. A Terra é aquecida pelas radiações infravermelhas emitidas pelo Sol até uma temperatura de -27 °C. Essas radiações chegam à superfície e são refletidas para o espaço. O carbono forma uma redoma protetora que aprisiona parte dessas radiações infravermelhas e as reflete novamente para a superfície. Isso produz um aumento de 43 °C na temperatura média do planeta, mantendo-a em torno dos 16 °C.
- Sem o carbono na atmosfera a superfície seria coberta de gelo. O excesso de carbono, no entanto, tende a aprisionar mais radiações infravermelhas, produzindo o chamado efeito estufa: a elevação da temperatura média a ponto de reduzir ou até acabar com as calotas de gelo que cobrem os pólos. Os cientistas ainda não estão de acordo se o efeito estufa já está ocorrendo, mas preocupam-se com o aumento do dióxido de carbono na atmosfera a um ritmo médio de 1% ao ano.
A queima da cobertura vegetal nos países subdesenvolvidos é responsável por 25% desse aumento. A maior fonte, no entanto, é a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, principalmente nos países desenvolvidos.
A poluição e a perda de biodiversidade.
Elevação da temperatura:
- A elevação da temperatura terrestre entre 2 e 5 graus Celsius, presume-se, provocará mudanças nas condições climáticas. Em função disto, o efeito estufa poderá acarretar aumento do nível do mar, inundações das áreas litorâneas (diz-se litorâneas no Brasil, litorais em Portugal) e desertificação de algumas regiões, comprometendo as terras agricultáveis e, conseqüentemente, a produção de alimentos.
Países emissores de gases do efeito estufa:
- Estados Unidos 69,0%
- China 11,9 %
- Indonésia 7,4%
- Brasil 5,85%
- Rússia 4,8%
- Índia 4,5%
- Japão 3,1%
- Alemanha 2,5 %
- Malásia 2,1%
- Canadá 1,8%
O Brasil ocupa o 16º lugar entre os países que mais emitem gás carbônico para gerar energia. Mas se forem considerados também os gases do efeito estufa liberados pelas queimadas e pela agropecuária, o país é o quarto maior poluidor (em % das emissões totais de gases do efeito estufa).
A poluição e a diminuição da camada de ozônio:
- A camada de ozônio é uma região existente na atmosfera que filtra a radiação ultravioleta provinda do Sol. Devido processo de filtragem, os organismos da superfície terrestre ficam protegidos das radiações.
- A ozonosfera é formada pelo gás ozônio, que é constituído de moléculas de oxigênio que sofrem um rearranjo a partir da radiação ultravioleta que penetra na atmosfera.
- A exposição à radiação ultravioleta afeta o sistema imunológico, causa cataratas e aumenta a incidência de câncer de pele nos seres humanos, além de atingir outras espécies.
- A diminuição da camada de ozônio está ocorrendo devido ao aumento da concentração dos gases CFC (cloro-flúor-carbono) presentes no aerossol, em fluidos de refrigeração que poluem as camadas superiores da atmosfera atingindo a estratosfera.
- O cloro liberado pela radiação ultravioleta forma o cloro atômico, que reage ao entrar em contato com o ozônio, transformando-se em monóxido de cloro. A reação reduz o ozônio atmosférico aumentando a penetração das radiações ultravioleta.
Consequências econômicas:
- As consequências econômicas e ecológicas da diminuição da camada de ozônio, além de causar o aumento da incidência do cancro de pele, podem gerar o desaparecimento de espécies animais e vegetais e causar mutações genéticas.
Mesmo havendo incertezas sobre a magnitude desse fenômeno, em 1984 foi assinado um acordo internacional para diminuir as fontes geradoras do problema (Protocolo de Montreal).
Protocolo de Montreal:
- No Protocolo de Montreal, 27 países signatários se comprometeram a reduzir ou eliminar o consumo de C.F.C até ao ano 2000, o que, até hoje, ainda não aconteceu na proporção desejada, apesar de já haver tecnologia disponível para substituir os gases presentes nos aerossóis, em fluidos de refrigeração e nos solventes.
A poluição e as chuvas ácidas:
- As chuvas ácidas são precipitações na forma de água e neblina que contêm ácido nítrico e sulfúrico. Elas decorrem da queima de enormes quantidades de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, utilizados para a produção de energia nas refinarias e usinas termoelétricas, e também pelos veículos.
Durante o processo de queima, milhares de toneladas de compostos de enxofre e óxido de nitrogênio são lançados na atmosfera, onde sofrem reações químicas e se transformam em ácido nítrico e sulfúrico.O dióxido de carbono reage reversivelmente com a água para formar um ácido fraco o ácido carbônico.
- No equilíbrio, o pH desta solução é 5.6, pois a água é naturalmente ácida pelo dióxido de carbono. Assim, qualquer chuva com pH abaixo de 5.6 é considerada excessivamente ácida. Dióxido de nitrogênio NO2 e dióxido de enxofre SO2 podem reagir com substâncias da atmosfera produzindo ácidos, esses gases podem se dissolver em gotas de chuva e em partículas de aerossóis e em condições favoráveis precipitarem-se em chuva ou neve.
Dióxido de nitrogênio pode se transformar em ácido nítrico e em ácido nitroso e dióxido de enxofre pode se transformar em ácido sulfúrico e ácido sulfuroso. Amostras de gelo da Groenlândia mostram a presença de sulfatos e nitratos, o que indica que já em 1900 tínhamos a chuva ácida.Além disso, a chuva ácida pode se formar em locais distantes da produção de óxidos de enxofre e nitrogênio.
- A chuva ácida é um grande problema da atualidade porque anualmente grandes quantidades de óxidos ácidos são formados pela atividade humana e colocados na atmosfera. Quando uma precipitação (chuva) ácida cai em um local que não pode tolerar a acidez anormal, sérios problemas ambientais podem ocorrer.
Em algumas áreas dos Estados Unidos (West Virginia), o pH da chuva chegou a 1.5, e como a chuva e neve ácidas não conhecem fronteiras, a poluição de um país pode causar chuva ácida em outro. Como no caso do Canadá, que sofre com a poluição dos EUA.A extensão dos problemas da chuva ácida pode ser vista nos lagos sem peixes, árvores mortas, construções e obras de arte, feitas a partir de rochas, destruídas.
- A chuva ácida pode causar perturbações nos estômatos das folhas das árvores causando um aumento de transpiração e deixando a árvore deficiente de água, pode acidificar o solo, danificar raízes aéreas e, assim, diminuir a quantidade de nutrientes transportada, além de carregar minerais importantes do solo, fazendo com que o solo guarde minerais de efeito tóxico, como íons de metais. Estes não causavam problemas, pois são naturalmente insolúveis em água da chuva com pH normal, e com o aumento do pH pode-se aumentar a solubilidade de muitos minerais.
A chuva ácida é composta por diversos ácidos como, por exemplo, o óxido de nitrogênio e os dióxidos de enxofre, que são resultantes da queima de combustíveis fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva ou neve, estes ácidos provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares, por exemplo.
- Este problema tem se acentuado nos países industrializados, principalmente nos que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil, Rússia, China, México e Índia. O setor industrial destes países tem crescido muito, porém de forma desregulada, agredindo o meio ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva ácida provocou muitos danos ao meio ambiente e ao ser humano.
Os ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias, estavam gerando muitos problemas de saúde na população da cidade. Foram relatados casos de crianças que nasciam sem cérebro ou com outros defeitos físicos. E também provocou desmatamentos significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar.
- As consequências da chuva ácida para a população humana são econômicas, sociais ou ambientais. Tais consequências são observáveis principalmente em grandes áreas urbanas, onde ocorrem patologias que afetam o sistema respiratório e sistema cardiovascular, e, além disso, causam destruição de edificações e monumentos, através da corrosão pela reação com ácidos.
Porém, nada impede que as consequências de tais chuvas cheguem a locais muito distantes do foco gerador, devido ao movimento das massas de ar, que são capazes de levar os poluentes para muito longe. Estima-se que as chuvas ácidas contribuam para a devastação de florestas e lagos, sobretudo aqueles situados nas zonas temperadas ácidas.
A poluição e a perda de biodiversidade:
- Ao interferir nos habitats, a poluição pode levar a desequilíbrios que provocam a diminuição ou extinção dos elementos de uma espécie, causando uma perda da biodiversidade.
As variações da temperatura da água do mar, levam a dificuldades da adaptação de certas espécies de peixes, é igualmente uma das causas da invasão de águas salinas em ambientes tradicionalmente de água doce, causando assim uma pressão adicional nesses ecossistemas, e potenciando a diminuição ou extinção das espécies até então ai presentes.
O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.