A pata-de-vaca ou árvore orquídea, brazilian orchid-tree (Bauhinia forticata),
é uma árvore brasileira.
A pata-de-vaca (Bauhinia forficata), também chamada mororó e pé-de-boi , é uma árvore brasileira nativa da Mata Atlântica e de outros biomas, espécie nativa do Sul do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.
- Pata-de-vaca é o nome pelo qual são conhecidas as Bauhinias em geral (PIO CORRÊA, 1926-1978). A sinonímia científica para Bauhinia forficata Link (Bauhinia candicans Bentham) é referida por ALICE et al. (1995); outros autores referem-se como se fossem duas espécies morfologicamente muito semelhantes (CRUZ, 1979; SIMÕES et al., 1986; BALBACH, 1993; CORRÊA Jr. et al., 1994). Para CORRÊA Jr. et al. (1994), a espécie Bauhinia forficataLink é muito comum no Sul do país, vegetando em matas secundárias e beiras de estrada.
Etimologia:
- "Pata-de-vaca" e "pé-de-boi" são uma referência ao formato de suas folhas.
Sinonímias:
- Bauhinia candicans Benth., Bauhinia pruinosa Vogel,Bauhinia forficata subsp. pruinosa(Vogel) Fortunato & Wunderlin, Bauhinia forficata var. candicans (Benth.) Hassl. ex Latzina, Pauletia candicans (Benth.) SCHMITZ
Características botânicas:
Árvore que chega a 9 m de altura, de ramos frágeis, com acúleos gêmeos na axila foliar. Folhas alternas, compostas de dois folíolos unidos pela base, glabras. Flores axilares ou terminais, brancas. Fruto tipo legume, linear de 15 a 25 cm de comprimento por 2 cm de largura (CORRÊA Jr. et al., 1994).
Flor da árvore conhecida como pata de vaca (Bauhinia forticata). Nativa da Mata Atlântica, possui belas flores e é muito usada como medicamento
Variedades:
Abrange 7 variedades:
- Bauhinia forficata subsp. forficata 1986
- Bauhinia forficata var. forticata
- Bauhinia forficata var. grandifolia Benth. 1870
- Bauhinia forficata var. latifolia Benth. 1870
- Bauhinia forficata var. longiflora (Bong.) Benth. 1870
- Bauhinia forficata var. platypetala (Burch. ex Benth.) Wunderlin 1973
- Bauhinia forficata subsp. pruinosa (Vogel) Fortunato & Wunderlin 1986
- Reino: Plantae
- Divisão: Magnoliophyta
- Classe: Magnoliopsida
- Ordem: Fabales
- Família: Fabaceae
- Subfamília: Caesalpinioideae
- Gênero: Bauhinia
- Espécie: B. forticata
Nome binomial:
- Bauhinia forticata
- Link 1821
Propriedades químicas:
- Alguns pesquisadores informaram que esta planta é rica em Cromo, e por isso funciona no tratamento da diabetes, pois este elemento parece estimular o aumento da produção de insulina. Mais recentemente descobriram que esta planta possui uma molécula quase que idêntica à insulina humana, tanto é que foi denominada de insulina vegetal. Isto foi realmente uma grande descoberta, pois mais uma vez a ciência confirma aquilo que a população já conhecia a muito tempo.
Foram identificados do extrato de Bauhinia forficata a isoquercitina, astragolina, flavonóides e, em particular, os quercitósidos, que apresentam ação sobre a permeabilidade capilar (ALMEIDA, 1993). Também esteróis, pinitol, colina e trigonelina das folhas e flores.
O extrato hidroalcoólico da planta conteria flavonóides, taninos, alcalóides, glicosídios cardiotônicos e mucilagens.
Partes usadas:
- Folhas e cascas.
Uso popular:
Segundo as comunidades
- As folhas são usadas na forma de decocto (Cozido) para problemas renais e reumatismo.
Ações farmacológicas:
- É usada tradicionalmente como medicamento, e tem sido objeto de estudos no controle da diabetes.
- Estudos científicos comprovaram que contém insulina.
- Essa árvore além da beleza de suas folha e flores é pioneira e importante na regeneração de matas degradadas.
Para a trigonelina, foram comprovadas ações hipoglicemiante e hipocolesteremiante (SIMÕES et al., 1986).
A avaliação da atividade hipoglicemiante da Bauhinia forficata Link, em ratos tratados por 45 dias, com chá das folhas desta espécie, demonstrou que o tratamento: 1) reduziu a taxa glicêmica em ratos normais na concentração de 20g/litro); 2) não modificou a glicemia de animais diabéticos, mas reduziu a taxa de mortalidade destes (LIMA et al., 1986).
Pacientes diabéticos recebendo uma dose de 3g/dia de folhas durante 56 dias apresentaram um efeito hipoglicêmico (GUPTA, 1995).
Foram constatados efeitos diuréticos, antiedematogênico e analgésico (LUZ et al., 1996).
mostrou ter potencial como anti-oxidante
um estudo clinico em pessoas normais e diabetes tipo II não mostrou atividade hipoglicemiante(RUSSO 1990)
Interações medicamentosas:
- Não há relatos , devemos ter cautela no uso concomitante com hipoglicemiantes orais.
Efeitos adversos e/ou tóxicos:
- Não existem relatos de intoxicação pela Bauhinia forficata na bibliografia consultada. O extrato bruto, administrado por via intraperitoneal, apresentou dose letal 50 de 2,85 g/kg, mas não apresentou toxicidade por via oral até 5 g/Kg (LUZ et al., 1996).O infuso apresentou atividade mutagênica em presença de sistema de ativação metabólica (2,7 vezes com 355 mg/placa) (SUGAI, 1996).
Contra-indicações:
- Não há relatos
Posologia e modo de uso:
- O uso popular indica a infusão na dose de uma colher de chá de folhas em uma xícara, tomar até 3 xícaras ao dia.
Importante:
- Para esta planta existe a necessidade de mais estudos para comprovar ações hipoglicemiantes e efeitos no uso de longos períodos.
- Existem outras espécies de pata de vaca usadas como medicinais Bauhinia cheilanthaBong)Steud , Bauhinia ungulata L.
Segundo a literatura:
Tanto as cascas quanto as folhas (decocção ou infusão) são usadas como hipoglicemiante (CRUZ, 1979; BALBACH, 1993; ALICE et al., 1995), nas afecções renais, como diurético (CRUZ, 1979; ALICE et al., 1995), adstringente (casca) (BRAGA, 1960) e hipocolesteremiante (ALICE et al., 1995).
- O decocto das folhas é usado também pra picadas de cobras (ALMEIDA, 1993).
Isto justificaria o uso de plantas medicinais ou fitoterápicos como medicamentos
muito seguros, incapazes de produzir reações adversas. Mas não é bem assim.