O rênio é um elemento químico metálico. Mas duas pesquisadoras da Faculdade
de Medicina Albert Einstein, em Nova York, criaram uma arma ousada:
uma bactéria radioativa. para o combate de câncer de pâncreas
conhecido como Rênio-188.
- O câncer de pâncreas é um dos piores que existem. Isso porque, quando é descoberto, geralmente já se espalhou pelo corpo, ou seja, sofreu metástase. E isso torna o câncer incontrolável - cinco anos após o diagnóstico, 95% dos pacientes estão mortos.
Mas duas pesquisadoras da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, criaram uma arma ousada: uma bactéria radioativa, capaz de se infiltrar nas células cancerosas de todo o corpo e destruí-las.
- É uma versão modificada da Listeria monocytogenes, que causa intoxicação alimentar. As cientistas criaram uma versão enfraquecida dessa bactéria e juntaram a ela um anticorpo produzido em laboratório - que continha um elemento radioativo, o rênio-188. Por fim, injetaram a combinação no sangue de ratos com câncer de pâncreas. A bactéria fez o resto: e levou o rênio-188 até as células cancerosas.
O tumor principal encolheu cerca de 60%, e as metástases foram reduzidas em mais de 90%. A bactéria não produziu efeitos colaterais, pois só agiu nos focos de câncer. Isso supostamente acontece porque, como é fraca, não consegue infectar as células saudáveis. Já as células cancerosas, que costumam despistar o sistema imunológico, foram um prato cheio para a Listeria radioativa.
- A mecânica do tratamento ainda não é totalmente compreendida, mas os resultados animaram as pesquisadoras. "Com certeza, queremos partir para testes clínicos [em gente]", diz Claudia Gravekamp, líder do estudo. Se o governo dos EUA autorizar, os testes em seres humanos começarão em 2015.
Uma equipe de químicos alemães, composto por Walter Noddack, Ida Tacke e Otto Carl Berg, descobriu o rênio em 1925. Eles descobriram o elemento em amostras do mineral de platina, bem como no mineral columbita.
- Eles o batizaram com a palavra em latim “rhenus”, para “Reno”, um dos mais longos e mais importantes rios europeus.O rênio PB, rénio PE é um elemento químico, símbolo Re, número atômico 75 (75 prótons e 75 elétrons), com massa atômica 186,2 u situado no grupo 7 da classificação periódica dos elementos.
É um metal de transição branco prateado, pesado, sólido na temperatura ambiente, raramente encontrado na natureza. É obtido como subproduto do processamento de minerais de molibdênio. É empregado principalmente em catalisadores.Sua descoberta nos minerais de platina e na columbita, na Alemanha, foi relatada por Walter Noddack, Ida Tacke e Otto Berg, em 1925.
Características principais:
- O rênio é um metal branco prateado, brilhante, que apresenta um dos maiores pontos de fusão, excedido somente pelo tungstênio e carbono. É também um dos mais densos, excedido somente pela platina, pelo irídio, e pelo ósmio. Os estados de oxidação do rênio incluem -1,+1,+2,+3,+4,+5,+6 e +7 , sendo os mais comuns +7,+6,+4,+2 e -1.
Sua forma comercial geralmente é em pó , porém pode ser obtido na forma compacta, com até 90% da sua densidade teórica. Quando é recozido torna-se muito dúctil, podendo ser dobrado em espiral ou anel. As ligas de rênio-molibdênio são supercondutores a 10 K.
Aplicações:
- Catalisadores de rênio-platina são usados para a obtenção de chumbo metálico, gasolina de alta octanagem , e em superligas resistentes a elevadas temperaturas usadas para fabricação de peças de motores de jatos.
Outros usos:
- Extensivamente usado como filamentos em espectrógrafos de massa e em detectores de íons.
- Como aditivo no tungstênio ou em ligas a base de molibdênio para melhorar suas propriedades.
- Catalisadores de rênio são muito resistentes ao envenenamento químico, sendo usados em determinados tipos de reações de hidrogenação.
- Em material de contato elétrico devido a sua boa resistência ao desgaste e a corrosão, termopares que contem ligas de rênio e tungstênio são usados para medir temperaturas de até 2200°C.
- Fio de rênio é usado em lâmpadas de flash para fotografias.
- Usado em uma bactéria para o combate de câncer de pâncreas conhecido como Rênio-188.
História:
- O rênio (do latim Rhenus), nome dado em homenagem ao rio Reno, (Alemanha ), e foi o último elemento natural a ser descoberto. Considera-se que foi descoberto por Walter Noddack, Ida Tacke e Otto Berg, na Alemanha.
Em 1925 relataram que detectaram o elemento num minério de platina e no mineral columbita. Encontraram também o rênio na gadolinita e molibdenita. Em 1928 foi possível extrair 1 grama do elemento processando 660 quilogramas de molibdenita.
- Como o processo de obtenção do metal era complexo e altamente caro, a produção foi interrompida até 1950, quando ligas de tungstênio-rênio e molibdênio-rênio foram produzidas. Estas ligas encontram aplicações importantes na indústria, resultando numa grande demanda de rênio obtido a partir da molibdenita existente nos minérios de pórfiro (cobre).
Ocorrência e obtenção:
- O rênio não é encontrado na forma livre na natureza ou em algum mineral em especial. Este elemento encontra-se em pequenas quantidades espalhado por toda a crosta terrestre, em torno de 0,001 ppm. O rênio comercial é extraído como subproduto de minerais de molibdênio contidos em alguns minérios de cobre. Alguns minerais de molibdênio contem de 0,002% a 0,2% de rênio.
O metal é preparado pela redução do perrenato de amônio (NH4ReO4) com hidrogênio em altas temperaturas.
Isótopos:
- O rênio natural é uma mistura de dois isótopos, o Re- 185 (estável) com abundância de 37,4% e o Re-187 (radio-instável) com abundância de 62,6%. Existem, ainda, 26 isótopos instáveis conhecidos.
Precauções:
- Pouco se sabe sobre a toxicidade do rênio, entretanto, deve ser manuseado com cuidado.
Rênio Metálico en Briquetas