terça-feira, 17 de junho de 2014

Erythrina mulungu - Mulungu

Erythrina mulungu - Mulungu

  • O mulungu (Erythrina verna Vell. Conc.; Fabaceae - Papilionoideae) é uma árvore e também uma planta medicinal brasileira.
Erythrina mulungu O mulungu (Erythrina mulungu) é conhecida também como árvore-mulungu, eritrina, bico-de-papagaio, corticeira, murungu, muchocho, murungo, totocero, flor-de-coral, árvore-de-coral, pau-imortal, mulungu-coral, capa-homem, suiná-suiná, suinã, canivete, muchoc (inglês), dentre outros nomes populares. Inclui os sinônimos botânicos Erythrina crista-galli, Erythrina verna e Corallodendron mulungu. Pertence a família das Leguminosas.
  • Planta medicinal com efeito ansiolítico, antidepressivo, tranquilizante, sedativo, hepatoprotetor, hipotensivo, entre outros. Seu uso interno faz-se através de infusões, decocções, extrato seco, tintura e xaropes. 
A árvore-mulungu é de médio porte médio bem ramificada. Produz flores laranja-avermelhadas por meio da polinização feita por beija-flores. O mulungu às vezes é chamado de “flor-de-coral”, vez que suas flores se assemelham ao formato de um coral laranja. A planta produz vagens contendo sementes grandes, vermelhas e pretas, que são por vezes utilizados pelos povos indígenas para fazer colares e jóias.
  • O gênero Erythrina compreende mais de 100 espécies de árvores e arbustos (na sua maioria todos fortemente armados com espinhos) nas regiões subtropicais e tropicais. O mulungu é conhecido por dois nomes botânicos: Erythrina mulungu e Erythrina verna. Outra espécie estreitamente relacionada, Erythrina crista-galli, é encontrada mais ao sul do continente sul-americano, sendo a flor nacional da Argentina.
Mulungu (Erythrina mulungu) é uma árvore de aparência muito bonita, com flores de cor coral alaranjadas, comum na região central do Brasil. É muito comum crescer espontaneamente. Tem casca com diversas propriedades e é bastante usada em chás e tratamentos diversos.
  • A Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), é constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Ministério da Saúde. As espécies vegetais foram pré-selecionadas por regiões que referenciavam seu uso por indicações e de acordo com as categorias do Código Internacional de Doenças (CID-10). 
Essa parte inicial do trabalho foi realizada por técnicos da ANVISA e do Ministério da Saúde (MS), profissionais de serviços e pesquisadores da área de plantas medicinais e fitoterápicos, vinculados à área da saúde, representando as diversas regiões brasileiras
  • O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, instituído em dezembro de 2008, tem como objetivo inserir, com segurança, eficácia e qualidade, plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à fitoterapia no SUS. 
O programa busca também promover e reconhecer as práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais e remédios caseiros. Acredita-se que cerca de duas mil plantas brasileiras sejam usadas como remédios naturais pela população.
  • A finalidade da RENISUS é subsidiar o desenvolvimento de toda cadeia produtiva relacionadas à regulamentação, cultivo, manejo, produção, comercialização e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos. 
Terá também a função de orientar estudos e pesquisas que possam subsidiar a elaboração da RENAFITO (Relação Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos), o desenvolvimento e a inovação na área de plantas medicinais e fitoterápicos. A relação deverá ser revisada e atualizada periodicamente.O Ministério da Saúde possui atualmente uma lista com 71 nomes de plantas medicinais de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS):

Propriedades Botânicas:
Sinonímia botânica:
  • Corallodendron mulungu (Martius) Kuntze Erythrina flammea Herzog, Erythrina mulungu Mart. ex Benth.
A árvore nativa é vistosa, tem floração vermelho vivo, grande porte e é comum nas regiões do leste do estado de Minas Gerais.
  • É nativa da parte central e Nordeste do Brasil e hoje cresce na região desde São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e na floresta estacional semidecidual da Bacia do Paraná, até Tocantins e Bahia. 
A época da floração varia entre Junho a Setembro, destituído de folhas, e em geral as árvores Mulungu não mantêm suas flores mais que uma ou duas semanas. Já a colheita de seus frutos pode ser observada entre setembro e outubro.

Ocorrência:
  • No Brasil ocorre nos estados do Acre, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul
Classificação científica:
  • Reino: Plantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Fabales
  • Família: Fabaceae
  • Subfamília: Faboideae
  • Gênero: Erythrina
  • Espécie: E. verna
Nome binomial:
  • Erythrina verna
Nomes populares: 
  • Amansa-senhor, capa-homem,canivete, corticeira, bico-de-papagaio, eritrina, sapatinho-de-judeu, sananduva, suinã.
Partes utilizadas:
  • Raiz e casca da árvore.
Preparações à base de mulungu:
  • Infusão
  • Extrato fluído
  • Extrato seco
  • Tintura
  • Xarope
  • Decocção

Erythrina mulungu - Mulungu

Propriedades Químicas:
  • O presente trabalho teve como objetivo investigar a composição química do extrato hidroalcoólico de folhas e inflorescências de Erythrina mulungu Mart. ex Benth por meio do teste de micronúcleo em medula óssea de camundongos.
Os resultados da prospecção fitoquímica preliminar em ambos os extratos hidroalcóolicos das folhas e inflorescências de E. mulungu indicaram a presença de açúcares redutores, fenóis e taninos, proteínas e aminoácidos, flavonóides, alcalóides, depsídeos e depsidonas, derivados de cumarina e esteróides e triterpenóides. 
  • A saponina espumídica e esteróides e triterpenóides são compostos presentes exclusivamente nos extratos das folhas de E. mulungu. Já os alcalóides (ácido pícrico), glicosídeos cardiotônicos e glicosídeos antraquinônicos somente foram detectados no extrato hidroalcóolico das inflorescências. Entretanto os polissacarídeos e alcalóides, de acordo com o método Mayer, não foram detectados em nenhum dos extratos.
Em estudos anteriores, Pino-Rodríguez et al. (2004) observaram que as folhas de E. fusca, assim como as folhas de E. mulungu, apresentam alcalóides, flavonóides, cumarinas, saponinas, açúcares redutores e triterpenos/esteróides. 
  • Contudo, detectaram em folhas de E. fusca, a presença de glicosídeos cardiotônicos, presentes apenas nas inflorescências de E. mulungu, e a ausência de fenóis e taninos, presentes tanto nas folhas quanto nas inflorescências de E. mulungu. Além disso, os autores observaram também em E. fusca, a presença de lactonas e carotenóides.
Almeida (2010) verificou a presença de alcalóides, taninos e glicosídeos antraquinônicos na casca de E. falcata. No extrato hidroalcóolico das inflorescências de E. mulungu analisadas neste trabalho estas substâncias foram detectadas. 
  • Tanto na casca como no extrato hidroalcóolico das inflorescências de E. mulungu não foram observadas saponinas. Na casca de E. falcata, não foi verificado glicosídeo cardiotônico, entretanto este componente foi identificado no extrato hidroalcóolico das inflorescências de E. mulungu.
Assim como nas folhas de E. mulungu, detectaram-se alcalóides, flavonóides, esteróides, triterpenóides, fenóis, taninos catéquicos e pirogáticos e saponinas, além da presença de heterosídeos cianogênicos nas folhas de E. velutina (Araujo Neto, 2008).
  • Com relação à classe dos flavonóides, observou-se que nas folhas estão presentes catequinas, flavonas, flavonóis e xantonas, enquanto que nas inflorescências detectou-se a presença de antocianinas e antocianidinas, chalconas e auronas, flavanonóis, leucoantocianidinas e flavanonas.
Na casca do caule de E. mulungu foram detectadas flavanonas e leucoantocianidinas, assim como nas inflorescências, e a presença de xantonas, também encontrada nas folhas (Lima et al., 2006).
  • Nas folhas de E. velutina, assim como nas folhas de E. mulungu, foram detectados flavonas, flavonóis, xantonas e catequinas. Além disso, a prospecção fitoquímica de E. velutina indicou também a presença de auronas, chalconas, flavanonas, flavanonóis e leucoantocianidinas, encontrados nas inflorescências de E. mulungu (Araujo Neto, 2008).
No ensaio de toxicidade aguda em camundongos (DL50), realizado com as folhas de E. mulungu, mesmo após 48 horas de exposição, não foi observado nenhum óbito, o que indica que esse extrato não apresenta toxicidade aguda.
  • Da mesma forma, estudo toxicológico para determinar a toxicidade aguda do extrato aquoso das folhas de E. velutina, indicou que a administração aguda é atóxica por via oral em ratos, uma vez que não foram observados mortalidade ou sintomas adversos após a administração da dose limite de 5 g kg-1 (Silva, 2008).
O ensaio utilizando o extrato hidroalcóolico da inflorescência, por sua vez, determinou uma DL50 igual a 1,37 g kg-1, apresentando-se como um agente moderadamente tóxico, (Leite & Amorim, 2006).
  • A DL50 da inflorescência de E. mulungu apresentou valores intermediários entre o encontrado para a casca de E. senegalensis que foi aproximadamente 450 mg kg-1 (Saidu et al., 2000) e para E. falcata, que apresentou dose intermediária entre 3,75 g kg-1 e 5,0 g kg-1 (Cerutti et al., 2000).
Os resultados reforçam que metabólitos secundários apresentam-se de formas distintas nos diferentes órgãos vegetais, tanto em conteúdo como nas proporções disponíveis (Gobbo-Neto & Lopes, 2007), afetando dessa forma, a qualidade e segurança dos preparados fitoterápicos. 
  • Além disso, demonstram a necessidade de selecionar corretamente a parte a ser utilizada para determinada afecção e principalmente, seguir a posologia, a fim de evitar intoxicações ou reações adversas que podem aparecer devido ao emprego de doses inadequadas, modo de preparo incoerente e/ou períodos prolongados.
Em relação ao teste de micronúcleo, também se observou diferença de comportamento entre os extratos testados, quanto à incidência de micronúcleos, o que reforça a proposição de que os diferentes órgãos da planta ao apresentarem distintos componentes químicos possam apresentar diferentes ações, sejam elas tóxicas ou não (Gobbo-Neto & Lopes, 2007). 
  • Os resultados demonstraram que o aumento da incidência de micronúcleos nos animais expostos ao tratamento com extrato hidroalcoólico das folhas de E. mulungu, ocorreu de forma dose-dependente, quando comparado ao grupo controle. 
Além disso, os valores encontrados foram estatisticamente inferiores aos do controle positivo, demonstrando que, apesar do extrato ter capacidade de causar alterações no DNA, ele possui ação genotóxica inferior à ciclofosfamida. Essa diferença de comportamento entre o controle positivo e o extrato analisado, pode ser devido a um distinto mecanismo de ação entre os dois, ou a necessidade de uma concentração de extrato superior à analisada, para produzir efeito similar à ciclofosfamida.
  • Nos animais expostos ao tratamento com extrato hidroalcoólico das inflorescências de E. mulungu, observou-se que o aumento da incidência de micronúcleos se deu de forma independente entre as doses utilizadas, apresentando diferença estatística entre os tratamentos e o controle negativo. Os valores encontrados foram similares àqueles apresentados pelo grupo de animais expostos à ciclofosfamida .
Essa potencialidade genotóxica, encontrada nas folhas e inflorescências de E. mulungu, não foi encontrada por Matos & Pantaleão (2008), ao analisarem o extrato alcoólico de E. velutina. Os resultados obtidos por esses autores indicaram que o extrato das folhas, nas concentrações de 25 mg kg-1, 50 mg kg-1 e 100 mg kg-1 não apresenta ação genotóxica, pois a incidência de micronúcleos não diferiu significativamente do grupo controle.
  • Provavelmente os metabólitos secundários envolvidos na genotoxicidade observada foram os flavonóides, que são encontrados em quantidades mais significativas tanto nas folhas quanto nas inflorescências e são considerados potencialmente mutagênicos, pois a ação terapêutica de alguns deles está associada a sua interação com o DNA (Henriques et al., 1991). 
Os taninos, que demonstraram atividade genotóxica causando quebras de fita simples (Labieniec & Gabryelak, 2003), podem ter colaborado com essa mutagenicidade, agindo como mutagênicos ou potencializando os efeitos dos flavonóides.
  • Estes resultados reforçam que os efeitos dos produtos naturais resultam da interação entre os compostos químicos presentes no extrato e deles com o sistema biológico, onde os danos ocasionados por esses compostos estão relacionados com a estrutura química e os elementos presentes na molécula e às variações nas concentrações desses compostos. Esse fato reforça a proposta apresentada por Gobbo-Neto & Lopes (2007) da necessidade de trabalhos que avaliem as diferenças de composição química entre órgãos de uma mesma planta, momentos distintos de coleta, ambientes diferentes de cultivo e até mesmo formas distintas de nutrição da planta utilizada.
Analisando a relação entre a porcentagem de eritrócitos policromáticos (EPC) e o total de eritrócitos (EPC+ENC), do extrato da folha e da inflorescência de E. mulungu, não se constatou diferença significativa em relação ao controle negativo, em nenhum dos extratos.
  • A razão EPC/EPC+ENC pode indicar a citotoxicidade de uma substância, pois o decréscimo dessa relação indica que a substituição dos EPC, originados do eritoblasto, está deprimida. Dessa forma, esses resultados, que não demonstram redução na relação, indicam que os extratos analisados não estão afetando a maturação dos EPC, nem a formação no ciclo mitótico seguinte, não exibindo atividade citotóxica.
Assim, observa-se que apesar da folha e inflorescência apresentarem resposta diferenciada com relação à DL50, ambas apresentaram ausência de citotoxicidade em medula óssea de roedores. Contudo, folha e inflorescência demonstraram, nas concentrações utilizadas, capacidade de alteração no DNA, sendo essa característica dose-dependente e independente da dose, respectivamente, caracterizando-as como potencialmente genotóxicas. 
  • Portanto, pode-se concluir que o uso de preparações à base de E. mulungu devem ser feitas com cautela e observadas as doses utilizadas, pois mesmo não produzindo um efeito tóxico ou citotóxico agudo, o risco de mutagenicidade não deve ser descartado e tal situação poderá ser mais grave quando do uso crônico dessa planta.
Outras propriedades Químicas:
  • Alanina, arginina, ácido aspártico, cristacarpina, cristadina, cristamidina, dmietilmedicarpina, eribidina, ericristagalina, ericristanol, ericristina, eridotrina, erisodienona, erisodina, erisonina, erisopina, erisotrina, erisovina, eristagalina A-C, eritrabissina ii, eritralinas, eritraminas, eritratina, eriariestireno, ácido gama-amino butírico, ácido glutâmico, lectinas hipaporinas, n-nor-orientalina, ácido oléico, ácido oleanóico, faseolidinas, proteinases, ácido ursólico e vitexina.
Propriedades Medicinais:
  • A utilização de espécies vegetais para o tratamento, cura ou prevenção de doenças é uma prática terapêutica bastante antiga, que atualmente tem sido revalorizada (Carvalho, 2004; Bieski, 2005; Turolla & Nascimento, 2006).
A E. mulungu, encontrada na parte central do Brasil e popularmente conhecida como mulungu, é uma espécie utilizada para diferentes ações farmacológicas, atuando principalmente, como sedativa e hipotensiva (Lorenzi & Matos, 2002).
  • Estudos são extremamente importantes, pois ainda existe a crença de que as plantas medicinais, por serem utilizadas a milhares de anos, apresentam eficácia comprovada e ausência de efeitos colaterais e riscos à saúde. 
Contudo, o uso de produtos derivados de plantas, pode levar a diversos agravos à saúde, como reações alérgicas, reações tóxicas, efeitos adversos e efeitos mutagênicos (Alves, 2004), já que muitas plantas que possuem poder curativo, podem apresentar substâncias tóxicas ou composição química variável (Capasso et al., 2000), que podem desencadear reações adversas devido aos próprios componentes ou pela presença de contaminantes ou adulterantes presentes nas preparações fitoterápicas (Silva et al., 2001).
  • Dessa forma, faz-se necessário que os produtos fitoterápicos sejam tratados como medicamentos, e sejam submetidos a estudos científicos para a avaliação da eficácia e segurança, a fim de legitimá-los como recurso terapêutico benéfico e eficaz para a humanidade e estabelecer padrões de identidade e qualidade para as diversas preparações utilizadas.
Dentre os testes utilizados para a avaliação da genotoxicidade e/ou mutagenicidade, o teste de micronúcleo em medula óssea de roedores in vivo é amplamente aceito e recomendado pelas agências internacionais e instituições governamentais, como parte de uma bateria de testes para avaliação e registro de novos produtos químicos e farmacêuticos, visando detectar e quantificar a ação mutagênica e/ou anti-mutagênica de agentes indutores (Fagundes et al., 2005; Leite et al., 2006).
  • O mulungu tem longo uso na medicina popular brasileira, sendo uma planta medicinal muito encontrada na Floresta Amazônica. O mulungo é usado na medicina natural como um sedativo e calmante natural para problemas do sistema nervoso, incluindo o estresse, ansiedade e depressão. Como sonífero natural, possui efeito hepatônico, ou seja, tonifica, equilibra e fortalece o fígado, além de combater hepatite, obstruções, alto níveis de enzima presentes no fígado e esclerose.
O mulungu também alivia a tosse e os sintomas do stress, ansiedade, depressão, histeria, ataques de pânico e transtornos compulsivos, sendo útil ainda para pessoas que sofrem de insônia e agitação durante o sono. O efeito calmante da planta também pode beneficiar algumas pessoas que sofrem de abstinência de nicotina (cigarro) ou uso de drogas.

Mulungu ajuda a parar de fumar:
  • Vários estudos sobre as substâncias presentes na casca do mulungu revelam que elas tem grandes quantidades de flavonóides, alcalóides e triterpenos. Um desses alcalóides, a erisodina, bloqueia os receptores de nicotina, por isso, o chá de mulungu passou a ser a fórmula medicinal natural para quem quer se livrar do vício do tabagismo. 
Antes, a kava kava era a melhor indicação, mas, seus efeitos colaterais prejudiciais ao fígado passaram a restringir seu uso. Como o mulungu, além de possuir a erisodina, ainda tem poderes calmantes, que evitam a ansiedade e beneficiar o fígado, passou a ser considerado o substituto da kava kava no tratamento antitabagismo.

Indicações de Uso:
  • Doenças mentais (depressão, neurose, ansiedade, estresse, histeria, ataque de pânico, compulsões, etc.), sedativo para insônia, relaxamento, distúrbio do sono, doenças hepáticas (hepatite, obstruções, enzimas hepáticas aumentadas, esclerose, etc.), hipertensão, palpitações cardíacas, abstinência de drogas/nicotina,cistite, epilepsia, irritações oculares, histeria, insônia, dor de estômago, problemas de lactação, edema, dor de cabeça, hepatite, hérnia, reumatismo, espasmos, insuficiência urinária, diarréia, hemorróida, infecção respiratória, infecção urinária,asma, infecções bacterianas, bronquite, tosse, febre, gengivite, neuralgia, tensão nervosa, estresse, inflamações, bronquite asmática, coqueluche, tosse.
Efeitos:
  • Antidepressivo, ansiolítico, sedativo, calmante, tônico hepático (tonifica, equilibra e fortalece o fígado), antibacteriano, anti-inflamatório, anti-micobacteriano, antiespasmódico, tônico, hipotensivo, diurética, expectorante, narcótica, tranquilizante, dores reumáticas e musculares.
Efeitos secundários:
  • O mulungu é um sedativo e pode causar sonolência. Em excesso pode causar depressão e paralisias musculares.
Interações:
  • Nenhuma interação foi documentada, entretanto o mulungu pode potencializar o efeito de alguns medicamentos ansiolíticos e anti-hipertensivos.
Dosagem, preparo do chá e precauções:
  • O chá de mulungu é feito a partir da decocção das cascas e ramos da árvore, ou seja, deve-se cozinhá-las. Ferve-se um litro de água com 2 colheres de mulungu por dez minutos após iniciar a ebulição. Retira-se do fogo e deixa-se abafado por mais dez minutos. Coa-se e pode ser bebido. Pode-se beber de duas a três xícaras ao dia.
As precauções, além das gestantes, referem-se a pessoas que já tenham pressão arterial baixa, ou façam uso de remédios para hipertensão, já que o chá realmente diminui a pressão arterial! Além disso, cuidado com a ingestão também porque causa sonolência.

Contra-indicações:
  • Não foram documentados ainda nenhum tipo de contraindicações ou interações medicamentosas, no entanto, o mulungu pode potencializar o efeito de alguns medicamentos ansiolíticos e remédios para controle de pressão arterial.
Por seu efeito hipotensivo, é recomendado que pacientes que utilizem o fitoterápico e ainda façam uso de algum medicamento anti-hipertensivo, tenham sua pressão controlada e monitorada de acordo com as devidas precauções.

Toxicidade:
  • As sementes dos frutos são tóxicas.

Erythrina mulungu - Mulungu