domingo, 6 de outubro de 2013

Ácido Bórico - (H3BO3)

Ácido bórico - (H3BO3)

  • O Ácido Bórico é uma substância anti-séptica e adstringente, que age como desinfetante em situações de infecções por bactérias ou fungos. Este remédio pode ser usado em infecções nos olhos, pele ou ouvido.
O ácido bórico, em associação com outras substâncias, pode ser comercializado como anti-séptico ginecológico como medicamento Lucretin, em forma de colírio conhecido como Dinill ou Visual ou como anti-fúngico conhecido como Fungol.
  • Ácido bórico, ácido ortobórico, ou ortoborato de hidrogênio é um composto químico de fórmula H3BO3. Ácido médio, existente na forma de cristais incolores ou sob a forma de um pó branco.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da presença do princípio ativo ácido bórico na composição de talcos, pomadas e cremes usados contra assaduras e brotoejas em crianças. Os produtos fabricados a partir do dia 30 de abril já não poderão mais conter a substância. 
  • A medida tem caráter preventivo, porque, apesar de ocorrer raramente, foi constatado em estudos científicos que a utilização tópica de ácido bórico em altas concentrações pode provocar intoxicação no organismo, alterações gastro-intestinais, hipotermia (queda da temperatura corporal), erupções cutâneas, insuficiência renal e até levar à morte.
As empresas que produzem medicamentos que contêm essa substância terão um prazo de 60 dias para solicitarem a mudança da fórmula. Os produtos já à disposição no comércio poderão ser vendidos até que o estoque se esgote.
  • O ácido bórico, um princípio ativo indicado como antisséptico por ter a função de impedir o crescimento de bactérias e fungos, pode ser substituído por iodo povidona, tintura de iodo ou álcool iodado. As empresas que não se manifestarem em 60 dias terão seus registros cancelados. 
Indicações do Ácido Bórico:
  • O Ácido Bórico é indicado no tratamento de infecções do canal auditivo externo, inflamação nos olhos, irritação da pele, irritação dos olhos, picada de insetos e queimadura leve.
Usos:
  • É frequentemente utilizado como insecticida relativamente atóxico, para matar baratas, cupins, formigas, pulgas e muitos outros insetos. Pode ser utilizado diretamente sob a forma de pó em pulgas, misturando-o com açúcar de confeiteiro como atrativo para as formigas e baratas.
  • Pode ser utilizado como um anti-séptico unicamente em pequenas feridas ou queimaduras.
  • Usa-se ainda, o ácido, como adubo e como retardante de chamas.
Perigos mais importantes: 
  • A inalação excessiva do produto pode causar irritação nas membranas mucosas do sistema respiratório. O produto não é significativamente absorvido pela pele intacta, porém se estiver queimada, machucada, com ferimentos abertos ou com dermatite, a absorção é imediata. 
A ingestão pode causar náusea, vômitos, vermelhidão na pele e membranas mucosas, cãibras abdominais, deficiência respiratória. Fazer usos de EPI's adequados: luvas de PVC
ou borracha, avental, óculos de segurança e máscara contra pó

Efeitos do produto:
  • Efeitos adversos à saúde humana: A inalação é a forma mais significativa de exposição em ambientes profissionais e em outros locais. A exposição cutânea não é, normalmente, uma preocupação, uma vez que o ácido bórico é muito pouco absorvido pela pele sadia.
  • Efeitos ambientais: Grandes quantidades de ácido bórico podem ser prejudiciais para plantas e outras espécies. Assim sendo, deve-se minimizar o despejo do produto no meio-ambiente.
  • Perigos físicos e químicos: O ácido bórico reage como um ácido fraco, podendo causar corrosão em metais básicos.
  • Reações com agentes redutores fortes tais como hidretos metálicos ou metais alcalinos, geram gás hidrogênio, podendo criar risco de explosão.
  • Perigos específicos: Estudos de ingestão em animais de diferentes espécies, em doses elevadas, indicam que os boratos causam efeitos na reprodução e no desenvolvimento.
  • Principais sinais e sintomas: Produtos corrosivos e tóxicos, efeitos agudos, dependendo da via de exposição, podem causar inflamações, edemas, espasmos da laringe/brônquios, sensação de queimadura, tosses, respiração ofegante, dores de cabeça, náuseas, salivação, e dores abdominais.
Classificação de perigo do produto químico:
  • Toxicidade aguda: Categoria 5; Sensibilização respiratória ou da pele – Categoria 1; Toxicidade à reprodução e lactação
  • Categoria 1B; toxicidade para certos órgãos-alvo – exposição única – Categoria 1; Toxicidade para órgão-alvo específico - exposições repetidas – Categoria 2; Perigo por aspiração – Categoria 2; perigos ao ambiente aquático – Categoria 3.
Sistema de classificação utilizado: 
  • Norma ABNT-NBR 14725:2009 - Parte 2
  • Adoção do Sistema Globalmente Harmonizado para a Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, ONU .
  • Visão geral de emergências: O produto não é inflamável, combustível, ou explosivo e tem baixa toxicidade oral e dérmica. Pode ser perigoso em plantas e outras espécies. 
  • Efeito potencial à saúde: A inalação do produto é mais preocupante que outros meios. É pobremente absorvido pela pele, não ocasionando problemas no contato, o qual mesmo assim deve ser evitado.
Elementos de rotulagem do GHS, incluindo as frases de precaução:
Pictogramas:
  • Palavra de Advertência: Perigo.
  • Frases de Perigo:
  • H302 Nocivo se ingerido
  • H334 Quando inalado pode provocar sintomas alérgicos, de asma ou dificuldade de respiração.
  • H360 Pode prejudicar a fertilidade ou o feto
  • H305 pode ser nocivo em caso se ingerido e penetrar nas vias respiratórias.
  • H320 Provoca irritação ocular
  • H400 Muito tóxico para os organismos aquáticos
Frases de Precaução:
  • P271 Utilize apenas ao ar livre ou em locais bem ventilados
  • P270 Não coma, beba ou fume durante a utilização desde produto
  • P264 Lave as mãos cuidadosamente após o manuseio
  • P280 Use luvas de proteção / roupa de proteção / proteção ocular / proteção facial
  • P380 Abandone a área
  • P313 Consulte um médico
  • P501 Descarte o conteúdo/recipiente em um aterro devidamente licenciado pelos órgãos competentes
  • P301 + P330 + P331 Em caso de ingestão enxágue a boca. Não provoque vômito
  • P303 + P361 + P353 Em caso de contato com a pele retire imediatamente todas as roupas contaminadas. Enxágue a pele com água / tome uma ducha
  • P305 + P351 + P338 Em caso de contato com os olhos enxágue cuidadosamente com água durante vários minutos. No caso de uso de lentes de contato, remova-as, se for fácil. Continue enxaguando
Composição e informações sobre os ingredientes Substância: Este produto é uma substância pura.
  • Nome químico comum ou nome genérico: Ácido bórico.
  • Sinônimo: ácido orto-bórico, ácido borácico.
  • Formula molecular: H3BO3
  • Registro no chemica abstracts service (n° CAS): 10043-35-3.
Medidas de primeiros-socorros:
Medidas de primeiros-socorros: 
  • Para garantir sua segurança pessoal, antes de socorrer uma vítima colocar os EPIs necessários. 
O socorrista deve ser um brigadista ou alguém familiarizado com técnicas de primeiros socorros. Procurar um médico. Enquanto isso, seguir as seguintes instruções:

Sintomas e efeitos mais importantes, agudos ou tardios:
  • Inalação: Afastar a fonte de contaminação ou transportar a vítima para local arejado. Se houver dificuldades respiratórias, administrar oxigênio. Manobras de ressuscitação cardiopulmonar podem ser aplicadas por pessoal habilitado se a vítima não apresentar sinais vitais. Não utilizar o Método de Respiração Boca a Boca. Introduzir a respiração artificial com uma máscara de bolso equipada com válvula de via única ou outro equipamento de respiração adequado.
  • Manter o paciente aquecido e não permitir que a vítima se movimente desnecessariamente. Transportar a vítima para um hospital imediatamente (Fonte: HSDB).
  • Contato com a pele: Lavar a pele com água (ou água e sabão não abrasivo), suavemente, por pelo menos 20 minutos ou até que a substância tenha sido removida. não interromper o enxague. Sob água corrente (chuveiro de emergência) remover roupas, sapatos e outros acessórios pessoais contaminados (cintos, jóias etc). Descartar as roupas e acessórios contaminados ou descontaminar as roupas antes da reutilização. Se a irritação persistir ao repetir o enxágüe, requisitar assistência médica rapidamente. (Fonte: HSDB).
  • Contato com os olhos: Não permitir que a vítima esfregue os olhos. Remover o excesso da substância dos olhos rapidamente e com cuidado. Retirar lentes de contato quando for o caso. Lavar o(s) olho(s) contaminado(s) com bastante água deixando-a fluir por, pelo menos, 20 minutos, ou até que a substância tenha sido removida mantendo as pálpebras afastadas durante a irrigação. Cuidado para não introduzir água contaminada no olho não afetado ou na face. 
  • Se a irritação persistir repetir o enxágüe, se ocorrer dor, inchaço, lacrimação, fotofobia ou queimaduras, a vítima deve ser encaminhada ao oftalmologista rapidamente. (Fonte: HSDB).
  • Ingestão: Lavar a boca da vítima com água. não induzir vômito. 
  • Oferecer a vítima consciente 2-4 copos de água para diluir o material no estômago. Se a vítima apresentar desordens respiratórias, cardiovasculares ou nervosas fornecer oxigênio, em caso de parada respiratória, realizar manobras de ressuscitação. Não utilizar o método de Respiração boca a /boca. 
  • Se o vômito ocorrer naturalmente inclinar a vítima para evitar o risco de aspiração traqueio-bronquial do material ingerido. Lavar novamente a boca da vítima. Repetir a administração de água. Nada deve ser administrado por via oral se a pessoa estiver perdendo a consciência, inconsciente ou em convulsão. Manter o paciente aquecido e em repouso. Transportar a vítima para um hospital imediatamente (Fonte: HSDB).
Notas para o Médico: 
  • A observação só é necessária em casos de ingestão por adultos na faixa de 4 a 8 gramas de Ácido Bórico. 
  • Em casos de ingestão de quantidades maiores, devem-se manter as funções renais de forma adequada e beber água em abundância. Uma lavagem gástrica é recomendada somente para pacientes que apresentarem sintomas.
  • Hemodiálise deverá ser reservada para casos graves de ingestão de doses maciças ou pacientes com deficiência renal.
  • Análises de boro em exames de urina ou sangue são úteis somente para se documentar a exposição e não devem ser utilizadas na avaliação da severidade do envenenamento ou na escolha do tratamento. Consulte a seção 11 para maiores detalhes.
Medidas de combate a incêndio:
Meios de extinção:
  • Meios de extinção apropriadas: Material não combustível. Devem ser utilizados métodos de extinção de incêndio de acordo com o agente propagador. Prevenir a formação de vapores tóxicos utilizando vapor supressor de espuma álcool resistente.
  • Reações com agentes redutores fortes tais como hidretos metálicos ou metais alcalinos, geram gás hidrogênio, podendo criar risco de explosão. O uso de neblina d’água poderá também reduzir os vapores ou afastar nuvens de fumaça, e pode ajudar a proteger a substância derramada afastando-a de fontes de ignição. 
  • Se for possível e seguro, remova os contêineres expostos às chamas. Combater o fogo com o vento a suas costas. somente utilizar jatos de água para resfriar os recipientes envolvidos no fogo. e evitar que explodam mesmo após o controle do fogo. Confinar a água utilizada para combate ao incêndio para posterior descarte.
  • Abandone a área caso haja descoloração dos tanques ou aumento das chamas. Mantenha-se afastado de tanques envolvidos nas chamas.
Meios de extinção não apropriadas: 
  • Não iniciar o combate ao incêndio sem estar utilizando roupas de proteção adequadas para a situação. 
  • Não tocar nem caminhar sobre o material derramado. Direcionar jatos sólidos de água ao fogo pode não ser uma estratégia efetiva, pois podem propagar ainda mais o incêndio e espalhar a substância derramada. 
  • Não permitir que a água penetre os recipientes que contenham a substância. Não permitir a entrada do produto ou das águas de diluição do controle do fogo em bueiros, redes de esgotos ou áreas confinadas (ABIQUIM, 2002; CHEMINFO, 2001; HSDB, 2000; NEW JERSEY, 1999).
Perigos específicos da substância ou mistura: 
  • Em contato com agentes redutores, emana gás de hidrogênio, que é inflamável. Cilindros ou contêineres contendo o material podem explodir se expostos a chamas devido às pressões internas. Utilizar máscara autônoma para evitar a inalação de gases tóxicos.
Métodos especiais de combate a incêndio: 
  • Combater incêndios que envolvam tanques, carros ou vagões de transporte de uma distância máxima possível ou utilizar mangueiras com suporte manejadas à distância ou canhão monitor; se isso não for possível abandonar a área e deixar queimar. 
  • Resfriar lateralmente, com grandes quantidades de água, os recipientes que estiverem expostos às chamas mesmo após a extinção do fogo. Manter-se sempre longe dos tanques envolvidos no fogo. Manter pessoas não autorizadas afastadas das áreas de combate. Ventile áreas fechadas antes de entrar.
Medidas de proteção da equipe de combate a incêndio: 
  • Utilizar óculos de proteção resistentes aos respingos das soluções ou aos vapores, a menos que se tenham disponíveis respiradores com peça facial inteira. 
  • Deve-se utilizar proteção ocular mesmo que se esteja usando lentes de contato. Evitar que a substância tenha contato com a pele, utilizando luvas, toucas, botas resistentes a produtos químicos, especificamente recomendados por MSHA/NIOSH ou pelo fabricante.
  • Onde houver possibilidade para exposições a altas concentrações da substância, deve-se utilizar respirador aprovado pelo fabricante ou por MSHA/NIOSH com peça facial inteira, suprimento de ar, que opere com demanda de pressão ou outro modo de pressão positiva. Certificar-se de todos os tipos de exposições a que se possa estar sujeito num combate a incêndio. 
  • Pode ser necessário combinar filtros, pré-filtros ou cartuchos para a garantia da proteção contra diferentes formas da substância química (tais como vapores e névoas) ou contra uma mistura de substâncias químicas
Medidas de controle para derramamento ou vazamento:
  • Precauções pessoais, equipamentos de proteção e procedimentos de emergência: Dirija-se ao local do vazamento ou derramamento utilizando os EPIs adequados. Faça uma análise visual da situação e dos riscos iminentes antes de tomar qualquer decisão, não arrisque sua vida.
  • Remoção de fontes de ignição: Elimine todas as fontes de ignição na área imediata. Reações com agentes redutores fortes tais como hidretos metálicos ou metais alcalinos, geram gás hidrogênio, podendo criar risco de explosão. Ventile a área para dispersar os gases. Não fume no local. Utilize equipamento de proteção individual na manipulação do derramamento. Não toque ou ande sobre o material derramado.
  • Controle de poeira: Para reduzir as poeiras, utilizar névoa d’água ou cobrir o produto.
  • Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosas e olhos: Na manipulação dos resíduos derramados, o trabalhador envolvido deve estar utilizando os equipamentos de proteção individual necessários: luvas de neoprene ou PVC, capacete, máscara facial com filtro para gases e vapores ácidos combinado com filtro mecânico, macacão de proteção adequado e botas de borracha.
Precauções ao meio ambiente:
  • Ar: para reduzir as poeiras utilize névoa d’água ou cubra o produto.
  • Solo: remova e neutralize. Se a remoção não puder ser realizada rapidamente, cubra com plástico para evitar que possíveis chuvas lixiviem o material. As formas sólidas devem ser coletadas evitando-se a formação de poeiras de pequeno diâmetro.
  • Água: evitar que o material caia em lagos, rios, córregos, mananciais ou bueiros.
Métodos e materiais para a contenção e limpeza:
  • Disposição: Após tratamento adequado, os resíduos deverão ser recolhidos em recipientes devidamente identificados e dispostos conforme legislação ambiental local, estadual ou federal.
  • Prevenção de perigos secundários: Elimine todas as fontes de ignição na área imediata. Ventile a área para dispersar os gases. Não fume no local. Utilize equipamento de proteção individual na manipulação do derramamento. 
  • Não toque ou ande sobre o material derramado. Interrompa se possível, o vazamento. Isole a área do derramamento e evite o contato com materiais incompatíveis. 
  • Não permita a entrada de água dentro dos contêineres que contenham o produto. Isole a área do derramamento num raio de 50 metros. Afaste as pessoas não envolvidas. Mantenha-se afastado de áreas baixas

Ácido bórico - (H3BO3)

Manuseio e armazenamento:
  • Manuseio: Este produto deve ser manuseado apenas por pessoal que possua treinamento adequado, e devidamente protegido, utilizando os EPIs apropriados.
  • Medidas técnicas apropriadas:
  • Prevenção da exposição do trabalhador: Ao manusear o produto utilize os EPIs apropriados: luvas de neoprene ou PVC de punho longo, macacão impermeável e de material resistente (KP, PVC, etc), óculos de proteção para produtos químicos, proteção facial, botas de borracha e em caso de risco potencial de emanação de vapores dispor máscara panorâmica facial com filtro para vapores ácidos em local próximo, máscara semi-facial filtrante com filtro de carvão ativo para GA pode ser fornecida somente para eventual exposição a baixas concentrações.
  • Prevenção de incêndio e explosão: Produto não inflamável. Não manipular juntamente com materiais incompatíveis como oxidantes fortes. Manter bem acessíveis os equipamentos de combate a incêndio, derramamento e vazamento.
Precauções para manuseio seguro: 
  • Manipular em área com ventilação local de exaustão ou hermetizar o processo se necessário para evitar a liberação de névoas e gases para o ambiente. Manter no local de trabalho as menores quantidades possíveis em área separada da área de armazenamento. Sempre trabalhar em capelas ou locais bem ventilados. O assoalho da área de trabalho deve ser de fácil limpeza.
  • As normas de poluição do ar locais devem ser consultadas para determinar se a liberação dos componentes voláteis é regulamentada ou restringida na área na qual o material for usado. Não contaminar o solo ou liberar este material em sistemas de esgoto ou águas residuais e em mananciais de água. Recipientes vazios podem conter resíduos perigosos do produto, mantenha-os bem fechados e não reutilize as embalagens. Evitar o contato com materiais incompatíveis.
  • Medidas de higiene: Lavar-se com água e sabão após o manuseio do produto e antes de comer, beber, fumar ou ir ao banheiro. Mantenha os locais de trabalho dentro dos padrões de higiene, sempre conscientizando os funcionários sobre o manuseio seguro do produto.
Condições de armazenamento seguro: 
Incluindo qualquer incompatibilidade:
  • Medidas técnicas apropriadas: Armazenar sempre nos contêineres originais, inspecioná-los periodicamente verificando danos ou vazamentos. Os recipientes devem permanecer sempre fechados quando não estiverem em uso e separados de substâncias incompatíveis.
  • Condições de armazenamento:
  • Adequadas: Armazenar em local arejado, ao abrigo do calor, fontes de ignição e separados de produtos que possam reagir com o ácido, de materiais combustíveis e inflamáveis. Os depósitos do produto devem ser providos de chuveiro de emergência, lava olhos e hidrantes equipados com bico de água tipo jato-neblina. Deverão dispor também de uma área de segurança própria em seu entorno, devidamente delimitada e sinalizada, provida de bacia de contenção capaz de reter vazamentos acidentais.
  • A evitar: Danificar as embalagens, pois o produto corrosivo, estocar junto a produtos e materiais incompatíveis e locais de aquecimento elevado.
  • De sinalização de risco: Tóxico. uso Obrigatório de EPIs. Proibido Fumar.
  • Produtos e materiais incompatíveis: Pode ocorrer reação fraca com ácidos, podendo causar corrosão em base metálica. Forte reação com agentes redutores, metal, hidretos e álcalis metálicos.
  • Materiais seguros para embalagens:
  • Recomendadas: Saco de polietileno interno e polipropileno externo ou outros materiais compatíveis. 
Observar:
  • Classificação do grupo de embalagens na sessão 14 dessa FISPQ.
  • Inadequadas: Barricas de fibras.
Controle de exposição e proteção individual:
Parâmetros de controle específicos:
  • Indicadores biológicos: Estudos epidemiológicos em humanos não apresentam aumento nas doenças pulmonares em populações ocupacionais com exposições crônicas ao pó de ácido bórico e borato de sódio. Um estudo epidemiológico recente, em condições de exposição ocupacional normal ao pó de borato, não indicou efeitos para a fertilidade. 
  • Teste de Draize em coelhos resultou em reações de irritação nos olhos. Cinqüenta anos de exposição ocupacional ao Ácido Bórico não indicaram nenhuma reação adversa no olho humano. Desta forma, o Ácido Bórico não é considerado irritante para o olho humano no uso industrial normal.
  • Medidas de controle de engenharia: A exposição a esta substância pode ser controlada de diversas maneiras. As medidas apropriadas para o ambiente de trabalho particular dependem de como o material esteja sendo usado e da extensão da exposição. Esta informação geral pode ser usada para auxiliar no desenvolvimento das medidas de controle específicas, devendo contemplar com a regulamentação ocupacional, ambiental e de incêndio, além de outras regulamentações aplicáveis.
  • Equipamento de proteção individual apropriado:
  • Proteção respiratória: Usar máscara P1 (poeiras e névoas). Em situações de escape ou emergência utilizar SCBA.
  • Proteção das mãos: Luva em PVC, látex ou lona emborrachada.
  • Proteção dos olhos: Óculos de segurança contra respingos sob capacete com proteção facial.
  • Proteção da pele e do corpo: Avental de PVC, botas de PVC ou borracha vulcanizada.
  • Precauções especiais: Evitar usar lente de contato quando manusear o produto.
Propriedades físicas e químicas:
  • Estado físico: Sólido.
  • Cor: Branco.
  • Odor: Inodoro.
  • pH: 5,1 (solução a 1,0%).
  • Temperaturas que apresentam mudança de estado:
  • Ponto de fusão: 170,9 °C (quando aquecido perde água gradualmente, formando primeiro ácido metabórico, e na
  • seqüência forma óxido bórico).
  • Ponto de fulgor: Não inflamável.
  • Temperatura de auto-ignição: Não inflamável.
  • Limites de explosão superior/inferior: não inflamável.
  • Densidade: 1,43 g/cm3.
  • Solubilidade em água: 4,7% a 20°C; 27,5% a 100 ºC; etanol: solúvel; metanol: solúvel.
  • Coeficiente de partição de octanol/água: Log P oa: - 0,7570 a 25°C.
  • Inflamabilidade (sólido, gás): Não aplicável
  • Pressão de vapor: Não aplicável
  • Densidade de vapor: Não aplicável
  • Temperatura de autoignição: Não aplicável
  • Temperatura de decomposição: Não aplicável
  • Viscosidade: Não aplicável
Estabilidade e reatividade:
Condições específicas:
  • Instabilidade: Estável em condições normais de manuseio e armazenamento.
  • Possibilidades de reações perigosas: O produto misturado com potássio pode explodir por impacto. Pode ocorrer reação fraca com ácidos, podendo causar corrosão em base metálica. Forte reação com agentes redutores, metal, hidretos e álcalis metálicos.
  • Condições a evitar: Danificar as embalagens, pois o produto corrosivo, estocar junto a produtos e materiais incompatíveis e locais de aquecimento elevado.
  • Materiais ou substâncias incompatíveis: Carbonatos alcalinos, hidróxidos e metais.
  • Produtos perigosos da decomposição: É um produto estável, mas perde água quando aquecido, formando primeiro ácido metabórico (HBO2) e, se o aquecimento continuar, converte-se em óxido bórico (B2O3).
Informações toxicológicas:
Informações de acordo com as diferentes vias de exposição:
  • Toxicidade aguda: Ingestão: Baixa toxicidade oral aguda; LD50 em ratos é de 3.500 a 4.100 mg/kg de massa corpórea.
  • Toxicidade cutânea: Baixa toxicidade cutânea aguda; LD50 em coelhos é maior do que 2.000 mg/kg de massa corpórea. O Ácido Bórico é muito pouco absorvido pela pele sadia.
  • Inalação: Baixa toxicidade aguda em casos de inalação; LC50 em ratos é maior do que 2,0 mg/L (ou g/m3).
  • Irritação na pele: Não é irritante.
  • Irritação nos olhos: Teste de Draize em coelhos resultou em reações de irritação nos olhos. Cinqüenta anos de exposição ocupacional ao Ácido Bórico não indicaram nenhuma reação adversa no olho humano. Desta forma, o Ácido Bórico não é considerado irritante para o olho humano no uso industrial normal.
  • Efeitos locais: O Ácido Bórico não causa sensibilidade, não há evidência de carcinogenicidade em camundongos.  Não há atividade mutagênica, no estudo realizado em um curto período. O estudo de epidemiologia humana mostra que não ocorreu nenhum aumento de doença pulmonar pela população ocupacional com exposição crônica ao pó de Ácido Bórico.
  • Toxicidade crônica: Intoxicações crônicas por ácido bórico são caracterizadas por pele seca, manchas vermelhas, distúrbios gástricos, perda de peso, diarréia, severa fadiga e confusão mental.
  • Efeitos específicos: O ácido bórico não causa sensibilidade, não há evidência de carcinogenicidade em camundongos.
  • Não há atividade mutagênica, no estudo realizado em um curto período. O estudo de epidemiologia humana mostra que não ocorreu nenhum aumento de doença pulmonar pela população ocupacional com exposição crônica ao pó de ácido bórico.
  • Há estudos limitados em animais que sugerem diminuição na ovulação, fetotoxicidade e defeitos no crescimento podem ocorrer em caso de altos níveis de exposição ao ácido bórico.Toxicidade maternal foi observada em alguns estudos.
Informações ecológicas
Efeitos ambientais, comportamentos e impactos do produto:
  • Ecotoxicidade: daphinia EC50: 100 mg/L/48 horas.
  • Algas verdes, Scenedesmus subspicatus EC10 = 24 mg B/L /96 horas.
  • Mobilidade: O ácido bórico é solúvel em água e é lixiviável em solo normal.
  • Persistência e Degradabilidade: O boro existe naturalmente e em todos os lugares no meio-ambiente. O ácido
  • bórico se decompõe no meio-ambiente em borato natural.
  • Reatividade: Não aplicável
  • Outros efeitos adversos:
  • Impacto ambiental: Grandes quantidades de ácido bórico podem ser prejudiciais para plantas e outras espécies. Assim  sendo, deve-se minimizar o despejo do produto no meio-ambiente.
Considerações sobre destinação final:
Métodos recomendados para destinação final
  • Produto: Não descartar diretamente em sistemas de esgoto, cursos d’água ou com o lixo recolhido pela rede pública.
  • Consultar o órgão ambiental local para verificar as regulamentações de descarte que devem ser seguidas. É recomendável que seja eliminada em instalações autorizadas para recolhimento de resíduos, incinerador, fornos de coprocessamento ou aterros industriais.
  • Restos de produto: Restos de produto devem ser tratados como descrito no Item anterior. Todos os métodos de descarte devem estar de acordo com as leis e regulamentações federais, estaduais e municipais. Regulamentações podem variar em locais diferentes. A caracterização de resíduos e o seguimento da legislação são responsabilidade unicamente do gerador dos resíduos. Para o caso de produto não utilizado ou não contaminado, as opções preferidas de descarte incluem o envio do material a recicladores, recuperadores, incineradores ou outro dispositivo de destruição térmica autorizada e legalizada.
  • Embalagem usada: Deixar o conteúdo escorrer completamente. Não descartar diretamente em sistemas de esgoto, cursos d’água ou com o lixo recolhido pela rede pública. Consultar o órgão ambiental local para verificar as regulamentações de descarte que devem ser seguidas. É recomendável que seja eliminada em instalações autorizadas para recolhimento de embalagens, incinerador, fornos de co-processamento ou aterros industriais.
Informações sobre transporte:
  • Regulamentações nacionais e internacionais: Produto não classificado como perigoso para o transporte de produtos perigosos, conforme Resolução N° 420 do Ministério dos Transportes.
Modo de uso do Ácido Bórico:
  • O modo de uso do Ácido Bórico varia de acordo com o local de aplicação e características do medicamento.
Ocorrência:
  • A maior fonte de boratos do mundo são as minas a céu aberto no Vale da Morte, Califórnia, EUA e a Eti Mine Works, na Turquia.
Produção:
  • Ácido bórico é produzido normalmente de minerais contendo boratos pela reação com ácido sulfúrico.
Efeitos colaterais do Ácido Bórico:
  • Os efeitos colaterais do Ácido Bórico podem ser náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia com coloração azul/esverdeada, cianose, queda de pressão sanguínea, letargia ou choque.
Contraindicações do Ácido Bórico:
  • O Ácido Bórico é contraindicado em crianças com menos de 2 anos, perfuração ou escoriação do tímpano, corte nos olhos ou raspagem da córnea e pele esfoliada ou feridas.

Ácido bórico - (H3BO3)