sábado, 14 de dezembro de 2013

Gás mostarda - O inicio das armas químicas

Máscaras contra armas químicas usadas na 1ª guerra mundial

Agente químico produzido pela primeira vez em 1822, o gás mostarda, também conhecido como ipirita, é representado pela fórmula química C4H8Cl2S, líquido oleoso em temperatura ambiente, no seu estado puro é incolor e inodoro, na forma impura é amarelo e possui um odor característico que lembra muito o da mostarda (daí o seu nome usual), apresenta um ponto de fusão de 13 °C , ponto de fusão de 216 °C e densidade de 1,27 g/mL, é insolúvel em água e solúvel em lipídios e em solventes orgânicos, como álcool, éter e benzeno.
  • Por ter um grau de toxidez significativo, o gás mostarda foi muito utilizado como arma química pelos alemães nos anos finais da Primeira Guerra Mundial e em batalhas militares na Etiópia, no ano de 1936. Esse gás provoca sérias lesões nas vias respiratórias, neurológicas e gastrointestinais, irritação dos olhos, cegueira temporária, vômitos constantes, rompimento de vasos sanguíneos – o que gerava hemorragias graves – além de bolhas bastante dolorosas que se espalham por todo o corpo, por isso é classificado como agente vesicante. A contaminação moderada não mata, mas o gás pode estabelecer ligações com a molécula de DNA, produzindo efeitos mutagênicos e carcinogênicos. Uma exposição elevada pode matar por asfixia em até 5 minutos após o contato.
Os sintomas provenientes da intoxicação por gás mostarda podem surgir imediatamente após a contaminação, continuando a aparecer até 12 horas após a exposição. E como se não bastasse, a substância ainda pode permanecer ativa por bastante tempo, por isso os soldados que tinham suas roupas e equipamentos contaminados morriam envenenados.
  • Não há uma antídoto para a contaminação pelo gás mostarda. Nos casos de exposição a essa substância, a melhor medida a ser tomada para amenizar os efeitos tóxicos é a retirada do indivíduo do local contaminado. O gás mostarda pode ser neutralizado ao reagir com cloro (Cl), hipoclorito de sódio (NaOCl) e hipoclorito de cálcio [Ca(OCl)2], produzindo compostos atóxicos.

Bis(2-chloroethyl) sulfide

Propriedades
  • Fórmula molecular C4H8Cl2S 
  • Massa molar 159 g/mol 
  • Aparência Incolor quando puro. 
  • Normalmente varia de amarelo claro a marrom escuro. 
  • Leve odor de alho ou rábano 
  • Densidade 1,27 g/ml, líquido 
  • Ponto de fusão 14,4 °C 
  • Ponto de ebulição 217 °C (decomposes) 
  • Solubilidade em água Desprezível 
  • Riscos associados MSDS External MSDS 
  • Principais riscos associados Vesicant 
  • NFPA 704 
  • Ponto de fulgor 105 °C 
  • Compostos relacionados 
  • Outros aniões/ânions 1-Cloro-2-(2-cloroetoxi)-etano (-O- em vez do -S-) 
  • Compostos relacionados Nitrogen mustard 
  • Sulfeto de dietila 
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições PTN 
  • Gás Mostarda ou iperita é um agente químico (Cl - CH2 - CH2 - S - CH2 - CH2 - Cl) considerado vesicante pelas lesões que causa na pele. Foi produzido pela primeira vez em 1822, na Inglaterra por Despretz. Provoca irritação nos olhos e feridas na pele. Se for inalado, pode matar por asfixia. O gás mostarda é uma substância incolor, líquida, oleosa, muito pouco solúvel em água.
Quando impuro, o gás mostarda apresenta-se com uma coloração amarelada.
  • À temperatura ambiente (25°C), pode ser utilizado de maneira perigosa sob a forma de vapor, aerosol ou gotículas líquidas.
Foi muito utilizado nos últimos anos da 1ª Guerra Mundial como arma química. Atualmente a utilização do gás mostarda está regulada pela Convenção de Armas Químicas (em inglês: CWC Chemical Weapons Convention) como uma substância de Classe 1, ou seja, sem outro uso a não ser Guerra química.

Efeitos fisiológicos
  • Cegueira 
  • Abertura dos poros da pele 
  • Rompimento dos vasos sanguíneos (veias e artérias) 
  • Morte dolorosa de 3 a 5 minutos se estiver em contato direto com o mesmo. 
O Gás Mostarda tem uma ação vesicante poderosa, isto é, forma na pele vesículas ou bolhas com gravidade. Além disso devido às suas propriedades alquilantes (forma ligações com o DNA) é também mutagênico e carcinogênico.

  • Uma vez que os indivíduos expostos ao Gás Mostarda não mostram sintomas imediatamente e que as áreas contaminadas podem parecer completamente normais, é possível que as vítimas recebam doses altas inadvertidamente.
Em 6 a 24 horas após a exposição as vítimas apresentam comichão e irritação intensa e surgem gradualmente as vesículas na pele, contendo um líquido amarelo. Isto são queimaduras químicas e são muito debilitantes.
  • Os sintomas provenientes da intoxicação por gás mostarda podem surgir imediatamente após a contaminação, continuando a aparecer até 12 horas após a exposição. E como se não bastasse, a substância ainda pode permanecer ativa por bastante tempo, por isso os soldados que tinham suas roupas e equipamentos contaminados morriam envenenados. Se os olhos do indivíduo tiverem sido expostos ficarão afetados começando com conjuntivite e progredindo para cegueira temporária. Se o Gás mostarda for inalado em concentrações elevadas causa sangramento e formação de vesículas também nas vias respiratórias danificando a mucosa e causando Edema pulmonar.
Dependendo do nível de contaminação, as queimaduras com o gás mostarda variam entre primeiro e segundo grau, podendo chegar a ser tão severas e desfigurantes como as de terceiro grau. As queimaduras severas podem ser fatais, ocorrendo a morte alguns dias ou até semanas após exposição.
  • Uma exposição moderada muito provavelmente não mata, contudo, a vítima necessita de longos períodos de tratamento médico. Os efeitos mutagénicos e carcinogênicos do Gás Mostarda implicam que as vítimas que recuperam das queimaduras químicas têm um risco aumentado de desenvolver câncer.
Para o 100º aniversário da "Guerra para acabar com todas as guerras", uma equipe da Universidade Aberta do Reino Unido buscou através de arquivos fotográficos encontrar imagens significativas da Primeira Guerra Mundial. A Universidade contratou um especialista em restauração de fotos para colorir algumas imagens.

As armas químicas eram uma ameaça para a saúde humana. s em 1915.