Máscaras contra armas químicas usadas na 1ª guerra mundial
Agente químico produzido pela primeira vez em 1822, o gás mostarda, também conhecido como ipirita, é representado pela fórmula química C4H8Cl2S, líquido oleoso em temperatura ambiente, no seu estado puro é incolor e inodoro, na forma impura é amarelo e possui um odor característico que lembra muito o da mostarda (daí o seu nome usual), apresenta um ponto de fusão de 13 °C , ponto de fusão de 216 °C e densidade de 1,27 g/mL, é insolúvel em água e solúvel em lipídios e em solventes orgânicos, como álcool, éter e benzeno.
- Por ter um grau de toxidez significativo, o gás mostarda foi muito utilizado como arma química pelos alemães nos anos finais da Primeira Guerra Mundial e em batalhas militares na Etiópia, no ano de 1936. Esse gás provoca sérias lesões nas vias respiratórias, neurológicas e gastrointestinais, irritação dos olhos, cegueira temporária, vômitos constantes, rompimento de vasos sanguíneos – o que gerava hemorragias graves – além de bolhas bastante dolorosas que se espalham por todo o corpo, por isso é classificado como agente vesicante. A contaminação moderada não mata, mas o gás pode estabelecer ligações com a molécula de DNA, produzindo efeitos mutagênicos e carcinogênicos. Uma exposição elevada pode matar por asfixia em até 5 minutos após o contato.
Os sintomas provenientes da intoxicação por gás mostarda podem surgir imediatamente após a contaminação, continuando a aparecer até 12 horas após a exposição. E como se não bastasse, a substância ainda pode permanecer ativa por bastante tempo, por isso os soldados que tinham suas roupas e equipamentos contaminados morriam envenenados.
- Não há uma antídoto para a contaminação pelo gás mostarda. Nos casos de exposição a essa substância, a melhor medida a ser tomada para amenizar os efeitos tóxicos é a retirada do indivíduo do local contaminado. O gás mostarda pode ser neutralizado ao reagir com cloro (Cl), hipoclorito de sódio (NaOCl) e hipoclorito de cálcio [Ca(OCl)2], produzindo compostos atóxicos.
Bis(2-chloroethyl) sulfide
Propriedades
- Fórmula molecular C4H8Cl2S
- Massa molar 159 g/mol
- Aparência Incolor quando puro.
- Normalmente varia de amarelo claro a marrom escuro.
- Leve odor de alho ou rábano
- Densidade 1,27 g/ml, líquido
- Ponto de fusão 14,4 °C
- Ponto de ebulição 217 °C (decomposes)
- Solubilidade em água Desprezível
- Riscos associados MSDS External MSDS
- Principais riscos associados Vesicant
- NFPA 704
- Ponto de fulgor 105 °C
- Compostos relacionados
- Outros aniões/ânions 1-Cloro-2-(2-cloroetoxi)-etano (-O- em vez do -S-)
- Compostos relacionados Nitrogen mustard
- Sulfeto de dietila
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições PTN
- Gás Mostarda ou iperita é um agente químico (Cl - CH2 - CH2 - S - CH2 - CH2 - Cl) considerado vesicante pelas lesões que causa na pele. Foi produzido pela primeira vez em 1822, na Inglaterra por Despretz. Provoca irritação nos olhos e feridas na pele. Se for inalado, pode matar por asfixia. O gás mostarda é uma substância incolor, líquida, oleosa, muito pouco solúvel em água.
Quando impuro, o gás mostarda apresenta-se com uma coloração amarelada.
- À temperatura ambiente (25°C), pode ser utilizado de maneira perigosa sob a forma de vapor, aerosol ou gotículas líquidas.
Foi muito utilizado nos últimos anos da 1ª Guerra Mundial como arma química. Atualmente a utilização do gás mostarda está regulada pela Convenção de Armas Químicas (em inglês: CWC Chemical Weapons Convention) como uma substância de Classe 1, ou seja, sem outro uso a não ser Guerra química.
Efeitos fisiológicos
- Cegueira
- Abertura dos poros da pele
- Rompimento dos vasos sanguíneos (veias e artérias)
- Morte dolorosa de 3 a 5 minutos se estiver em contato direto com o mesmo.
- Uma vez que os indivíduos expostos ao Gás Mostarda não mostram sintomas imediatamente e que as áreas contaminadas podem parecer completamente normais, é possível que as vítimas recebam doses altas inadvertidamente.
Em 6 a 24 horas após a exposição as vítimas apresentam comichão e irritação intensa e surgem gradualmente as vesículas na pele, contendo um líquido amarelo. Isto são queimaduras químicas e são muito debilitantes.
- Os sintomas provenientes da intoxicação por gás mostarda podem surgir imediatamente após a contaminação, continuando a aparecer até 12 horas após a exposição. E como se não bastasse, a substância ainda pode permanecer ativa por bastante tempo, por isso os soldados que tinham suas roupas e equipamentos contaminados morriam envenenados. Se os olhos do indivíduo tiverem sido expostos ficarão afetados começando com conjuntivite e progredindo para cegueira temporária. Se o Gás mostarda for inalado em concentrações elevadas causa sangramento e formação de vesículas também nas vias respiratórias danificando a mucosa e causando Edema pulmonar.
Dependendo do nível de contaminação, as queimaduras com o gás mostarda variam entre primeiro e segundo grau, podendo chegar a ser tão severas e desfigurantes como as de terceiro grau. As queimaduras severas podem ser fatais, ocorrendo a morte alguns dias ou até semanas após exposição.
- Uma exposição moderada muito provavelmente não mata, contudo, a vítima necessita de longos períodos de tratamento médico. Os efeitos mutagénicos e carcinogênicos do Gás Mostarda implicam que as vítimas que recuperam das queimaduras químicas têm um risco aumentado de desenvolver câncer.
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As armas químicas eram uma ameaça para a saúde humana. s em 1915.