domingo, 11 de maio de 2014

O Guaraná - (A Teobromina)

O guaraná é uma planta da Amazônia, que é encontrado em partes 
da Venezuela e do Brasil.

  • Paullinia cupana Kunth, vulgarmente chamado guaraná, guaranazeiro e uaraná, é um cipó originário da Amazônia. É encontrado no Brasil, Peru, Colômbia e Venezuela, sendo cultivado principalmente no município de Maués, no estado do Amazonas e na Bahia. Pertence a família Sapindaceae.
O nome Paullinia foi atribuído por Lineu ao gênero a que pertence o guaraná em homenagem ao médico e botânico alemão Simon Pauli. "Guaraná" é oriundo do tupi wara'ná.
  • Um dos produtos típicos da biota amazônica mais conhecidos no Brasil e no exterior, o guaraná ainda é um produto exclusivamente brasileiro e muito apreciado por suas qualidades energéticas e gastronômicas. 
Entretanto, sua origem amazônica (e no estado do Amazonas, em particular) não impediu que a concentração espacial de sua produção se transferisse desta região para a Bahia, hoje o maior e mais produtivo estado guaranaicultor do Brasil. 
  • A diferença de produtividade se explica pela utilização, pelos produtores baianos, de técnicas básicas de cultivo, ainda pouco utilizadas pelos seus pares no Amazonas. Mesmo assim, o cenário atual indica o crescimento sustentado da produção e da produtividade de guaraná em sementes no Amazonas, com base na distribuição de mudas de guaraná resistentes a doenças e de alta produtividade pela EMBRAPA-AM e na implantação de projetos empresariais de cultivo que tendem a adotar padrões agrícolas tecnificados. 
No que respeita à agroindustrialização do guaraná, os produtos finais de maior difusão e aceitação pelos mercados brasileiro e estrangeiro ainda são os refrigerantes gaseificados à base de guaraná. 
  • Porém, a transformação industrial do guaraná em xarope, bastão, artesanato e, principalmente, em pó, abre amplas perspectivas mercadológicas para investidores com foco no crescente mercado regional e brasileiro, necessitando, para que isto se concretize, de plantas fabris com elevada escala e dotadas de plantios próprios que supram parte de suas necessidades de matérias-primas com sementes de guaraná de boa qualidade.
Descrição do Produto:
  • O guaranazeiro é uma planta nativa da Amazônia, pertencente à família das sapindáceas e encontrada em estado nativo nas regiões compreendidas entre os rios Amazonas, Maués, Paraná do Ramos e Negro (estado do Amazonas) e na bacia do Rio Orinoco (Venezuela).
Seu nome científico é Paullinia cupana, sendo que, na Amazônia venezuelana e colombiana encontra-se de modo escasso a variedade cupana, enquanto que na brasileira encontra-se a variedade sorbilis (Martius) Duke. 
  • Esta última, conhecida vulgarmente como guaraná, guaraná de Maués ou do Baixo Amazonas, foi a variedade cuja produção e comercialização se difundiu por várias regiões de clima favorável no Brasil Pará, Acre, Bahia, Mato Grosso, dentre outros. 
Utilizada pelos indígenas há séculos como produto medicinal e alimentício, o cultivo desta planta tem sido tradicionalmente utilizado como meio de redução dos efeitos negativos da agricultura itinerante, contribuindo para a fixação e integração do homem interiorano ao campo.
  • É uma planta cujo formato é o de um arbusto semi-ereto, trepadeira e lenhosa, que, em seu habitat, se apóia nas árvores da floresta, atingindo altura entre 9 e 10 metros. Possui folhas grandes, de verde acentuado, e frutifica em cachos. O fruto é redondo, preto e brilhante, assumindo a forma de uma cápsula deiscente de 1 a 3 válvulas, portando uma semente cada. 
Quando maduro, torna-se vermelho ou amarelo e faz surgir o arilo, substância branca que envolve parte da semente. Mesmo desenvolvendo-se bem em climas tropicais chuvosos, o guaranazeiro deve ser plantado em solos profundos com boa drenagem (recomenda-se um terreno com leve inclinação, para escoar o excesso de água), pois não tolera áreas encharcadas. 
  • Complementarmente, indica-se para o plantio regiões de regime pluviométrico bem definido, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano e precipitações anuais iguais ou superiores a 1.400 mm. As épocas de estiagem coincidem com a época de floração e frutificação. A pedologia indicada ao cultivo é a terra firme, tipo Latossolo Amarelo, com textura pesada e boas propriedades físicas, mesmo que quimicamente pobre, com pH variando de 4,0 a 5,4, baixos teores de Ca, Mg, K e P e alta saturação de alumínio. 
Em solos férteis, tem apresentado elevada produtividade e excelentes índices de desenvolvimento vegetativo. Possui crescimento lento, com problemas de adaptação ao campo sob céu aberto. Começa a produzir a partir do 3º ou 4º ano de implantação e, por volta do 5º , alcança o nível de produção econômica. 
  • Assim, tendo em vista a necessidade de sombreamento das mudas e o longo período de carência da cultura, recomenda-se o seu consorciamento com outras espécies, sejam elas anuais, tal como a mandioca, sejam elas semi-perenes, caso do maracujá e da banana. Espera-se, com isso, que tais culturas, além de integrarem a necessária etapa do sombreamento do guaranazal em maturação, contribuam para amortizar seus custos de implantação, ao gerarem outras fontes de renda ao produtor. 
Seguindo as orientações técnicas mais modernas para o cultivo do guaraná (utilizando mudas clonadas de alta resistência a doenças e adotando as técnicas básicas de tratos culturais), o produtor poderá obter uma produtividade variante de 1 kg a 1,5 kg de sementes secas por guaranazeiro, o que representaria 400 600 kg/ha, considerando-se uma área modal plantada de 400 plantas/ha (espaçamento de 5m x 5m, o mais empregado). 
  • A comercialização do guaraná é feita em ramas (sementes torradas), seja para exportação, seja para a sua agroindustrialização. Desta última pode-se obter o xarope (concentrado) para consumo direto como bebida energética (ao ser misturado à água) ou para a produção industrial de bebidas refrigerantes gaseificadas, o bastão (também denominado de rolo ou barra) para ralar e obter o pó para misturar à água e beber, ou o próprio pó já acondicionado em frascos, cápsulas gelatinosas ou sachês, também utilizado na preparação caseira de uma bebida energética ou ingerido puro como tônico. 
Pesquisas científicas têm validado a utilização tradicional do guaraná pelas tribos indígenas como poderoso tônico, ao constatarem ser ele a maior fonte de cafeína natural conhecida, exercendo uma ação estimulante sobre o sistema nervoso central, sistema cardiovascular, músculos e rins. 
  • Usado contínua e moderadamente, reduz a sensação de fadiga física e mental, regula a atividade intestinal e é um comprovado afrodisíaco, sendo por isso indicado seu uso clínico nos casos de convalescência e para pessoas maduras e idosas sem problemas cardíacos. Há ainda uma utilização das sementes de guaraná secas para a produção de peças de artesanato com motivos indígenas, bastante apreciada por turistas estrangeiros que visitam o Amazonas. 
Suas folhas são trifoliadas. As flores são pequenas e brancas . O seu fruto possui grande quantidade de cafeína (chamada de guaraína quando encontrada no guaraná) e, devido a suas propriedades estimulantes, é usado na fabricação de xaropes, barras, pós e refrigerantes. 
  • Tem casca vermelha e, quando maduro, deixa aparecer a polpa branca e suas sementes, assemelhando-se com olhos. Na região próxima ao município de Maués, onde é cultivada, os índios da nação saterê-mawé têm lendas sobre a origem da planta.
Em Portugal, produzem-se refrigerantes de guaraná desde o final da década de 1990, sendo inicialmente importados do Brasil. O refrigerante de guaraná mais vendido do mundo é o Guaraná Antarctica, produzido desde abril de 1921 no Brasil.

Efeitos da ingestão:
  • O guaraná é um estimulante: aumenta a resistência nos esforços mentais e musculares e diminui a fadiga motora e psíquica. Por meio das xantinas que possui (cafeína e teobromina), o guaraná produz maior rapidez e clareza do pensamento . Entretanto, se ingerido em excesso, provoca efeitos colaterais como insônia, irritabilidade, taquicardia, azia e dependência física.
Propriedades Químicas:
A teobromina:
  • A Teobromina: (C7H8N4O2, 3,7-dimetilxantina o 3,7-diidro-3,7-dimetil-1H-purina-2,6-diona) é um alcalóide da família das metil-xantinas, da qual também fazem parte a teofilina e a cafeína.  Substância normalmente encontrada no fruto do Theobroma cacao, e por isso esse composto é normalmente encontrado no chocolate. Está presente também na semente do guaraná .
A teobromina é um alcalóide primário achado no cacau e chocolate; chocolate contém 0.5-2.7% de teobromina (no entanto o chocolate branco contém poucos vestígios). No fígado humano, a cafeína é metabolizada por enzimas em 10% teobromina, 4% teofilina, e 80% paraxantina.
As plantas com maiores quantidades são:
  • Theobroma cacao
  • Theobroma bicolor
  • Ilex paraguariensis
  • Camellia sinensis
  • Cola acuminata
  • Theobroma angustifolium
  • Paullinia cupana
  • Coffea arabica
Depois da sua descoberta no final do século XIX, a teobromina foi posta em uso em 1916, quando foi recomendada pelos Princípios de Publicação de Tratamento Médico como um tratamento para edema (líquido excessivo em partes do corpo), ataques de angina sifilítica, e angina degenerativa. 
  • O Diário Americano de Nutrição Clínica diz que a teobromina era uma vez usada como tratamento para outros problemas circulatórios inclusive arteriosclerose, certas doenças vasculares, de angina pectoris, e hipertensão.
Na medicina moderna, a teobromina é usada como um vasodilatador (um alargador de vaso sanguíneo), uma ajuda para eliminar a urina e estimulante do coração. Além disso, o uso futuro de teobromina em campos de prevenção de câncer foi patenteado. No fígado humano, a teobromina é metabolizada em metilxantina e subsequentemente em ácido metilúrico.

A cafeína: 
  • É um composto químico de fórmula C8H10N4O2 — classificado como alcalóide do grupo das xantinas e designado quimicamente como 1,3,7-trimetilxantina. É encontrado em certas plantas e usado para o consumo em bebidas, na forma de infusão, como estimulante.
A cafeína apresenta-se sob a forma de um pó branco ou pequenas agulhas, que derretem a 238 °C e sublimam a 178 °C, em condições normais de temperatura e pressão. É extremamente solúvel em água quente, não tem cheiro e apresenta sabor amargo.
  • Entre o grupo das xantinas (que incluem a teofilina e a teobromina) a cafeína é a que mais atua sobre o sistema nervoso central. Atua ainda sobre o metabolismo basal e aumenta a produção de suco gástrico. Doses terapêuticas de cafeína estimulam o coração aumentando a sua capacidade de trabalho, produzindo também dilatação dos vasos periféricos.
Uma xícara média de café contém, em média, 100 mg de cafeína. Já numa xícara de chá ou um copo de alguns refrigerantes encontram-se quarenta miligramas da substância. Sua rápida ação estimulante faz dela poderoso antídoto à depressão respiratória em consequência de intoxicação por drogas como morfina e barbitúricos. A ingestão excessiva pode provocar, em algumas pessoas, efeitos negativos como irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça e insônia. 
  • Os portadores de arritmia cardíaca devem evitar até mesmo dosagens moderadas, ainda que eventuais, da substância. Altas doses de cafeína excitam demasiadamente o sistema nervoso central, inclusive os reflexos medulares, podendo ser letal. Estudos demonstraram que a dose letal para o homem é, em média, de 10g.
Uma equipe da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Maryland, descobriu que a cafeína estimula certas memórias, pelo menos até 24 horas após o consumo. Segundo o estudo, publicado na revista Nature Neuroscience, a cafeína tem um efeito positivo sobre a memória a longo prazo em humanos.

Organismo humano:
  • Mesmo que a teobromina e a cafeína sejam semelhantes por serem alcalóides relacionados, a teobromina tem menos impacto no sistema nervoso central e estimula o coração em um maior grau. Ainda que a teobromina não seja uma substância viciante, foi apontada como causadora do vício por chocolate. 
O chocolate é considerado afrodisíaco, pois seus efeitos incluem os efeitos estimulativos da teobromina: prazer induzido pelo hipotálamo, como o efeito da doçura de chocolate e natureza gordurosa, ou como o chocolate afeta os níveis de serotonina. Enquanto a serotonina tiver um efeito aprazível, em concentrações altas pode ser convertida à melatonina que em quantias grandes aumenta o apetite sexual.
  • Como é um estimulante do miocárdio, como também um vasodilatador, aumenta as batidas do coração, contudo também dilata os vasos sanguíneos, enquanto diminui a pressão sanguínea. Porém, um recente artigo publicado sugere que a diminuição da pressão sanguínea pode ser causada através de flavanols. Além disso, seu efeito de drenagem permite isto ser usado para tratar falência cardíaca que pode ser causada por uma acumulação excessiva de fluido.
Um estudo publicado em 2005 pela Faculdade Imperial de Londres concluiu que a teobromina tem uma substância que reduz a tosse, efeito superior à codeína, suprimindo atividade do nervo vago. Além do mais, a teobromina é útil em tratamentos de asma sendo que relaxa os músculos, inclusive os achados nos brônquios. Há uma possível associação entre teobromina e um risco aumentado de sofrer de câncer de próstata.

Conhecido em forma de cápsula, xarope ou em pó e para acabar com a sonolência ou fornecer mais energia, o extrato de guaraná também contribui no combate à combate à obesidade.

Situação Atual:
  • O Brasil é, praticamente, o único produtor de guaraná do mundo, excetuando-se algumas pequenas áreas plantadas na Amazônia venezuelana e peruana para fins comerciais. 
No Brasil, a produção concentrou-se durante muito tempo no estado do Amazonas, em razão de ser a terra natal da espécie. No âmbito da Amazônia brasileira, expandiu-se o plantio, numa etapa posterior, para os estados do Pará, Acre e Rondônia, e, nos últimos anos, para os estados do Mato Grosso e Bahia, que também dinamizaram suas plantações comerciais visando principalmente ao atendimento da demanda pelo xarope do guaraná pelas indústrias de refrigerantes gaseificados. 
  • Estima-se a produção atual de ramas de guaraná no país em algo em torno de 4.300 toneladas/ano. Também se estima que dessa produção, 70% seja absorvido pelas indústrias de refrigerantes gaseificados, sob a forma de xarope, enquanto que os 30% restantes são comercializados sob a forma de xarope, pó, bastão, extrato para consumo interno e para a exportação. 
O Amazonas já há muito tempo deixou de ser o maior produtor nacional, conforme revelam os dados do IBGE, sendo ultrapassado pela Bahia nos quesitos produção e produtividade, e pelo Mato Grosso em produtividade somente. 
  • Tais diferenças substantivas de produtividade referem-se ao fato de o sistema de produção adotado na Bahia e Mato Grosso utilizar a combinação de grandes áreas de monocultivo, irrigação, uso intensivo de defensivos agrícolas, etc. Dentro do estado do Amazonas, só o município de Maués, a 356 km de Manaus, produziu cerca de 200 toneladas em 2001, concentrando 37% da produção estadual do guaraná neste mesmo ano. 
Esta produção de Maués está distribuída por, aproximadamente, 2.600 produtores, em 2.427 ha de área plantada, destacando-se a Fazenda Santa Helena, de propriedade do grupo AMBEV (titular da marca Antarctica de bebidas gaseificadas), 1070 hectares, dos quais 430 só de campos de cultivo.2 Além disso, recentemente, a AMBEV iniciou um projeto de plantio de mais 450 ha de guaraná, em parceria com produtores locais.
  • No município de Presidente Figueiredo, a Agropecuária Jayoro iniciou em 2000 um projeto de guaraná que totaliza 600 hectares, dos quais já foram plantados mais de 150 hectares. Ainda neste município, a Santa Claudia possui 80 hectares e a Arosucos S/A adquiriu, em 2000, mudas suficientes para o plantio de 100 hectares. 
A EMBRAPA trabalha, desde o fim dos anos 90, com pesquisas experimentais de clonagem de mudas de guaranazeiro resistentes a doenças e de alta produtividade (entre 400 e 600 kg/hectare), as quais estão sendo distribuídas, desde 2000, para os guaranaicultores. Delineia-se, pois, um cenário de elevação consistente da oferta de sementes de guaraná em um futuro próximo, e com maior produtividade por hectare.
  • Os produtores de guaraná em rama de Maués encaminham sua produção, atualmente, para quatro canais distintos de comercialização. O primeiro deles é a venda para as indústrias de bebidas localizadas em Manaus, especialmente a AMBEV, que manufatura o xarope a ser consumido em suas fábricas de refrigerantes em Manaus. Só esta empresa absorve aproximadamente 70% do guaraná em sementes anualmente produzido em Maués, equivalente, em 2000, a 168 toneladas e, em 2001, a 140 toneladas de matéria-prima processada.
O segundo canal de comercialização é a exportação direta das sementes para o Japão. O terceiro é a exportação não oficial para Mato Grosso das sementes e o quarto é a venda das ramas para os cerca de 20 moinhos beneficiadores de guaraná em Maués, sendo que todos produzem bastões e somente 3 produzem o pó. 
  • Os bastões são destinados ao consumo interno do próprio município, à revenda para Manaus e ao estado do Mato Grosso. Ofertaram, em 2000, um volume aproximado de 100 toneladas de guaraná em bastões, o que representou cerca de 1 milhão de unidades (1 bastão = 100 gramas). 
Já o pó de guaraná destina-se a Manaus, sendo embalado pela indústria de fitofármacos. Este canal representa 30% da oferta anual de guaraná em rama, assim dividido: os bastões absorveram 20%, ou seja, 48 toneladas em 2000 e 40 toneladas em 2001, enquanto o pó absorveu 10%, isto é, 24 toneladas em 2000 e 20 toneladas em 2001. 

Mecanismo de ação:
  • Tem como propriedade a inibição das enzimas fosfodiesterases dos nucleotídeos cíclicos, que tem como função a catálise de decomposição do AMP cíclico e do GMP cíclico em 5'-AMP e 5'-GMP. Portanto, essas vias ficam sobrecarregadas de AMP e GMP cíclicos e a transdução de sinal é potencializada.
Importante: como seus efeitos duram aproximadamente seis horas, o ideal é que se ingira o guaraná em pó pela manhã, a fim de não perturbar o sono noturno. Quanto a este fator, existe o risco do indivíduo, ao ter o sono comprometido, ingerir nova quantidade pela manhã, em busca de um vigor que não foi recuperado à noite. 
  • Assim, tal atitude pode se tornar uma constante no dia a dia do sujeito, propiciando um quadro de dependência física e psicológica, apresentando ao indivíduo irritabilidade e dor de cabeça quando não há o consumo do guaraná.Além de cafeína e teobromina, o pó de guaraná contém fibras vegetais, amido, ácido tânico, cálcio, ferro, fósforo, potássio, tiamina e vitamina A.
Organismo animal:
  • A quantia de teobromina encontrada no chocolate é pequena o suficiente para ser consumido seguramente por humanos, mas animais que a metabolizam mais lentamente, como cachorros, podem sucumbir por envenenamento por teobromina. 
A dose de teobromina que pode ser tóxica em cachorros gira entre 100 e 150 mg/kg. Geralmente chocolates ao leite possuem 154 mg/100g de teobromina; o meio-amargo cerca de 528 mg/100 g Complicações incluem problemas digestivos, desidratação, excitabilidade, e uma taxa lenta de batimentos do coração. Fases posteriores ao envenenamento por teobromina incluem ataques epiléticos e morte.

A lenda do guaraná:
  • As tribos de Munducurucânia eram as mais prósperas dos índios. Venciam todas as guerras, as pescas eram ótimas, os peixes, os melhores e a doença era rara. Tudo isso por causa de um curumim que, há alguns anos, nascera naquela tribo.
Ele era o mais protegido de todos. Nas pescas, era acompanhado por muitos - os pescadores desviavam dos rios as piranhas, jacarés ou qualquer outro perigo. Mas, certo dia, toda a segurança foi embora: o Gênio do Mal apareceu em forma de cascavel e feriu o garoto. A tribo entrou em lamentação e em desespero. Tupã, o Deus dos índios, atendeu a todo aquele lamento e disse :
- Tirem os olhos do curumim e plantem-no na terra firme, reguem-no com lágrimas durante 4 luas e ali nascerá a "planta da vida", ela dará força aos jovens e revigorará os velhos.
Os pajés não duvidaram, arrancaram e plantaram os olhos do curumim e regaram com lágrimas durante quatro luas.
  • Nasceu ali uma nova planta, travessa como as crianças, com hastes escuras e sulcadas como os músculos dos guerreiros da tribo. E quando ela frutificou, seus frutos de negro azeviche, envoltos de um arilo branco com duas cápsulas de cor vermelho-vivo. Diziam os índios:
- É a multiplicação dos olhos do príncipe!
E o fruto trouxe progresso da tribo. Ajudou os velhos e deu mais força aos guerreiros.

Propriedades:
  • O guaraná é rico em substancias funcionais dentre elas a cafeína, a teobromina, a teofilina entre outras. Alguns efeitos atribuídos ao consumo de guaraná é de que ele é afrodisiaco, tem ação tônica, é adstringente, febrífugo, diurético e serve para o cansaço fisico e mental, etc. 
Processo de industrialização da bebida:
  • O processo de processamento do xarope da fruta iniciou-se no Brasil em 1905 por Luiz Pereira Barreto, um médico da cidade de Resende, no Rio de Janeiro. Em 1906, foi lançado, pela F. Diefenthaller, uma fábrica de refrigerantes de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o Guaraná Cyrilla e, em 1921, o Guaraná Champagne Antarctica, pela empresa homônima.
Na Sérvia e em outros países do Leste Europeu, fabrica-se uma bebida energética à base de guaraná, comercializada com este nome, mas que, em vez do gosto doce do refrigerante, tem sabor amargo e efeito cardio acelerador.

A teobromina pode causar insônia, tremores, inquietude, ansiedade, como também contribui para produção aumentada de urina. Efeitos colaterais adicionais incluem perda de apetite, náusea, e vômito.