domingo, 9 de fevereiro de 2014

Haxixe - Entorpecente

O Haxixe é uma substância extraída das folhas da Cannabis sativa,
uma planta herbácea da família das Canabiáceas -
a mesma planta usada para produzir maconha.

  • Haxixe (do árabe حشيش, hashish ou haxix - erva seca ) é o exsudato resinoso seco, extraído do tricoma, das flores e das inflorescências da Cannabis sativa ou Cannabis indica (planta popularmente conhecida como maconha ou marijuana), utilizado como entorpecente, que pode ser fumado ou ingerido.
Este termo antigamente era utilizado como equivalente para Cannabis no Mediterrâneo oriental. O haxixe encontra-se difundido principalmente no oriente e norte da África, onde o consumo por parte dos árabes remonta a tempos antigos.
  • A adolescência é uma fase onde diversas escolhas se apresentam ao jovem e, onde se joga a sua futura identidade e identificação sexual. Num mundo de incertezas e de (re)definições constantes, ela traduz-se por uma vivência de angústia, de medo e de incerteza, face às mudanças, quer físicas, quer psíquicas, que ocorrem sistematicamente e a uma velocidade alucinante, que o adolescente tem muitas vezes dificuldade em acompanhar.
Nesta etapa, o adolescente sente a necessidade de se confrontar, de experimentar limites, mesmo de os transgredir, constituindo estes um espaço de conquista e de afirmação, que deve ser vivido individualmente e em grupo. O desejo de ter experiências novas coexiste com o sentimento de invulnerabilidade (que procura esconder a vulnerabilidade) e com o desejo de testar tais limites.
  • Há assim uma intensa necessidade de investir a realidade externa, de procurar um “território” longe do colo parental, que não mais satisfaz totalmente. Surge então o grupo de pares, seres diferentes, mas iguais, que se ajudam mutuamente nesta fase de conquista. Este grupo passa então a ter uma importância muito grande e, tudo se faz para se ser aceite no seu seio, para não se ser banido.
O grupo, embora contribua para a necessária separação do parental, do infantil, constitui também um dos maiores factores de risco para a adolescência. Falamos, não só mas também, dos comportamentos de iniciação ao consumo de drogas, comportamentos estes que podem pôr em causa a saúde dos adolescentes.As razões para estes comportamentos são múltiplas, encontrando-se entre elas a aprovação do grupo, a procura de alívio ou evasão do desconforto vivido com os conflitos intra e/ou interpessoais, e a oposição e/ou desafio aos adultos.
  • Quanto maior for o nível de saúde mental do adolescente, mais se espera que este seja capaz de arranjar estratégias saudáveis de lidar com a ansiedade, com a angústia e com a fragilização decorrente do processo pelo qual está a passar, permitindo-lhe canalizar estes sentimentos para algo construtivo e criativo, que lhe assegure um crescimento saudável.
A presença destas estratégias ou mesmo o seu sucesso, dependerá da história de vida de cada jovem, da dor mental maior ou menor associada às suas relações primordiais. Se estas relações falharam ou foram insuficientes, a fragilização neste período do desenvolvimento terá um tom ainda mais acentuado, com uma consequente exacerbação dos sentimentos negativos associados, podendo haver o recurso a objetos de substituição, no sentido de procurar um espaço de ilusão onde o alívio desses sentimentos é possível. O haxixe é, junto das camadas mais jovens, a substância ilícita mais consumida e com um início de consumo em idades cada vez mais precoces (F.M.H., 1998; I.D.T., 2001).
  • Apelidada por muitos como “leve”, como se não tivesse efeitos negativos, e sendo aceite como um “mal menor” pela sociedade atual, o haxixe é hoje em dia cada vez mais vulgar e vulgarizado em meios tão preocupantes como as escolas.
Parece ter-se tornado, em conjunto com o álcool, um modo de socialização do grupo de pares, uma espécie de mediador da relação Eu-Outro, estando presente nos hábitos quotidianos de muitos adolescentes.
  • Estes novos hábitos têm consequências no desenvolvimento dos jovens, podendo colocar em risco a sua saúde e bem-estar. Deste modo revelou-se pertinente averiguar o que poderá levar a estes comportamentos de consumo de haxixe, nomeadamente qual o peso que determinadas variáveis têm, no início e na manutenção do consumo desta droga.
Perante isto, o objectivo deste estudo consistiu em fazer uma avaliação da situação acerca dos comportamentos de consumo de haxixe em adolescentes inseridos em meio escolar (ensino básico e secundário), estudar a influência de certas variáveis no início e na manutenção desse consumo (idade, situação familiar, expectativas e grau de influência do grupo de pares) e avaliar a existência ou não de relações entre este consumo e a saúde mental do adolescente.

Em Chefchaouen, Marrocos,
 por todos os lados nos abordam oferecendo haxixe, comida, tapetes, cortinados.

O Haxixe, a cannabis e o seus usos:
  • A cannabis é a substância psicoativa ilícita mais consumida universalmente. É uma planta herbácea originária da Ásia Central, da família das cannabaciae e da ordem das urticales. Foi descrita em 1758 pelo naturalista sueco Karl von Linné sob a designação composta de Cannabis Sativa, que significa “cânhamo cultivado”, e tem sido largamente utilizada pelo homem ao longo de milhares de anos, quer pelas suas propriedades farmacológicas, como também por fornecer uma fibra útil para a tecelagem e as suas sementes serem um bom alimento para os pássaros (Valle, 1966; Grinspoon & Bakalar, 1993).
Ao longo dos séculos, a cannabis esteve sempre ligada quer à religião quer à medicina. Hoje ainda é considerada sagrada em algumas religiões de países da América Central e da Ásia. A primeira prova do uso medicinal da cannabis é um herbário publicado durante o reinado do imperador chinês Cheng Nung há 5000 anos. Antes de se disseminar na sociedade ocidental como uma droga recreativa, era usada como analgésico, antiespasmódico, sedativo, anestésico local e antidepressivo. Recomendava-se o seu uso em afecções tão diversas como reumatismo, malária, insônias ou dores menstruais (Grinspoon et al., 1993).
  • Em 100 anos de investigação foram obtidos a partir da resina do cânhamo indiano, 80 compostos, que constituem a família dos canabinoides. Em 1896, os químicos ingleses Spivey-Wood e Eastenfield (cit. por Godot, 1992) isolaram o “cannabinol”.
No ano de 1964, os trabalhos de Gaoni & Mechoulam (cit. por Richard & Senon, 1995), professores da Universidade Hebraica de Jerusalém, permitiram que o “Tetrahidrocannabinol” (THC) fosse isolado e que, consecutivamente, Isbell (1968) e Hollister (1970) pudessem provar que ele era o agente que induzia os efeitos psíquicos da planta.
  • A cannabis é hoje considerada sobretudo uma substância ansiolítica, que quando consumida em doses elevadas, num contexto particular, e em indivíduos predispostos, pode conduzir a manifestações alucinogênicas (Richard et al., 1995).
Há já alguns anos que duram as polêmicas em seu torno. Apresentada por uns como perfeitamente inofensiva (Michka, 1993; Grinspoon et al., 1993), é vista por outros como eminentemente perigosa, tanto no plano individual, como social (Nahas, 1992). Esta substância pode apresentar-se sob três formas(Grinspoon et al., 1993): 
  • Erva ou marijuana: é uma mistura das extremidades da planta dessecadas e de grãos, e constitui o preparado de base menos rico em THC; 
  • Haxixe: constituído por resina dessecada e comprimida, comercializado a retalho sob a forma de “tabletes”, protegidas da dessecação por uma prata e apresentando uma concentração de THC superior à da marijuana;
  • Óleo: é um líquido viscoso entre o negro e o castanho esverdeado, com um cheiro característico,e que resulta da extração da resina através de um solvente orgânico, tratando-se do preparado mais rico em THC, que oscila entre os 25% e os 60%, consoante a sua proveniência e os cuidados observados na sua preparação.
O haxixe é mais usado nos países ocidentais, preparando-se com ele uma espécie de cigarro de fabrico artesanal, contendo uma mistura de tabaco e haxixe (sendo este previamente aquecido à chama de um isqueiro), enrolado em mortalhas e munido de um filtro muitas vezes fabricado com um cartão maleável (bilhete de autocarro ou de metro). É o chamado “charro”, que é fumado em inspirações longas, denominadas “passas”. Segundo o DSM-IV, os critérios de diagnóstico da intoxicação por cannabis são:

  • Toma recente de cannabis; 
  • Modificações comportamentais inadaptadas, por exemplo: euforia, ansiedade, desconfiança ou delírio persecutório, sensação de alongamento do tempo, alteração do discernimento, isolamento social; 
  • Pelo menos dois dos seguintes sintomas físicos aparecem duas horas após a tomada de cannabis: conjuntivas injetadas, estimulação do apetite, secura bocal, taquicardia; 
  • Não devido nem a perturbação física nem a qualquer perturbação mental.
Os efeitos iniciam-se por um sentimento de bem-estar acompanhado de euforia e risos despropositados ou por vezes, pelo contrário, por sedação ou mesmo letargia, falta de memória, dificuldade em efetuar operações mentais complexas, alterações sensoriais, diminuição das performances motoras e sensação de que o tempo se escoa com maior lentidão. Estes sinais estão, naturalmente, muito relacionados com a quantidade de droga consumida, com a personalidade de cada indivíduo e com o grau de tolerância ao produto. A maioria das pessoas que usam cannabis apresentam algum tipo de efeito desagradável, além dos efeitos relaxantes da droga. 
  • Apesar disto, os consumidores toleram esses efeitos indesejáveis e os próprios companheiros de consumo auxiliam com medidas gerais de apoio que se revelam suficientes. No entanto, algumas pessoas, principalmente aquelas com menor experiência com a droga, podem ficar muito ansiosas pelos seus efeitos, manifestando reações semelhantes a um ataque de pânico (Miller & Branconnier, 1983).
A suspensão brusca do consumo de cannabis, num indivíduo que consome doses elevadas há muito tempo, induz sinais de carência atualmente bem caracterizados. Surgem cerca de 12 horas após a última toma de droga e intensificam-se durante 1 ou 2 dias, antes de desaparecerem espontaneamente num espaço de 3 a 5 dias.
  • Estes sinais caracterizam-se por uma viva ansiedade, acompanhada de irritabilidade, agitação, insônia, anorexia e de uma alteração transitória do estado geral, que se traduz num síndroma semelhante a um episódio de gripe. No conjunto, os sinais fazem lembrar os resultantes da abstinência de consumo prolongado de benzodiazepinas (Richard et al., 1995). O uso crônico da cannabis traz pelo menos os mesmos riscos do que o abuso de álcool (Weintraub, 1995). 
As duas substâncias produzem alteração da coordenação motora e comprometimento mental com relação à memória e à capacidade de planeamento intelectual. Este tipo de comprometimento aumenta os riscos de vários acidentes e do envolvimento em comportamentos de risco, como conduzir perigosamente, sexo sem proteção ou comportamentos anti-sociais.
  • Comparando o uso de cannabis com o uso de tabaco, a British Lung Foundation (cit. por Young, 2002) alerta que, apenas 3 cigarros de cannabis por dia causam os mesmos estragos nas vias respiratórias do que 20 cigarros normais, principalmente devido à maneira como os primeiros são fumados. O fumo é levado mais profundamente para os pulmões e é sustido numa média de 4 vezes mais tempo antes de ser exalado. O fumo da cannabis contém de 50% a 70% mais hidrocarbonetos carcinogênicos do que o fumo do tabaco.
Produz igualmente altos níveis de uma enzima que transforma certos hidrocarbonetos na sua forma cancerígena, níveis estes que podem acelerar as mudanças que irão produzir células malignas.
  • Assim, quer o fumo do cigarro, quer o fumo da cannabis produzem efeitos adversos e distintos nos seus consumidores, dentre eles os efeitos irritativos nos pulmões e os efeitos estimulantes tanto da nicotina como do THC, sendo as alterações cerebrais produzidas pela cannabis mais pronunciadas do que as provocadas pela nicotina (Young, 2002).
É um dado adquirido que o consumo crônico de cannabis altera as faculdades de memorização a curto prazo, de uma forma provavelmente reversível, mas a um ritmo muito lento. As perturbações persistem, em todo o caso, pelo menos durante seis semanas após uma desintoxicação controlada. 
  • Quanto mais tempo a cannabis for usada, mais afetadas ficarão as capacidades mentais. Este tipo de efeito é especialmente preocupante entre os adolescentes, dado que ainda estão numa fase de desenvolvimento físico e psíquico (Schwartz, 1990). Foi descrito um síndroma motivacional, frequentemente observado em adolescentes que eram consumidores crónicos de cannabis (Defer, 1992). Traduz-se por um declínio de interesse pelas atividades diárias em geral, um desinteresse existencial, acompanhado de défice mnésico constante e de embotamento afetivo e intelectual, sendo que o jovem não tem motivação para fazer nada a não ser consumir esta substância.
Existem algumas evidências de que a cannabis possa produzir, em consumidores crónicos e já predispostos, uma psicose aguda denominada “psicose cannábica” com os seguintes sintomas: confusão mental, perda da memória, delírio, alucinações, ansiedade, agitação. Porém, não há dados suficientes que provem que o seu uso possa gerar uma psicose crônica que perdure para além do período de intoxicação (Godot, 1992).
  • Uma das polêmicas que gira em torno desta droga é a de saber se é correto continuar a classificá-la como sendo uma droga ilícita mas leve, tal como o são o álcool e o cigarro, estas de uso lícito e diferenciá-la das drogas ditas pesadas, como a heroína e a cocaína. Segundo Figueiredo (2002), é muito difícil generalizar e categorizar as drogas entre leves e pesadas. 
Deve levar-se em conta os vários aspectos das situações: quem usa a droga, qual a droga usada, em que circunstâncias, a quantidade de droga. Para um dependente de qualquer tipo droga, a sua droga de consumo será o seu maior problema. A autora dá como exemplo um alcoólico, para o qual a cocaína não constitui um risco, sendo as consequências do uso crônico do álcool demasiado severas para ser considerada uma substância leve.
  • Outra das polêmicas é a utilização da cannabis para fins medicinais. O seu uso na medicina perdurou até ao século XX, quando a droga passou a ser consumida apenas para alterar o estado mental do consumidor. Na sua forma fumada, a cannabis não tem aceitação no meio médico. 
No entanto, o THC é fabricado numa pílula, disponível com receita médica e, em alguns hospitais norte-americanos e holandeses, pode ser assim encontrado para uso oral ou intravenoso. Atualmente é utilizado para tratar as náuseas e os vômitos que ocorrem em certos tratamentos do cancro e para ajudar os pacientes com SIDA a comer melhor e a manter o peso (Hollister, 1986).
  • Apesar disto, estudos em animais descobriram que o THC pode destruir as células imunitárias e tecidos do corpo que ajudam a proteger contra as doenças, aumentando assim a probabilidade destas ocorrerem. De acordo com os investigadores, são necessárias mais pesquisas sobre os efeitos secundários do uso da cannabis e dos seus potenciais benefícios, antes de ser utilizada com regularidade no meio médico (National Institute on Drug Abuse-NIDA, 2003).
Mais uma das polêmicas acerca da cannabis é o facto desta ser vista como o início da escalada para drogas mais pesadas por parte de quem a consome. Estudos longitudinais com estudantes, sobre os seus padrões de consumo de drogas, mostram que muito poucos jovens usam outras drogas ilegais sem antes terem experimentado a cannabis (NIDA). Um sujeito que já usou cannabis está mais propenso a experimentar drogas ditas mais pesadas do que um sujeito que nunca experimentou.
  • E isto deve-se não aos efeitos da cannabis em si, mas às circunstâncias: o indivíduo que usa cannabis tem contacto com pessoas que usam drogas e geralmente, que usam outras drogas, para além de frequentar locais de diversão onde faz parte consumi-las. Portanto, o grupo de amigos e os locais que o jovem frequenta, podem influenciar o início do uso de outras drogas. Os estudos mostram também que os adolescentes que começam a fumar cannabis muito cedo têm mais probabilidades de progredir para um uso crônico desta droga (NIDA).
Os adolescentes em geral correm mais riscos ao usar cannabis, pois estão em fase de formação física e psíquica, e o seu uso pode desviar o seu desenvolvimento normal. Existe uma tendência natural, própria da idade, de manifestarem dificuldades de adaptação a um mundo em constante mudança. O uso de cannabis pode exacerbar tais dificuldades.
  • Como Fréjaville e Choquet (1977) alertam, se um jovem resolve os problemas normais da adolescência recorrendo a drogas, corre um sério risco de se tornar num adulto imaturo, voltando novamente a recorrer à droga sempre que se depare com um novo problema.
Uma observação baseada em várias experiências, é a de que é inútil tentar suscitar o medo nos jovens no que diz respeito aos malefícios das drogas. Tanto para o tabaco, como para o álcool e outras drogas, os destinatários da informação parecem pôr rapidamente em jogo os diversos mecanismos de defesa, tornando o empreendimento totalmente ineficaz, talvez porque a eventualidade dos desenlaces dramáticos descritos, parece muito distante e improvável ou talvez porque o emissor da mensagem é suspeito de vários motivos, tornando-se aquela duvidosa (Fréjaville et al., 1977; Carvalho, 1989; Figueiredo, 2002).
  • O consumo de haxixe tem vindo a ganhar cada vez maior número de adeptos junto aos estabelecimentos de ensino, e a este fator não é indiferente a descriminalização desse consumo, como afirma o Chefe do Núcleo de Investigação Policial da PSP/Porto, Comissário Neto. No último ano, a PSP notou uma tendência natural para evidenciar um circuito de haxixe junto das escolas, em particular do segundo ciclo e secundárias. Desde a descriminalização do consumo, encontrar jovens com haxixe é hoje praticamente banal (Pinto, 2003).
A maioria dos jovens fumam haxixe porque os amigos ou os irmãos o usam pressionando-os para experimentar. Outros jovens usam-no porque vêm pessoas mais velhas ou familiares a consumi-lo. Outros podem pensar que está na moda consumir haxixe porque ouvem músicas acerca dele ou o vêm na TV ou em filmes. Alguns adolescentes sentem que precisam dele e de outras drogas para os ajudar a escapar de problemas que têm em casa, na escola ou com os amigos (NIDA).
  • Já que o uso de haxixe pode afetar o pensamento e o julgamento, os consumidores embarcam muito facilmente em comportamentos de risco para a saúde como sejam relações sexuais desprotegidas, expondo-se ao HIV e a doenças sexualmente transmissíveis, gravidez não desejada, condução de veículos sem cinto de segurança ou em grande velocidade.
Num estudo efetuado por Chabrol, Massot, Montovany, Chouicha & Armitage (2002) avaliou-se as ligações entre a frequência e os padrões do uso de haxixe e a dependência e as crenças ligadas ao seu uso, em 163 rapazes e 122 moças, com uma média de idades de 17,5 anos. 33% dos jovens preenchiam os critérios de dependência de cannabis. Expectativas de prazer ou alívio e crenças permissivas, refletindo a percepção do uso de cannabis como sendo livre de riscos, foram altas nos consumidores e, particularmente, em sujeitos dependentes desta droga.

O Haxixe causa muitos efeitos e alguns até variados dependendo do organismo 
daquele que ingere a droga.