terça-feira, 19 de maio de 2015

As Substâncias Químicas Perigosas

Os riscos apresentados pelos produtos químicos dependem de sua reatividade, não sendo possível estabelecer uma regra geral que garanta a segurança no manuseio de todas as substâncias químicas. 

  • Os produtos químicos podem reagir de forma violenta com outra substância química, inclusive com o oxigênio do ar ou com a água, produzindo fenômenos físicos tais como calor, combustão ou explosão, ou então produzindo uma substância tóxica. Na avaliação dos perigos devidos à natureza física, devem ser considerados os parâmetros de difusão (pressão saturada de vapor e densidade de vapor) e os parâmetros de inflamabilidade (limites de explosividade, ponto de fulgor e ponto de autoignição).
As reações químicas perigosas tanto podem ocorrer de forma exotérmica quanto podem provocar a liberação de produtos perigosos, fenômenos que muitas vezes ocorrem simultaneamente. Conforme explica o presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria, para prevenir todos esses perigos devido à natureza química dos produtos, foi publicada a parte da 2 da norma em NBR 14725 – Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Sistema de classificação de perigo. Ele diz que a norma estabelece os critérios para o sistema de classificação de perigos de produtos químicos, sejam elas substâncias ou misturas, de modo a fornecer ao usuário informações relativas à segurança, à saúde humana e ao meio ambiente. Aplica-se a todos os produtos químicos (substâncias químicas puras e suas misturas). Esta parte da norma se aplica a todos os produtos químicos (substâncias químicas puras e suas misturas).
  • A produção e o uso de produtos químicos são fundamentais no desenvolvimento econômico global e, ao mesmo tempo, esses produtos podem representar risco à saúde humana e ao meio ambiente se não forem utilizados de maneira responsável. Portanto, o objetivo primário do sistema de classificação de perigo dos produtos químicos é fornecer informações para proteger a saúde humana e o meio ambiente. Um passo essencial para o uso seguro de produtos químicos é a identificação dos perigos específicos e também a organização destas informações, de modo que possam ser transmitidas aos usuários de forma clara e de fácil entendimento. Por consequência, medidas de segurança podem ser tomadas para minimizar ou gerenciar riscos potenciais em circunstâncias onde possa ocorrer uma exposição.
A Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (UNCED) identificou, em 1992, a necessidade de unificação dos sistemas de classificação de produtos químicos, a fim de proceder a comunicação de seus riscos por intermédio de fichas de informações de segurança de produtos químicos, rótulos e símbolos facilmente identificáveis. Com este intuito, foi criado o Sistema Globalmente Harmonizado (GHS), com o objetivo de aumentar a proteção da saúde humana e do meio ambiente, fornecendo um sistema internacionalmente compreensível para comunicação de riscos, como também facilitar o comércio internacional de produtos químicos cujos riscos foram apropriadamente avaliados e identificados em uma base internacional.
  • Segundo o presidente do Itenac, a NBR 14725 constitui parte do esforço para a aplicação do Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) de informação de segurança de produtos químicos perigosos. “O sistema unificado de classificação de perigos de produtos químicos tem como intuito ser simples e transparente, permitindo uma distinção clara entre as diferentes categorias de perigo, facilitando assim o procedimento de classificação. Para muitas categorias, os critérios são semiquantitativos ou qualitativos, sendo que o julgamento por especialistas é necessário para interpretação de dados com fins de classificação. Os critérios de rotulagem de substâncias e misturas, conforme os critérios de classificação definidos nessa parte da ABNT NBR 14725, encontram-se especificados na ABNT NBR 14725-3”, informa.
A elaboração dessa parte da norma foi embasada nas seguintes premissas básicas do GHS: a necessidade de fornecer informações sobre produtos químicos perigosos relativos à segurança, à saúde e ao meio ambiente; o direito do público-alvo de conhecer e de identificar os produtos químicos perigosos que utilizam e os perigos que eles oferecem; a utilização de um sistema simples de identificação, de fácil entendimento e aplicação, nos diferentes locais onde os produtos químicos perigosos são utilizados; necessidade de compatibilização deste sistema com o critério de classificação para todos os perigos previstos pelo GHS; a necessidade de facilitar acordos internacionais e de proteger o segredo industrial e as informações confidenciais; a capacitação e o treinamento dos trabalhadores; e a educação e a conscientização dos consumidores.

Minamata e a toxicidade do mercúrio no ambiente:
  • O mercúrio metálico é usado na indústria de cloro-álcali para a produção eletrolítica de cloreto e hidróxido de sódio. É usado na produção de equipamentos elétricos e científicos e ainda como catalisador para reações químicas e em termômetros. A substância prateada que se vê nos termômetros é um elemento relativamente comum na natureza. Cientistas estimam que a cada ano a Terra libere naturalmente 30 mil toneladas de mercúrio; os efluentes industriais são outra fonte. O mercúrio metálico é um contaminante que está disseminado no mundo todo, mas a maioria dos episódios de exposição humana envolve uma das formas orgânicas do mercúrio – o metilmercúrio –, principalmente pela ingestão de peixe contaminado. Os problemas ambientais causados pelo mercúrio podem servir para ilustrar três importantes propriedades das substâncias químicas: toxicidade, volume de uso (como uma substância industrial, seu descarte é pouco regulamentado e controlado) e a mobilidade. No caso da mobilidade, deve-se destacar a importância da biotransformação.
Sintomas de envenenamento por metilmercúrio:
  • Os sintomas apresentados pela doença desenvolvida em Minamata foram provavelmente noticiados primeiro em gatos e só depois em humanos. Os sintomas em humanos incluíam degeneração do sistema nervoso com perda da visão, audição, fala e do controle motor, além de sensação de formigamento, fraqueza nos músculos, andar oscilante, visão tunelada, fala embargada e comportamento anormal. Aproximadamente 40% dos indivíduos contaminados morreram. A neurotoxicidade foi a maior preocupação no desenvolvimento de fetos expostos durante a gravidez. Em muitos casos, bebês nascidos de mães que haviam consumido metilmercúrio, principalmente durante o segundo trimestre de gravidez, apresentaram danos, mesmo nos casos em que as mães foram apenas superficialmente afetadas.
Nas crianças, vários efeitos foram observados, como atraso em andar, falar, no aprendizado, disfunção do sistema nervoso e retardo no desenvolvimento mental. Sintomas similares também foram observados em gatos, que apresentaram ainda tremores e comportamento anormal.

Tratamento de envenenamento:
  • A razão para o mercúrio ser um problema se deve a sua afinidade particular com tecidos dos sistemas nervosos periférico e central, conseqüentemente, a exposição ao mercúrio e seu ingresso no organismo podem danificar tais tecidos. A terapia por quelação (um agente quelante é uma substância química com uma “afinidade” particular por metais) é necessária, porque o agente quelante tem a capacidade de retirar o mercúrio ligado aos tecidos nervosos e ao cérebro. Se o envenenamento é detectado imediatamente, o tratamento pode ter sucesso.
Indústria têxtil:
  • Há milhares de anos produzem-se roupas e carpetes, relíquias muito antigas desse tipo de fabricação têm sido encontradas em todo o mundo.
Os fios já eram manufaturados desde 8.000 a.C. e acredita-se que gramíneas e outros materiais vegetais foram as primeiras matérias-primas empregadas na produção de fios para tecidos e roupas. A produção mecanizada de tecidos teve início na Inglaterra, no fim do século XVIII, como parte da Revolução Industrial. Desde essa época, a produção industrial de tecidos tem-se espalhado rapidamente tornando a indústria têxtil um dos maiores empreendimentos do mundo todo. Durante os últimos trinta anos, muitas das indústrias têxteis básicas têm-se instalado em vários países da África e da Ásia. A indústria têxtil inclui fiação, tecelagem, malharia e acabamento de todos os tipos de fibras naturais e sintéticas. O maquinário varia desde as antigas máquinas manuais usadas pela indústria familiar, até as sofisticadas e caras máquinas usadas pelas indústrias modernas.
  • Durante a produção de tecidos os trabalhadores podem ser expostos a uma variedade de produtos químicos, como alvejantes, produtos de lavagem e corantes. Substâncias tóxicas em geral não são empregadas na produção (fiação e tecelagem) de fibras naturais. Entretanto, a exposição à poeira dessas fibras é uma preocupação, o algodão cru pode estar contaminado por dessecantes, desfoliantes e bactérias; já a lã crua pode ser contaminada por pesticidas aplicados às ovelhas como tratamento medicinal.
Efeitos à saúde da população em geral surgem da poeira carregada pelo ar, das emissões de orgânicos voláteis e dos efluentes das indústrias têxteis.

Fontes, exposição e efeitos:
  • Substâncias tóxicas são usadas na fabricação de fibras sintéticas e estão presentes nas etapas de tingimento e acabamento nas indústrias têxteis. Nas etapas de tingimento e impressão os trabalhadores são freqüentemente expostos aos corantes, a uma variedade de ácidos como fórmico, sulfúrico e acético, além de clareadores fluorescentes, solventes orgânicos e fixadores.
Na operação de acabamento os trabalhadores são expostos a agentes que impedem que os tecidos sejam amassados, a retardantes de chama, além de serem ainda expostos a solventes usados para tirar gorduras e manchas.
  • Cuidados especiais devem ser tomados para evitar que essas substâncias entrem em contato com a pele, e medidas adequadas devem ser tomadas para assegurar que não haja escape desse material ou de seus vapores para a atmosfera. Doenças de pele, como dermatite, são comuns entre os trabalhadores das seções de tingimento, branqueamento e acabamento, nas seções de preparação do linho e nas que usam solventes para a produção de fibras sintéticas. Certos corantes e seus intermediários podem causar câncer de bexiga. Eczema ou contaminação por crômio são consequências possíveis do uso de dicromato de potássio ou sódio na indústria têxtil.
Efeitos ocupacionais sobre a saúde incluem bissinose, bronquite crônica, dermatite, câncer de bexiga entre os tingidores e de bexiga e da. A IARC concluiu que o trabalho em indústria têxtil está “possivelmente vinculado ao desenvolvimento de cânceres em humanos” (grupo 2B). (N.T.)

Doença Sintomas:
  • Bissinose Agudo: aperto no tórax, respiração ofegante, tosse
  • Crônico: depois de anos de exposição causa dificuldade de respirar (dispnéia)
  • Bronquite crônica Ataques de tosse
  • Dermatite Inflamação da pele
  • Câncer nasal e de bexiga Hemorragia, desconforto e dor
Diversas substâncias são na utilizadas na indústria têxtil.. Essa exposição pode ocorrer com outros agentes físicos de risco, como: ruído, vibração e calor. Poucos são os dados disponíveis para avaliar as substâncias químicas empregadas, o nível de exposição e o número de trabalhadores envolvidos em processos específicos nos países afetados. Os níveis de exposição e as substâncias químicas usadas em um país podem ser diferentes daqueles observados em algum outro. Em muitos processos, há a possibilidade de usar solventes não-tóxicos, os quais têm pouco ou nenhum efeito sobre a saúde humana e ambiental.
  • Nas tecelagens uma prática disseminada sempre foi descartar na atmosfera os efluentes gasosos carregados de poeira. Nas indústrias têxteis modernas a prática de filtrar e recircular o ar é cada vez mais empregada, embora ela não seja plenamente adotada em alguns países. O controle da emissão de orgânicos voláteis (dos óleos adicionados durante a tecelagem e dos solventes) é bastante precário; esses produtos são usados nas etapas de acabamento e tingimento.
Asbesto e outras fibras:
  • O asbesto é usado extensivamente na construção civil em telhas e material para isolamento térmico (forro), no cimento e no revestimento. Tem ainda aplicação como isolante elétrico e térmico e material à prova de fogo.
Asbesto é o nome geral dado ao grupo de silicatos que ocorrem naturalmente e podem ser separados em fibras flexíveis. A exposição pode ocorrer de forma natural e devido a seu uso industrial. Existem dois tipos de fibras: crisotila e crocidolite. A crisotila (3Mg.2SiO2.2H2O) é a mais importante comercialmente e representa cerca de 90% de todo asbesto usado. A crocidolite (asbesto azul) é composta de pequenas fibras parecidas com hastes e mais perigosa que a fibra de crisotila.

Material - Principal uso ou fonte de emissão:
  • Ácido acético Controle do pH do corante
  • Bifenila Fixação de corante
  • Poeira de algodão Urdidura, tecelagem e fiação
  • Uréia etilênica cíclica Resistência ao amassamento
  • Óxido de decabromodifenila Retardante de chama
  • Fosfato de diamônio Controle de pH
  • Diclorometano Limpeza
  • Dimetilformamida Acabamento
  • 1,3-difenil-2-pirazolina Branqueamento óptico
  • Resina de formaldeído Resistência ao amassamento
  • Ácido fórmico Controle do pH do corante
  • Peróxido de hidrogênio Branqueamento
  • Hipocloritos Branqueamento, pré-tratamento para coloração
  • Monoclorobenzeno Impressão
  • Mordante Tingimento
  • Fenol Impressão
  • Álcool polivinílico Preparação da matéria-prima, mercerização das fibras
  • Acetato de sódio Coloração de poliéster
  • Dicromato de sódio Coloração com crômio
  • Hidróxido de sódio Mercerização e branqueamento
  • Perborato de sódio Agente anti-sujeira
  • Óleo para fiação Lubrificação
  • Amido Agente de preparação para a coloração
  • Corantes sulfurados Coloração
  • Ácido sulfúrico Processo de carbonização
  • Tetracloroetileno Limpeza, coadjuvante no processo de coloração
  • Pirofosfato de tetrassódio Controle de pH do corante
  • Tricloroetileno Limpeza, coadjuvante no processo de coloração
  • Fosfato tris (2,3-dibromopropila) Retardante de chama
  • Corante vat Coloração
A inalação de fibras de asbesto pelos pulmões pode causar danos físicos e está relacionada a uma forma de câncer de pulmão: o mesotelioma.
  • A asbestose é uma doença respiratória caracterizada pela fibrose e calcificação dos pulmões e pode levar ao câncer. A inalação de asbesto deve ser evitada, e pessoas especializadas deveriam ser consultadas para eliminar o uso desses produtos.
Petróleo:
  • O petróleo foi usado por vários séculos em países como Egito, China, Irã e Iraque para aquecimento, iluminação, construção de estradas e prédios.
Hoje, as refinarias de petróleo no mundo produzem mais de 2.500 produtos, incluindo naftas, destilados, combustíveis, asfalto, gás liquefeito de petróleo, parafinas, querosene, combustível para aviação, entre outras variedades de óleos combustíveis e lubrificantes.
  • O petróleo bruto é uma mistura de milhares de hidrocarbonetos diferentes com uma larga faixa de pontos de ebulição. O petróleo contém, ainda, uma variedade de compostos como enxofre, nitrogênio, oxigênio, traços de metais, sais e água. As refinarias de petróleo produzem grande variedade de poluentes aquáticos e atmosféricos, além de diversos resíduos sólidos perigosos. A identidade dos poluentes lançados no ambiente dependerá das atividades e dos processos desenvolvidos e utilizados pela refinaria. Freqüentemente, entre os poluentes emitidos estão todos os produtos destilados da refinaria (combustíveis, óleos, solventes, graxas e asfaltos) e, especificamente, sulfeto de hidrogênio e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), monóxido de carbono, dióxido de carbono e benzeno. 
Uma vez que essas instalações estão com freqüência localizadas em grandes zonas industriais, envolvendo múltiplas instalações petroquímicas, em geral estão relacionadas a contaminações significativas da água e do ar. Moradores das comunidades circunvizinhas às refinarias estão potencialmente expostos à inalação de ar poluído e à ingestão de água poluída. Grandes volumes de resíduos perigosos são gerados e devem ser apropriadamente dispostos ou poderão causar efeitos adversos à saúde pela contaminação do solo e da água subterrânea.
  • Moradores das proximidades de refinarias têm apresentado maior risco de desenvolver sintomas respiratórios (tosse e dificuldade de respirar). Um estudo conduzido nos Estados Unidos sugere um risco elevado de câncer de cérebro para pessoas que vivem próximas a plantas petroquímicas. 
Nesse estudo, o fato de morar próximo a uma planta petrolífera, na Louisiana, por mais de dez anos, também foi associado ao aumento de risco de câncer de pulmão. Nas refinarias de petróleo também está presente grande número de fatores de risco à saúde ocupacional. A exposição ocorre pelo contato com a pele e pela inalação de gases e vapores, sobretudo de hidrocarbonetos, que estão naturalmente presentes no petróleo bruto e também podem ser emitidos durante o processo de refino, ou são formados e emitidos durante o processo. 
  • Compostos gasosos sulfurados, como sulfeto de hidrogênio, dióxido de enxofre e mercaptanas, são emitidos durante os processos de remoção e tratamento de enxofre. A exposição a poeira e fumos se dá quase sempre nas operações de manutenção como limpeza com jato abrasivo, uso de catalisadores e o manuseio de produtos viscosos e sólidos, como betume e coque. As principais substâncias a que os trabalhadores das refinarias estão expostos são apresentadas abaixo.
Na avaliação da IARC a exposição ocupacional em refinarias de petróleo é “provavelmente carcinogênica a humanos” (grupo 2A). (N.T.)

Solventes:
  • Os solventes orgânicos e seus vapores são comumente encontrados nos ambientes. As indústrias os utilizam em larga escala na manufatura de diferentes produtos. Nós também podemos estar expostos aos solventes através do vapor de combustíveis (gasolina, por exemplo), spray de produtos na forma de aerossóis e removedores de tintas. Um bom exemplo de solvente é o benzeno, excelente solvente para látex, que foi usado em larga escala durante todo o século XIX na indústria da borracha.
Na década de 1930, muitos casos de intoxicação envolvendo benzeno ocorreram em indústrias de impressão, onde essa substância era empregada como solvente de tinta. Até hoje o benzeno ainda é usado como solvente, estimando-se que possa atingir 42 milhões de m3/ano. A exposição crônica a benzeno pode causar severos danos à medula óssea e anemia aplástica, sendo também associada a casos de leucemia. É importante lembrar que qualquer solvente é perigoso e que equipamentos de proteção individual (EPI) devem ser usados para manusear esses compostos. Especialistas recomendam observar qual o EPI indicado em cada uso específico.
  • No Brasil, o uso do benzeno vem diminuindo progressivamente, devido a sua proibição como solvente industrial pela Portaria n.3 do Ministério do Trabalho de março de 1982. (N.T.)
Os EPI devem ser utilizados quando outras medidas, como a modificação das práticas de trabalho e o uso de sistemas de ventilação, não são possíveis e/ou estão em implantação. (N.T.)

Material\ Principal uso ou fonte de emissão:
  • Ácido clorídrico Isomerização
  • Ácido fluorídrico Catálise
  • Ácido fosfórico Catálise
  • Ácido sulfídrico ou gás sulfídrico Destilação e craqueamento
  • Ácido sulfúrico Solvente no processamento do petróleo
  • Álcool tert-butil Mistura de gasolina livre de chumbo
  • Alumina Catálise
  • Aminas alifáticas Hidrodessulfurização
  • Aminas aromáticas Antioxidante, catalisador de craqueamento
  • Amônia Destilação, catalisador de craqueamento
  • Asbesto Isolamento
  • Coque Unidade de coqueria
  • Cetonas Solvente
  • Chumbo e seus compostos Dessulfurização
  • Cloreto de alumínio Catálise
  • Compostos de arsênio Petróleo cru, lavador de gases
  • Compostos de vanádio Mistura de gasolina, óleo combustível residual, fluido de limpeza
  • Cobalto e seus compostos Catálise
  • Cobre e seus compostos Catálise, dessulfurização
  • Crômio e seus compostos Catálise, soldagem
  • Fenol Destilação de petróleo, efluente
  • Fumos de betume Carregamento e limpeza de petroleiro
  • Hidrocarbonetos aromáticos Maioria das unidades de processamento
  • Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) Destilação, coqueria, processamento de betume e tratamento de efluentes
  • Níquel e seus compostos Catálise, solda e produtos de combustão
  • Petróleo cru Destilação e unidades de processamento
  • Óleos minerais Unidades de óleos e graxas
  • Óxidos de nitrogênio Chaminés e fornos
  • Paládio Catálise
  • Piche Departamento de betume e operações de carregamento
  • Platina Catálise
Substâncias de origem agrícola:
  • Várias substâncias químicas são empregadas na agricultura, incluindo os fertilizantes nitrogenados e fosforados, pesticidas (usados no tratamento de solo e sementes), os reguladores do crescimento das plantas, desinfetantes e drogas veterinárias (incluindo os antibióticos administrados aos animais no campo e na criação de peixes). Destes, os pesticidas são as substâncias que despertam a maior preocupação com a saúde e com o ambiente. 
Pesticidas são substâncias que controlam ou matam as pestes, que, por sua vez, são organismos que o homem considera que interferem em suas atividades; essa interferência pode estar diretamente relacionada à saúde, à proteção ou à produção dos alimentos ou ainda ao bem-estar. Os pesticidas são venenos, mas têm uma proposta especial: proteger humanos e suas plantações de outros organismos denominados pestes. Entretanto, se os pesticidas forem usados, eles devem ser escolhidos de acordo com sua seletividade, para destruir os organismos-alvo, ao passo que os demais são mantidos intactos.
  • Na realidade, a maioria dos pesticidas não é tão seletiva, e pode ter efeito impactante nos sistemas biológicos se utilizados incorretamente.
Uso de pesticidas:
  • Doenças transmitidas por artrópodes, como os carrapatos, foram um dos maiores problemas enfrentados pelo homem antes do desenvolvimento dos primeiros pesticidas. A malária e outras doenças transmitidas por vetores matam milhões de pessoas todos os anos. A aplicação de pesticidas e a disseminação dos conhecimentos sobre saneamento e saúde têm sido usadas como métodos para controle de vetores em programas de saúde pública no mundo todo. Várias das substâncias utilizadas para esse propósito causaram sérios problemas ambientais e são agora consideradas poluentes ambientais. Por outro lado, elas provavelmente salvaram milhões de vidas ao longo da História.
Os pesticidas são bastante utilizados na agricultura, horticultura, manutenção de florestas e na criação de animais. No entanto, a maior fonte de contaminação por pesticidas resulta de seu uso na agricultura e em programas de saúde pública. Essas substâncias são constantemente usadas de maneira incorreta; isso é mais grave em países onde a legislação, o monitoramento e a fiscalização são inadequados. Alguns pesticidas, como o DDT, têm sido banidos ou tido seu uso restringido em vários países, mas são ainda bastante usados em outros. 
  • Além disso, a maioria dos produtos que contêm os pesticidas como princípio ativo inclui substâncias como solventes e compostos que aumentam a absorção no organismo-alvo. Esses “ingredientes inertes” perfazem a maior porcentagem do produto comercial e seus efeitos adversos podem ser maiores que os dos ingredientes ativos. Os pesticidas podem também conter impurezas, como as dioxinas, em certos herbicidas fenoxiácidos, as quais podem ser mais tóxicas que os próprios pesticidas.
Contaminação do ar, do solo e da água por pesticidas:
  • O ar pode ser contaminado por pesticidas durante as operações de aplicação. A evaporação das gotas durante a aspersão das formulações de emulsões de pesticidas pode resultar na formação de finas partículas que podem ser carregadas pelas correntes de ar por grandes distâncias. 
Isso pode ser confirmado pelos estudos que mostraram a presença de pesticidas em smog urbano. É também comum em alguns países a prática da dedetização de residências com pesticidas para o controle de vetores transmissores de doenças; nesses casos o pesticida evapora-se no interior das casas e pode ser inalado pelos moradores. Poderá ocorrer a absorção pela pele também pelo contato com superfícies tratadas, ou a ingestão pelo consumo de alimentos contaminados.
  • O solo pode ser deliberadamente tratado com pesticidas para controle de insetos e nematódeos. Além disso, grande parte dos pesticidas aplicados na lavoura não atinge o organismo-alvo e cai na superfície do solo. Alguns pesticidas, principalmente os organoclorados, são persistentes no solo por anos. 
A água pode ser contaminada por pesticidas quando ocorre aplicação excessiva, derramamento acidental de formulações ou na aplicação destes no controle de ervas daninhas próximas de rios ou de lagoas. O aporte de pesticidas a corpos d´água pode resultar na contaminação de água potável.

As soluções para proteção contra emergências nucleares, biológicas e químicas não apenas limitam-se ao uniforme ou EPI (Equipamentos de Proteção Industrial)

Exposição humana a pesticidas:
  • Em alguns países, há pouca recomendação ou controle sobre a estratégia de aplicação dos pesticidas; freqüentemente, são aplicados poucos dias ou mesmo poucas horas antes de a colheita ser feita. Nessas situações os produtos podem conter resíduos que levariam a alta exposição caso fossem consumidos logo depois da colheita. Em alguns países esse problema é ainda maior porque vários vegetais são cultivados em pequenas propriedades, próximas das cidades, e seguem das colheitas direto para os mercados, sendo submetidos a processos de lavagem inadequados. Algumas vezes são tratados com pesticidas nos próprios mercados para controlar as moscas.
Além da contaminação direta causada pela aplicação de pesticidas em culturas alimentícias, há várias outras maneiras pelas quais os alimentos podem ser contaminados. Por exemplo, a carne pode conter altos níveis de pesticida porque eles se concentram em certos tecidos, quando o gado é submetido a banhos para o controle de vetores. Tratamentos com pesticidas para prevenir perdas durante a armazenagem ou o transporte de alimentos também são um risco de contaminação. As perdas causadas por artrópodes e roedores podem ser extremamente significativas, e é comum tratar as colheitas com pesticidas, algumas vezes indiscriminadamente, para evitar que as perdas ocorram. Os alimentos tratados dessa maneira podem conter altas concentrações de pesticidas. Em períodos de escassez de alimentos, são vários os relatos de intoxicação, acidental ou intencional, de animais domésticos e pessoas pela ingestão de sementes tratadas com pesticidas.
  • Vários países têm legislação relativa à contaminação alimentar e os produtos são avaliados regularmente, sejam os de produção local, sejam os importados. Em países onde problemas com pragas são muito grandes há pouca legislação/fiscalização, e o uso de pesticidas próximo à época de colheita é comum.
O envenenamento agudo por pesticidas é problema de ocorrência mundial, com uma estimativa global de 1 a 3 milhões de casos por ano. As taxas de mortalidade variam de 1% a 9% dos casos tratados e estes dependem da disponibilidade de antídotos e da qualidade dos serviços médicos prestados. O envenenamento intencional (principalmente nos casos de tentativas de suicídio ou suicídio) representa grande proporção dos casos de contaminação por pesticidas em alguns países. Os pesticidas estão facilmente disponíveis nas residências e podem se tornar o método escolhido por um indivíduo com intenções suicidas.
  • A maioria dos casos de envenenamento não-intencional por pesticidas ocorre entre os trabalhadores rurais e seus familiares. A exposição ocorre primeiro durante o preparo da mistura e sua aplicação, quando esta é feita por aeronaves, ou ainda durante a entrada em lavouras previamente tratadas com pesticidas. A exposição ocupacional aguda pode ocorrer durante a produção, formulação, embalagem e o transporte dos pesticidas. Os efeitos agudos associados à elevada exposição ocupacional por pesticidas incluem queimadura química dos olhos, danos à pele, efeitos neurológicos e hepáticos. Suspeita-se que a exposição crônica leve a problemas reprodutivos e aumento no risco do desenvolvimento de câncer, efeitos neurológicos e psicológicos, além de efeitos sobre o sistema imunológico.
Vários casos de envenenamento por pesticidas ocorrem com crianças que têm acesso a embalagens de pesticidas, abertas e guardadas em casa. Episódios de envenenamento em massa pelo consumo de alimentos contaminados com pesticidas têm ocorrido e resultado em inúmeras mortes. Em alguns casos, o alimento havia sido contaminado com o pesticida durante o armazenamento ou o transporte, ao passo que em outros casos houve o consumo de sementes tratadas com fungicidas e reservadas para o plantio.

Fontes urbanas de contaminação por substâncias químicas:
  • Sabe-se há centenas de anos que a atividade humana e a urbanização podem causar poluição atmosférica. De fato, a poluição do ar sem dúvida teve seu início quando o homem começou a usar a madeira para aquecimento e para cozinhar. Várias cidades em todo o mundo estão enfrentando agora os problemas de contaminação do ar causados pela industrialização e pela urbanização. Hoje, várias são as fontes que contribuem para os problemas por todo o mundo e os principais contaminantes, e sua importância relativa, variam grandemente de uma cidade para outra. Centros industriais dentro das cidades são às vezes as fontes mais importantes, ao passo que os congestionamentos, a manutenção ineficaz dos automóveis e os altos níveis de chumbo adicionados à gasolina também contribuem para aumentar os problemas de poluição. 
Frequentemente, estações termelétricas onde são queimados carvão e petróleo com altos teores de enxofre são fontes importantes. Em algumas cidades, o uso de carvão e madeira como combustível doméstico para aquecimento e cocção, além de ser uma fonte de poluição ambiental, é a causa de problemas respiratórios em crianças e idosos.

Fontes naturais de poluição atmosférica:
  • Várias substâncias e poluentes são formados e emitidos naturalmente pela crosta terrestre. Por exemplo, a erupção de vulcões emite material particulado e poluentes gasosos, como dióxido de enxofre, gás sulfídrico e metano. A queima de florestas contribui para a poluição do ar devido à emissão de fumaça, fuligem, produtos da combustão incompleta de hidrocarbonetos, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e cinzas. O material particulado do spray marinho, esporos de bactérias, pólen e poeira de ressuspensão de solo são outras fontes de poluição natural do ar. Plantas e árvores também são fontes de hidrocarbonetos; a neblina azul sobre as florestas de áreas montanhosas é proveniente, principalmente, de reações dos compostos orgânicos voláteis produzidos pela vegetação.
Em janeiro de 1986, foram registrados mais de 96 ataques de asma em Barcelona, Espanha; 10% dos casos necessitaram de tratamento intensivo e 2% dessas pessoas morreram. Depois de uma análise epidemiológica extensiva, considerou-se que a causa do episódio foi a poeira de soja que havia sido descarregada no porto de Barcelona.

Combustíveis fósseis como fonte de contaminação atmosférica:
  • A queima de combustíveis fósseis para aquecimento doméstico, geração de energia, transporte e processos industriais, contribui como a principal fonte antropogênica de emissão de poluentes para a atmosfera, em áreas urbanas. Tradicionalmente, os poluentes atmosféricos mais comuns no ambiente urbano incluem: os óxidos de enxofre (SOx, em especial o dióxido de enxofre (SO2)), os óxidos de nitrogênio (NO e NO2, em geral denominados NOx), monóxido de carbono (CO), ozônio (O3), material particulado em suspensão (MPS) e chumbo (Pb).
Atividade:
  1. Plantas usadas na geração de eletricidade (por exemplo, plantas que geram energia pela queima de carvão)
  2. Combustão de óleos
  3. Queima doméstica de combustíveis sólidos (carvão e madeira)
  4. Combustão de óleo diesel
  5. Veículos que usam gasolina
  6. Fumaça de cigarro
Poluente atmosférico:
  1. SOx, NOx (NO e NO2), Particulado primário: cinza e fuligem Particulado secundário: aerossol de nitrato e sulfato
  2. SOx e fuligem
  3. SOx, fuligem (smog), cinza
  4. SOx, NOx e fuligem
  5. NOx, CO, Pb (se Pb é usado no combustível) e Hidrocarbonetos
  6. Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e outros
Ozônio como fonte de poluição atmosférica:
  • Apesar de a diminuição de ozônio ser uma preocupação nas camadas superiores da atmosfera (estratosfera (N.T.)), nos níveis inferiores (troposfera) o problema inverso (níveis excessivos de ozônio) pode ocorrer sob determinadas condições de poluição atmosférica urbana. O ozônio é um oxidante fotoquímico e é formado na camada inferior da atmosfera na presença de NOx, hidrocarbonetos e compostos orgânicos voláteis (COVs). Temperaturas atmosféricas acima de 18ºC aliadas à luz solar em abundância podem catalisar algumas reações. Os COVs podem ser emitidos por diversas fontes incluindo emissão veicular, produção e uso de substâncias orgânicas (como solventes), transporte e uso de petróleo bruto, uso de gás natural e em menor proporção em locais para disposição de resíduos e estações de tratamentos de efluentes. Cidades com clima quente e ensolarado e tráfego intenso de veículos tendem a estar especialmente propensas à formação de ozônio e de outros oxidantes fotoquímicos a partir dos precursores emitidos.
Altas concentrações de ozônio próximas à superfície da Terra apresentam toxicidade a plantas (fitotoxicidade) e causam problemas respiratórios em pessoas idosas e asmáticas.

Variações na poluição atmosférica:
  • As contribuições relativas das fontes móveis e estacionárias da emissão de poluição atmosférica diferem sensivelmente entre as cidades e dependem da frota de veículos (leves e pesados), da densidade veicular (veículos/habitantes) e do tipo de indústria presente. Cidades na América Latina, por exemplo, têm maior densidade de veículos que em outras regiões em desenvolvimento, e por isso apresentam alta contribuição de óxidos de nitrogênio provenientes de motores de veículos na poluição urbana. A contribuição da emissão veicular é proporcionalmente menor em cidades com menor frota de veículos e localizadas em regiões temperadas, que dependem de combustíveis de carvão ou de biomassa para aquecimento doméstico (por exemplo, em algumas cidades da China e em algumas partes do Leste Europeu). Vale também mencionar que em alguns países a frota de veículos tende a ser mais velha e a receber uma manutenção deficiente, fatores que aumentam significativamente a potencialidade dos veículos como emissores de poluentes.
Além dos mais comuns ou “tradicionais” poluentes atmosféricos, grande número de substâncias químicas tóxicas e carcinogênicas vem sendo cada vez mais encontrado na atmosfera urbana, embora em baixas concentrações. Exemplos incluem metais (berílio, cádmio e mercúrio), substâncias orgânicas em nível de traços (benzeno, dibenzo-dioxinas policloradas e dibenzo-furanos, formaldeído, cloreto de vinila e os HPAs) e fibras (asbesto). 
  • Tais substâncias são emitidas por diversas fontes, incluindo incineradores de resíduos, estações de tratamento de esgoto, processos industriais, uso de solventes (por exemplo, na lavagem de roupas a seco), materiais de construção e veículos automotores.
Resíduos líquidos e sólidos:
  • Em muitas cidades do mundo, os efluentes domésticos e industriais são lançados sem tratamento diretamente nos corpos d’água. As substâncias perigosas usadas nas residências ou as industriais são encontradas em ambientes aquáticos, causando danos ao ecossistema e contaminando mananciais que fornecem água para abastecimento público. Por exemplo, a cidade de Bucareste, na Romênia (população de 2 milhões de habitantes), não tem estação de tratamento de efluentes e a totalidade dos efluentes é lançada no rio Danúbio.
Resíduos químicos perigosos provenientes das indústrias são com frequência lançados em aterros parcamente preparados e gerenciados com pouca ou nenhuma separação dos resíduos tóxicos. Essa prática resulta na contaminação de solo, água e ar. A disposição de resíduos líquidos, como os corantes, é também um problema particular em alguns países.

Derramamento acidental de substâncias tóxicas:
  • Acidentes durante a produção ou o transporte de substâncias perigosas têm contribuído para a contaminação de água, solo e ar, além de causar efeitos adversos à saúde humana. Acidentes como explosão, incêndio e colisão de veículos de transporte podem levar à liberação de vários produtos potencialmente perigosos no ambiente. Uma vez que isso ocorra, os trabalhadores e a população em geral estão sujeitos à exposição. A freqüência com que esses episódios ocorrem e a sua gravidade são alarmantes.
A maioria dos acidentes com substâncias químicas ocorre por negligência, assim como engenheiros incapacitados, operadores sem treinamento adequado ou falta de comunicação podem também contribuir para que ocorram fatalidades. Para evitar acidentes, é importante que as indústrias forneçam treinamento apropriado para o pessoal envolvido em processos industriais perigosos. A seguir apresentamos alguns dos maiores acidentes já ocorridos.

Ano:
  1. 1974
  2. 1976
  3. 1979
  4. 1984
  5. 1984
  6. 1986
  7. 1986
Natureza do acidente:
  1. Explosão de uma planta química e vazamento de ciclohexano
  2. Vazamento de 2,3,7,8- tetracloro-dibenzo-p-dioxina
  3. Descarrilamento de trem e vazamento de gás cloro
  4. Explosão de petróleo líquido
  5. Vazamento de isocianato
  6. Incêndio em fábrica de pesticidas
  7. Explosão de uma planta nuclear
Local:
  1. Flixborough, Inglaterra
  2. Seveso, Itália
  3. Mississauga, Canadá
  4. Cidade do México, México
  5. Bhopal, Índia
  6. Basel, Suíça
  7. Chernobil, Ucrânia
Impacto:
  1. 28 mortes
  2. Cloroacne em humanos, muitas mortes de animais aquáticos e terrestres
  3. Evacuação de 200 mil pessoas 
  4. 500 mortes, 5 mil feridos 
  5. 2.500 mortes, 200 mil feridos
  6. Danos ecológicos no rio Rhine 
  7. Mil mortes, desastre ecológico extenso
Substâncias Químicas