quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Entraves para a Eficiência Energética

Barreiras à eficiência energética em setores residenciais e industriais.

Para identificar as barreiras que impedem os potenciais de eficiência se tornarem efetivos foram entrevistados profissionais de vários setores industriais que trabalham com consumo de energia. Os resultados destas entrevistas permitiram identificar problemas específicos de cada setor e evidenciar que médias e grandes empresas possuem necessidades diferenciadas. Como síntese, as barreiras mencionadas pelos entrevistados nos diversos setores industriais analisados apontam, de maneira mais recorrente:
  • Legislação desfavorável a investimentos industriais em energia; 
  • Ausência ou não adequação das linhas de financiamento para ações de eficiência energética; 
  • Racionalização do uso de energia compete com outras prioridades de investimento; 
  • Necessidade de capacitação de pessoal para identificar oportunidades de eficiência energética e para fazer a gestão dos projetos que se mostrarem viáveis; 
  • Aversão a riscos técnicos decorrentes de novas tecnologias que consumam menos energia. 
  • A identificação das barreiras aponta oportunidades de atuação para que o mercado de eficiência energética industrial se torne mais dinâmico. Como por exemplo: 
  • Maior difusão de informações de financiamento e ajustes na metodologia de concessão 
  • de créditos; 
  • Disponibilizar capacitações para que profissionais da indústria identifiquem oportunidades de eficiência energética e consigam transformá-las em oportunidades de ganho; 
  • Incentivos a projetos pilotos para demonstração de tecnologias inovadoras; 
  • Revisão da legislação visando incentivar projetos industriais de geração de energia; 
  • Acesso direto da indústria a recursos de fundos de financiamento de projetos de eficiência energética. 
Identificadas as barreiras e as oportunidades para uma efetiva ação em eficiência energética, a observação e a análise poderão contribuir na configuração da melhor estratégia para as condições brasileiras.Os altos custos associados às tecnologias mais eficientes e a falta de capital para investimento em EE, especialmente para os consumidores residenciais, podem ser considerados uma barreira de cunho financeiro à difusão de produtos mais eficientes e à GR.
  •  Embora estes investimentos inicialmente mais altos sejam compensados pela economia de energia obtida ao longo do uso do equipamento, muitos consumidores não estão conscientes desses benefícios ou, mesmo que tenham a informação, preferem comprar um produto que tenha um custo inicial mais baixo, pois possuem uma visão de mais curto prazo. Isto porque a lógica do mercado competitivo geralmente enfatiza objetivos de curto prazo, destacando economias imediatas e retornos mais rápidos, em detrimento da priorização da EE e gestão da demanda. Para que ocorra uma redução nos custos, é necessário que haja um aumento na demanda por produtos mais eficientes, a fim de se obter os benefícios de economias de escala (VINE et al, 2003). 
A obtenção de informação confiável com relação às medidas de EE em geral é bastante custosa, e o acesso limitado a financiamento e subsídios para investimentos em eficiência é também um problema (LI e COLOMBIER, 2009). Por outro lado, há uma grande aversão ao risco por parte dos financiadores, pois, no caso das fontes renováveis de energia, por exemplo, o custo de produção é alto, o mercado ainda não está bem consolidado, a tecnologia muitas vezes não está difundida e a escala de produção é reduzida (COSTA E PRATES, 2005). Com relação aos preços de energia, tarifas que não refletem os custos marginais, subsídios à energia e a fixação dos valores por agências do governo podem impedir investimentos em EE e desencorajar a conservação de energia (JANNUZZI e SWISHER, 1997).
  • As barreiras econômicas acima citadas podem ser superadas principalmente - mas não somente- pelos mecanismos de mercado, os quais fornecem auxílio financeiro para arcar com os altos custos iniciais. Além disso, instrumentos políticos (instrumentos fiscais, por exemplo) que incentivem o aumento do preço da energia convencional ou a redução do preço da energia proveniente de fontes alternativas, em um mercado em que a demanda seja elástica ao preço, são importantes formas de incentivar a superação dessas barreiras. 
Medidas políticas que estimulem bancos comerciais a se envolverem em projetos de construção eficiente ou de instalação de sistemas de suprimento de energias renováveis a taxas de juros reduzidas são também fundamentais (LI e COLOMBIER, 2009), assim como instrumentos de informação que permitam aos consumidores e investidores avaliarem os benefícios futuros obtidos com os investimentos em alternativas eficientes, mesmo que inicialmente estes sejam mais caros (ÜRGE-VORSATZ et al, 2007). Mecanismos regulatórios que estabeleçam padrões mínimos de desempenho energético e programas de etiquetagem podem, por sua vez, aumentar a penetração de produtos mais eficientes no mercado, reduzindo custos de produção e também custos de obtenção de informação. As compras cooperativas, desenvolvimento das ESCOs e Programas de Gestão da Demanda são também formas de reduzir as barreiras econômicas e de mercado (VINE et al, 2003), assim como o apoio a P&D, ao estimular o desenvolvimento tecnológico e a redução de custos dos equipamentos e tecnologias mais eficientes (IPCC, 2007). 

Informação:
  • A carência de informações sobre as opções existentes, os potenciais de economia e os benefícios, é uma das principais barreiras à promoção da EE e GR em edificações (DERINGER; IYER e HUANG, 2004). Consumidores e outros atores muitas vezes não possuem tempo ou não podem arcar com os custos da obtenção de informações sobre possibilidades de investimento em EE e novas alternativas de geração de energia, desconhecendo oportunidades de melhoria no consumo (VINE et al, 2003). Além disso, a falta de informações detalhadas sobre sua utilização de energia impede que alguns consumidores façam um melhor uso dos recursos energéticos. 
Campanhas informativas (IPCC, 2007), programas de etiquetagem de equipamentos e de edifícios, auditorias energéticas e centros de informação locais (WEC, 2008), além do desenvolvimento das ESCOs (VINE et al, 2003), são algumas das formas de superar a barreira de falta de informação. Agências de energia em níveis local e regional são também meios de se promover as fontes de energia renováveis, pois contribuem para informar, educar e treinar comunidades locais (COSTA E PRATES, 2005). Por fim, a falta de conhecimento sobre o próprio consumo poderia ser em parte superada se fossem utilizados medidores inteligentes, que permitissem ao usuário ter informações mais detalhadas sobre o uso energético e sobre as possibilidades de economia de energia, principalmente em residências (ÜRGE-VORSATZ; CZAKÓ E KOEPPEL, 2007).

Entraves para a Eficiência Energética

Regulatórias e Institucionais:
  • A implementação de medidas de EE e a consideração de novas alternativas de geração de energia (PIR) exigem um contexto institucional e legal apropriado (JANNUZZI e SWISHER, 1997). Barreiras regulatórias envolvem a falta de interesse do governo ou a limitação de recursos,aplicação insuficiente das políticas, prioridade em expandir a oferta sem considerar opções de redução na demanda e a falta de políticas energéticas locais e nacionais propriamente ditas (UNEP, 2012).
A carência de estruturas legais que garantam o acesso das energias alternativas à rede é considerada um obstáculo à expansão dessas fontes, visto que os custos de conexão são altos para pequenos produtores independentes e o fornecimento muitas vezes é intermitente (COSTA E PRATES, 2005). A capacidade institucional em pequenas e médias cidades e incertezas regulatórias, que mantém os custos associados aos investimentos elevados, são também obstáculos ao aumento da EE e da geração renovável (LI e COLOMBIER, 2009). 
  • Para a superação das barreiras regulatórias, a implementação de mecanismos de regulação é necessária, a fim de criar um ambiente regulatório e institucional favorável a investimentos em EE e GR (IPCC, 2007).
Tecnológicas:
  • A indisponibilidade de novas tecnologias para produção e conservação de energia em algumas regiões pode prejudicar a adoção de medidas de mitigação de GEE (IPCC, 2007), como ações voltadas para a EE e geração alternativa. Mesmo quando os produtos forem importados, a assistência técnica tem de estar disponível nacionalmente. Além disso, a má qualidade da rede elétrica pode interferir no bom funcionamento das tecnologias eficientes (JANNUZZI e SWISHER, 1997; RICKERSON et al, 2012). 
Incentivos a P&D, treinamentos e capacitação são formas de superar o problema técnico/tecnológico. Para se chegar à fase de plena comercialização da nova tecnologia, é necessário que a indústria esteja preparada para dar suporte e esteja em consonância com os objetivos traçados (COSTA E PRATES, 2005). Mecanismos de financiamento e iniciativas de compras de produtos mais eficientes (compras regulamentadas e aquisições cooperativas) contribuem para alavancar o desenvolvimento e a disponibilidade de tecnologias mais avançadas VINE et al, 2003; IWARO e MWASHA, 2010). A implementação de medidas regulatórias, como padrões de desempenho e etiquetagem, também é uma maneira de estimular a entrada de equipamentos mais eficientes no mercado e permitir o desenvolvimento tecnológico (ÜRGE-VORSATZ; CZAKÓ e KOEPPEL, 2007).

Mecanismos de Incentivo:
  • Os mecanismos de incentivo à EE pelo lado da demanda podem ser divididos em quatro categorias: regulatórios e de controle; econômicos e de mercado; incentivos fiscais e instrumentos de suporte à informação. A efetividade destas medidas é variável de local para local, dependendo em grande parte das barreiras existentes onde forem aplicadas (ÜRGE-VORSATZ; CZAKÓ e KOEPPEL, 2007). 
Os instrumentos políticos podem ser divididos também em duas categorias mais gerais: mecanismos de oferta, que promovem ajudas adicionais ao setor privado para desenvolver um processo (como os subsídios e incentivos fiscais) e os mecanismos de demanda, que atuam de forma a influenciar o mercado e os produtos por meio da demanda (por exemplo, os padrões mandatórios) (ASCHHOFF e SOFKA, 2009). Cada mecanismo apresenta diferentes vantagens e desafios associados, os quais devem ser levados em consideração no delineamento de políticas específicas para incentivo à EE que façam uso destes instrumentos. 
  • Dada a variação da efetividade e dos resultados obtidos conforme o local em que o mecanismo é implementado, é importante entender algumas particularidades e diferenças (econômicas, políticas, culturais e ambientais) entre Brasil e Alemanha para fazer uma avaliação mais adequada sobre a aplicação dos instrumentos de incentivo no caso brasileiro.
Mecanismos de Regulação e Controle:
  • Os instrumentos regulatórios e de controle podem ser definidos como “leis e regulamentos que definem certos padrões, práticas ou desenhos para aumentar a EE” (HARRY, 2005) e são direcionados para promover uma mudança comportamental (VINE et al, 2003). Tais instrumentos são introduzidos quando se reconhece que falhas de mercado não permitem que instrumentos econômicos por si só alcancem objetivos de política energética ou ambiental (WEC, 2008). 
Dentre os mecanismos desta categoria, pode haver ainda uma subdivisão, classificando-os em regulatório-normativos e regulatório-informativos (ÜRGE-VORSATZ; CZAKÓ e KOEPPEL, 2007). Esta classificação é interessante, pois permite diferenciar aqueles que impõem uma restrição aos produtores com relação ao desempenho mínimo exigido (normativos) daqueles que têm como exigência somente a divulgação de determinada informação com relação ao desempenho energético, visando apenas a informar o consumidor, que poderá fazer uma comparação com equipamentos mais ou menos eficientes e optar (ou não) pelo de menor consumo de energia. A seguir serão listados os principais mecanismos de regulação e controle (com foco nos que são atualmente aplicados no Brasil e/ou na Alemanha).

​​Barreiras de Ar & Vapor:
  • Barreiras de ar são um componente essencial de um envelope edifício com bom desempenho. Eles são a primeira linha de defesa para manter a eficiência energética e melhorar a qualidade do ar interior. Como a umidade e filtro de ar em um edifício, a sua integridade estrutural começa a deteriorar-se , resultando em um desempenho ruim da envolvente do edifício . A entrada inesperada de ar através do invólucro do edifício traz umidade , o que pode estimular o molde e ferrugem na estrutura do edifício e causar maior consumo de energia. 
O Departamento de Energia dos EUA afirma que até 40 % da energia para aquecimento e arrefecimento podem ser perdidos através deste movimento de ar não controlada , aumentando o consumo de energia e custo. A melhor prevenção é a concepção de um invólucro hermético edifício , composto por material de barreira à umidade e do ar instalado corretamente e qualidade superior . 
  • Com um longo histórico de desempenho comprovado em projetos de alto perfil em todo o mundo , os produtos da barreira de vapor do ar e Grace estão entre o melhor em proteção contra a entrada de umidade em estruturas de edifícios. O portfólio de produtos barreira Perm -A- Barrier ® Graça , o ar é composto por membranas totalmente aderiram estão disponíveis como fluidos e as camadas de aplicação ; permeável e impermeável .
Nosso portfólio abrangente oferece aos designers e instaladores podem escolher o melhor produto para o trabalho. Uma parte dos produtos de barreira de ar da graça também são resistentes ao fogo, permitindo que designers para especificar os conjuntos de parede que não só são eficientes em termos energéticos , mas também satisfazer os requisitos de teste da Associação Nacional de Bombeiros Proteção contra Incêndios ( NFPA) 285, como parte de vários conjuntos de parede , com ou sem isolamento de espuma de plástico. 
  • A instalação adequada é outro requisito fundamental para o bom desempenho das paredes. Graça tem desenvolvido uma série de desenhos detalhados e manuais de referência para facilitar a instalação adequada de seus sistemas de acondicionamento edifícios. Nós também oferecemos programas de treinamento para os aplicadores de demonstrar detalhes adequados para aplicações de Perm -A- Barrier ® e permitir a prática real . Além disso , Grace fornece Perm -A -View ™ , uma modelagem higrotérmico arte da parede serviço para ajudar os clientes a identificar os produtos mais adequados para cada projeto específico, o projeto da parede , exigências climáticas e outras considerações design.​​​

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