terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Trifolium pratense - Trevo vermelho

Trifolium pratense - Trevo vermelho

  • Da família das fabaceae, também conhecida como Pé-de-lebre; Trevo-comum; Trevo-dos-prados; Trevo-ribeiro; Trevo-roxo; Trevo-violeta. É utilizado na alimentação de animais domésticos. Há mais de 240 espécies do gênero, crescendo em solos arenosos, levez, nos campo e campinas. As folhas, são divididas em três folíolos. Os capítulos têm forma oval, com cerca de 2,5 centímetros de comprimento e flores que vão do vermelho ao púrpura. 
O trevo-vermelho (Trifolium pratense) é uma planta medicinal também conhecida como trevo-comum, trevo-do-prado, trevo-roxo, trevo-violeta, trevo-trifoliado, trevo-de-vaca, red clover (inglês), dentre outros nomes populares. Pertence a família das Leguminosas.
  • Na antiguidade, o trevo-vermelho era chamado de triphyllon, que significa três folhas. Este termo também relaciona ao nome comum que significa “três-copado”. Era dito que as três folhas correspondiam às deusas de tríade na mitologia grega. Posteriormente, o trevo passou a significar a Trindade no Cristianismo. A espécie Trifolium pratense faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. 
As flores secas do trevo vermelho são usadas na medicina tradicional para tratar um grande espectro de doenças: acredita-se que a planta purifica o sangue promovendo a produção de urina e muco, melhorando a circulação e estimulando a secreção da bile. Pomadas do trevo vermelho foram usadas topicamente para acelerar a cicatrização de feridas e para tratar a psoríase, eczema, e pruridos. As queixas respiratórias são tratadas com uma infusão das flores e fomentações e cataplasmas foram usados como tratamento tópico para crescimentos de tumores cancerígenos.

Composição Química:
Principios Ativos: 
  • Isoflavonas, flavonóides, cumarínicos, mucilagens, óleos essenciais, saponinas e derivados cumáricos. 
O trevo vermelho (Trifolium pratense L.) é uma importante leguminosa forrageira, que contém as isoflavonas daidzeína, genisteína, formononetina e biochanina A, sendo as duas últimas encontradas em maiores concentrações na planta. Estes compostos têm recebido muita atenção atualmente devido aos seus possíveis benefícios à saúde humana. 
  • Este trabalho teve como objetivo a determinação e validação de método de análise de isoflavonas (daidzeína, genisteína, formononetina e biochanina A) de extratos de folhas de trevo vermelho por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), e identificação e quantificação destas isoflavonas por CLAE de extratos de folhas de 39 acessos Trifolium pratense obtidos no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 
O método foi validado nos seguintes parâmetros: linearidade, repetibilidade, precisão intermediária, exatidão, especificidade, limites de quantificação e detecção e robustez. As amostras foram preparadas a partir de folhas secas (FS) e trituradas, que foram submetidas à hidrólise. A análise das amostras foi realizada por CLAE fase reversa, sistema gradiente (acetonitrila:água) e comprimento de onda de 260nm. 
  • O teor de isoflavonas nos 39 acessos analisados, expressos em μg/g de FS ± desvio padrão (%), variaram de 4, 26 ± 3, 52 a 102, 91 ± 7, 96 para daidzeína; 9, 52 ± 6, 41 a 334, 80 ± 5, 98 para genisteína; 452 ± 1, 53 a 28.548, 65 ± 3, 04 para formononetina; e 2.199, 02 ± 3, 61 a 15.670, 39 ± 1, 41 para biochanina A. O método foi considerado validado para todos os parâmetros propostos. 
O resultado do doseamento é importante, pois nos mostra que é possível escolher acessos com menores teores de isoflavonas para a utilização da planta como forrageira e acessos que possuem teores de isoflavonas maiores para utilização como fonte de produção de isoflavonas. (PIBIC).

Retusin (Isoflavona)

Uso Medicinal:
  • O Trifolium pratense ajuda a eliminar ácido úrico do corpo, o que o torna útil para o tratamento da gota, vez que o excesso de ácido úrico no corpo causa a formação de cristais nas articulações. Contudo, mesmo com essa capacidade de eliminar toxinas do organismo, o trevo pode diluir o sangue e, portanto, não deve ser utilizado sem supervisão médica. O trevo-vermelho é rico em importantes nutrientes, incluindo o cálcio, crómio, magnésio, niacina, fósforo, potássio, tiamina e vitamina C.
O trevo-vermelho é rico em compostos bioativos, que podem ajudar a combater os sintomas da menopausa, equilibrando os hormônios do corpo da mulher. Estudos preliminares sobre o trevo-vermelho não são conclusivos sobre a eficácia da planta para combater os “calores da menopausa” ou outros sintomas, apesar de que não foram relatados efeitos adversos para este fim.
  • As flores e folhas da trevo-vermelho concentram as propriedades medicinais da planta. Também é usado para ajudar a acalmar tosses, reduzir inflamações de pele e melhorar a saúde em geral. Em forma de cataplasma para queimaduras, feridas, tumores e picadas de inseto. Sob forma de compressas para dores artríticas e gota. Unta para inchaço linfática. Colírio para conjuntivite. Ducha para vaginite.
Regulador hormonal:
  • O trevo vermelho é considerado uma das fontes mais ricas de isoflavonas (produtos químicos que atuam como estrogênios). Responsáveis por baixar o colesterol, melhorar a produção de urina e melhorar a circulação do sangue. É também usado para ajudar a prevenir a osteoporose, reduzir a possibilidade de formação de coágulos sanguíneos e placas arteriais e limitar o desenvolvimento de hiperplasia benigna da próstata.
O trevo vermelho é uma fonte de muitos nutrientes importantes, incluindo o cálcio, cromio, magnésio, niacina, fósforo, potássio, tiamina, e vitamina C.
  • Vários estudos demonstram que o extrato de isoflavonas de trevo vermelho pode reduzir significativamente as ondas de calor em mulheres na menopausa, retardar a perda óssea e até mesmo aumentar a densidade mineral óssea no pré e peri-menopausa.
No entanto, este efeito de possível fortalecimento ósseo, não foi observado em homens e mulheres após a menopausa.
  • Para as mulheres com os níveis de estrogênio normais, as isoflavonas do trevo vermelho podem deslocar alguns estrogênios naturais, e possivelmente prevenir ou aliviar sintomas como dor no peito, que estão associados com a TPM.O trevo vermelho também pode bloquear enzimas que podem causar o câncer de próstata em homens.
Acredita-se que o trevo vermelho pode ajudar a prevenir a doença cardíaca de várias maneiras. Embora os resultados de estudos em humanos não são definitivos, alguns mostram que tomar trevo vermelho pode diminuir os níveis de “mau” lipoproteína de baixa densidade (LDL) e aumentar os níveis de “bom” de lipoproteína de alta densidade (HDL) colesterol no corpo . Além disso, o trevo vermelho também pode promover um aumento da secreção de ácido biliar.
Indicações : 
  • É usado para tratar problemas dermatológicos em crianças, como eczemas, também era indicado e ainda é para para psoríases. Em adultos, é usado para tratar bronquite e tosse, especialmente coqueluche, por sua ação expectorante e antiespasmódica. Traz alívio para os sintomas menopausa, nas mulheres e, nos homens, contribui para diminuir a incidência de Hipeplasia Prostática Benigna (HPB) e de Câncer de Próstata. É eficaz na manutenção dos níveis de HDL, o colesterol bom.
Outros usos:

Na culinária, em pequenas quantidades, flores jovens e folhas são comestíveis em saladas e sanduíches. Sementes são acrescentadas a pães. Raízes também são comestíveis como um legume cozido. O trevo-vermelho também é usado em vinhos.

Contraindicações:

O trevo-vermelho pode ajudar a diluir o sangue e só deve ser utilizado sob recomendação médica.

Efeitos colaterais: 
  • Poucos efeitos adversos com o uso do trevo vermelho foram relatados em ensaios clínicos. A perda do apetite, o edema podai e a dor abdominal foram relatados após a administração de uma dose elevada (4 ou 8mg/kg) de isoflavonas (genisteina, daidzeina, gliciteína). A genisteina e a daidzeina livres e totais desapareceram rapidamente do plasma neste estudo e parecem pouco susceptíveis ao acúmulo no corpo com uso diário de 2 a 3 vezes.
Toxicologia: 
  • Os fitoestrogenios do trevo vermelho atuam através dos mecanismos estrogênicos e também geram os mesmos efeitos adversos produzidos pelo estrogênio, incluindo o aumento da incidência de câncer endometrial, ovariano e da mama. O trevo vermelho induziu a proliferação de células de câncer de mama sensíveis ao estrogênio em um estudo in vitro. Porém, um outro estudo mostrou que a densidade mamográfíca do peito, um marcador de efeitos estrogênicos e anti-estrogênicos, não foi afetados pela administração de Promensil por 1 ano a mulheres com 49 a 65 anos de idade. 
Um estudo piloto pequeno não encontrou nenhum efeito antiproliferativo no endométrio, associado com o uso de isoflavonas do trevo vermelho; Desordens de iníertilidade e crescimento foram observadas em ruminantes que receberam proporções elevadas de trevo vermelho em sua alimentação. Estes efeitos foram atribuídos à atividade estrogênica do trevo vermelho. Uma síndrome caracterizada pela infertilidade, lactação anormal, distonia e útero prolapso, conhecido como 'clover disease (doença do trevo), foi observada em ovelhas.
Trifolium pratense - Trevo vermelho