Uncaria tomentosa - Unha-de-gato
- A unha-de-gato (Uncaria tomentosa) é uma planta medicinal também conhecida como garra-de-gato, cat’s caw (inglês), uña de gato, paraguayo, garabato, garbato casha, samento e toroñ (espanhol). A unha-de-gato de nome popular inclui a espécie Uncaria guianensis. O uso da erva é frequentemente por via oral em forma de cápsulas, comprimidos, tinturas, elixires e pelo chá de unha-de-gato. Pertence a família Rubiaceae.
Planta trepadeira originária da floresta da Amazônia, a unha-de-gato tem, segundo os curandeiros locais, grandes propriedades terapêuticas; usam-na como panaceia para tratar desde asma e artrite a diabetes e câncer.
- É uma das plantas medicinais peruanas de maior importância. No 1º Congresso Internacional desta espécie patrocinada pela Organização Mundial da Saúde (WHO), catalogou-se o redescobrimento desta planta amazônica como a mais importante descoberta desde o quinina, árvore peruana descoberta no século XVII.
A Unha de Gato é uma vinha de madeira larga e seu nome é proveniente dos espinhos em forma de gancho que crescem ao longo da vinha e envolvem a planta. Duas espécies próximas da Uncaria são utilizadas quase como substitutas nas florestas: U. tomentosa e U. guianensis. Ambas espécies podem alcançar mais de 30 m de altura em seu topo, porém a U. tomentosa possui espinhos pequenos e flores branco-amareladas, enquanto que a U. guianensis possui flores laranja-avermelhadas e espinhos que são mais curvados. A Unha de Gato é uma planta indígena da floresta Amazônica e outras áreas tropicais da América do Sul e Central, incluindo Peru, Colômbia, Equador, Guiana, Trinidad, Venezuela, Suriname, Costa Rica, Guatemala e Panamá.
- Existem outras espécies de plantas com um nome comum de Unha de Gato (ou uña de gato) no México e América Latina; porém elas são derivadas de uma planta completamente diferente - não pertencente ao gênero Uncaria ou mesmo à família da Rubiaceae. Muitas variedades da Unha de Gato mexicanas possuem propriedades tóxicas.
Conhecida na América do Norte como erva milagrosa da Floresta Tropical e Trepadeira-da-Vida peruana. A tribo indígena Asháninka da região central do Peru possui a história mais antiga registrada com relação ao uso da planta. Elas também são a maior fonte de Unha de Gato do Peru atualmente. Ambas espécies de Uncaria sul americanas são utilizadas pelos índios da Floresta Amazônica de maneiras muito semelhantes além da longa história de uso.A Unha de Gato (U. tomentosa) tem sido utilizada medicinalmente pelas tribos dos Aguaruna, Asháninka, Cashibo, Conibo e Shipibo do Peru por pelo menos 2000 anos.
- A unha-de-gato é nativa da América do Sul, mais especificamente da Amazônia peruana. A unha-de-gato tem espinhos em forma de garra de felinos em seus talos, origem do nome popular da planta. A árvore é uma videira lenhosa gigantesca que pode atingir cerca de 30 metros de altura. O uso da planta é associado com a tribo Ashaninka, nativa da floresta tropical peruana. A espécie Uncaria tomentosa faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. .
Composição Química:
- O primeiro Farmacêutico do Brasil, que a historia retrata foi Pe. José de Anchieta (1565), era antes de tudo um estudioso sobre plantas, drogas e toxicidade dos alimentos. No entanto, os indígenas possuíam seus próprios meios de curas, através dos pajés. Somente depois da II Gerra Mundial houve uma difusão de alopatia, representada pelo avanço dos antibióticos e da vacinação em massa, causando a ilusão de que a tecnológica moderna havia vencido a guerra contra a doença, e as terapias naturais perderam o prestigio e a credibilidade (GONÇALVES, 1997).
O conhecimento farmacêutico, durante a idade média na Europa não foi desenvolvido apenas pelos alquimistas, eram amplamente versados na medicina popular local e tinham um vasto conhecimento das propriedades terapêuticas das plantas medicinais nativas. Para os povos, este não era um ramo separado do conhecimento humano, mas parte de sua herança de medicina popular. Como outros povos, as antigas tribos letãs tinham aprendido a usar os recursos curativos da natureza, como ervas, fontes minerais, dentre outros. (CLAUMANN, 2003).
- Entre o final do século XII e início do XIII, monges germânicos converteram grandes parcelas da população. Como a cura dos enfermos também se tornara uma tarefa monástica, a tradição da medicina popular da Europa ocidental difundiu-se passo a passo com a fé cristã. Em 1357 foi fundada uma das primeiras farmácias de que se tem notícia, em Riga, cidade da Letônia, país sob forte influência cultural germânica. Esta e outras que se seguiram, em Riga e em outras cidades da Letônia, foram moldadas como farmácias germânicas. Essa tradição continuou até o século XX, encerrando-se em 1939, quando os alemães foram expulsos dos estados bálticos, entre os quais a Letônia.
Embora as farmácias fossem propriedades privadas, eram rigidamente fiscalizadas pelo conselho da cidade sob diversos aspectos. O conselho lhes arrendava instalações comerciais, isentava-as de impostos sobre consumo e lhes permitia importar quantidades específicas de espíritos (substâncias imersas em álcool) e outros bens, livres de tributos alfandegários. Em troca, os farmacêuticos tinham que aceitar os preços e todas as demais regras fixadas pelo conselho municipal. Além disso, sua conduta profissional era inspecionada pelo médico da cidade e por funcionários municipais.
- As atividades dos farmacêuticos eram bem mais numerosas do que a de somente aviar receita. Eles ferviam sabão, fabricavam pólvora em seus laboratórios e forneciam material de escritório para as autoridades, como papel, tinta, cera e lacre. Além de tabaco, cartas de baralho e todo o tipo de miudezas, os artigos farmacêuticos incluíam bebidas alcoólicas. A atmosfera medieval que circundava a farmácia começou a mudar no início do século XVIII. A venda de bebidas e especiarias gradualmente cedeu lugar a laboratórios que eram bem equipados para a época.
Em meados de século XIX, os farmacêuticos tinham de preparar todas as drogas em seus próprios estabelecimentos ou comprá-las de outros farmacêuticos. Suas atividades incluíam a manufatura de ácido mineral, vários preparados inorgânicos, óleos essenciais e álcoois. Ao mesmo tempo, experimentaram novos compostos, que levaram a importantes descobertas, sobretudo no campo da fitoterapia. A ênfase científica na farmácia foi acentuada na primeira metade do século XIX, quando a descoberta dos alcalóides permitiu aos farmacêuticos desenvolverem várias drogas importantes. A mudança na função da farmácia chegou a seu ponto culminante na final do século XIX.
- Com o tempo, as farmácias não tiveram alternativa senão comprar produtos prontos diretamente de empresas químicas e farmacêuticas, em sua maioria alemãs. Os farmacêuticos produziam cada vez menos drogas e foram progressivamente tornando-se intermediários, mas o número de farmácias não declinou. A pesquisa científica concentrava-se principalmente nos medicamentos naturais (NOVA ENCICLOPÉDIA, 1997).
Desde a fundação da primeira farmácia, até hoje, em que se intermédia a venda dos produtos das indústrias químicas e farmacêuticas, o símbolo da farmácia é representado por uma taça com uma serpente se enroscando nela, projetando-se do pé até a boje, com a cabeça em atitude de espera como se fosse beber algo. A taça evoca o poder curativo das drogas, e a serpente atentamente posicionada, insinua uma atitude de advertência, ou seja, refere-se à cautela e responsabilidade ética, com que deve atuar o farmacêutico no preparo e na venda dos medicamentos.
- O símbolo representa bem a categoria, mas apenas ele permanece inalterado, porque o tempo registrou não só a troca do “pH” da grafia do nome do estabelecimento por “F”, mas muitas mudanças na estrutura física e funcional das farmácias. Algumas mudanças aconteceram apenas por imposição das necessidades vindas com o passar do tempo e do progresso; outras porque foram exigidas por lei (FUCK, 2001). A luta pelo resgate da função farmacêutica começou há 40 anos, marcada pelo aparecimento da farmácia clínica (pharmaceutical care) nos Estados Unidos, onde o profissional tornou-se um consultor farmacoterápico. Muitos teóricos se empenharam em explicar o significado de Atenção Farmacêutica, a prática profissional na qual o paciente é o principal beneficiário das atenções do farmacêutico.
A dimensão ética da profissão farmacêutica está determinada, em todos os seus atos, em benefício do ser humano, da coletividade e do meio ambiente, sem discriminação de qualquer natureza (HANHANI, 2001).
Aspectos Fitoquímicos:
- Através das investigações químicas, feita por Wagner et. al, (1985), foram descoberto 6 alcalóides oxindólico pentaciclicos que são: rinocofilina, mitrafilina, isoteropodia A, pterodifina, isorincofilina, isomitrafilina. Segundo Alonso (1998), ainda existem outros alcalóides como: Fmitrafilina, hisurteína, hisurtina, dihifrocorianteína, uncarina, isopteropodina A.; Polifenóis; (epicatequina); Procianidinas A, B1, B2 e B4; Glicosídeos oxindólicos, e Triterpenos do Ácido Quinóvico, Fitosteróis: b-sitosterol, estigmastelrol, campesterol isolados (AQUINO, 1990).
Ensaios farmacológicos, demonstrado que estes alcalóides, produzem um grande aumento da fagocitose eliminando as bactérias e corpus nocivos. Constatando ainda que o extrato aquoso etanólico da Uncaria tomentosa apresenta uma atividade citostática, contracéptica e antiinflamatória. Foram isolados mais de 50 princípios ativos sendo os já citados acima de maior importância. Estas composições são extraídas do Córtex pulverizado e feito o dessecamento do mesmo, para industrialização das Cápsulas gelatinosa dura. encontrado no mercado farmacêutico, industrializado com diferentes tipos comerciais (WAGNER et. al, 985)
Princípios ativos:
- Acetoxidihidronomilina, ácido alfa-trihidroxi-ursenóico, carboxistrictosidina, ácido acetiluncárico, ácido adípico, alcalóides (especiofilina (uncarina D), isomitrafilina, isopteropodina (unicarina E), mitrafilina, pteropodina (unicarina C), uncarina F, rincofilina), aloisopteropodina, alopteropodina, angustina, campesterol, carboxistrictosidina, catecol, D-catechina, DL-catecol, ácido catecutânico, beta-sitosterol, corinanteína, corinoxeína, dihidrocorinanteína, óxido-n-dihidrocorinanteína, dihidrogambirtanino, ácido elágico, L-epicatecol, epicatechina, estigmasterol, ácido gálico, hanadamina, hirsutina, hirsuteína, óxido-n-hirsutina, hiperina, 3- iso-19-epi-ajmalicina, isocorinozeína, isorrincofilina, óxido-n-isorrinchofilina, isorotundifolina, ácido cetouncárico, 11-metoxiohimbina, ácido oleanólico, ourouparina, oxogambirtanino, ácido quinóvico, rotundifolina, uncarina, ácido ursólico. Baseado nos estudos fitoterápico e sua ação curativa escolheram estudar mais a fundo e fazer estudo experimental do poder fitoterápico de Uncaria tomentosa e sua grande ação antiinflamatória.
Planta popularmente conhecida como Unha-de-gato ou Aranha-gato possui espinhos que apresentam uma semelhança com unha de gato, originada no Peru sendo descrita pela primeira vez em 1830, nativa em toda Amazônia Ocidental, sendo utilizada pelos Incas e Índios como grande riqueza medicinal para tratar, Artrite, Gastrite, Reumatismo e Inflamações em geral.
- Em vários países inclusive aqui no Brasil foram feitos estudos que comprovaram efeitos benéficos da unha-de-gato Uncaria tomentosa, pois sua composição e bastante rica, dentre seus principais componentes os glicosídeos do Ácido quinóvico os quais conferem a esta planta sua atividade antiinflamatória, no tratamento de Amigdalite, Artrite, Sinusite, Bursite e Renite (AQUINO, 1989). Somente em 1970 veio despertar interesse científico depois de inúmeras pesquisas na Europa comprovando ai seu valor terapêutico.
A unha-de-gato conquistou o mercado internacional pelo seu grande poder fitoterápico e por isso a Embrapa Acre deu inicio a pesquisa com unha de gato em parceria com a Secretaria Executiva de Floresta e Extrativismo (SEFE), com apoio financeiro do Ministro do Meio Ambiente (MMA), visando sistematizar as informações existentes sobre as espécies e levar dados básicos de campo para elaboração de plano de manejo da Unha-de-Gato em nossa região, (MIRANDA, 2000).
- Em 1995, essa selvagem planta peruana foi muito eficiente no tratamento das vítimas do acidente nuclear ocorrido em Chernobil na Ucrânia. A unha-de-gato ("Uncaria tomentosa"), no entanto considerada “no momento uma planta promissora no tratamento do Câncer, informou o médico peruano Fernando Cabieses, que estuda esta planta amazônica como parte da medicina tradicional ou alternativa” De acordo com informações dadas AFP (Instituto de Fitoterapia Americano), o acompanhamento aos doentes que usaram o produto comercial nos últimos três anos permitiu concluir que a unha-de-gato "é um modulador do sistema imunológico". (CABIESES, 1994, STUPPNER, 1993 e INCHAUSTEGUI, 1993).
O mesmo autor relata que para Cabieses, a unha-de-gato, tem dez princípios ativos diferentes confirmados, entre alcalóides e glicosídios, para serem usados em diferentes tipos de câncer. Não resta dúvida de que se trata de um comprovado antiinflamatório. Klyrnetnko e Vasika disseram obter resultados do preparado em 200 pessoas na Ucrânia "chegando conclusão que depois de um ano de ingerir a unha-de-gato, o Mannax nos permitiu melhorar a qualidade de vida deles".
- Em resumo, pode prolongar o período de vida esperada, disse Klymenko. Vitctor klymento e Dimitriv Vasika, do Centro Nacional de Medicina de Radiação de Kiev, disse em Lima ter resultado "muito promissores" que inclinam que se pode usar a Unha-de-gato, (industrialmente vendido com o nome de Mannax) "com grande sucesso para doenças como Aids e a Leucemia"
Uncaria tomentosa - Unha-de-gato
Usos Medicinais:
- A unha-de-gato é utilizada há séculos na medicina popular sul-americana para o tratamento de distúrbios intestinais, úlcera gástrica, artrite e para promover a cicatrização de feridas. Muito presente na Amazônia peruana, a Uncaria tomentosa é um potente estimulante imunológico rico em propriedades antioxidantes, antivirais e anti-inflamatórias, que por sua vez podem beneficiar todas as formas de artrite, reumatismo e outras doenças inflamatórias.
A unha-de-gato ajuda a ativar macrofagócitos, linfócitos e leucócitos. Também inibe a agregação de plaqueta sanguínea. Além disso, a planta é um imunoestimulante e antioxidante que combate os danos causados pelos radicais livres, tendo sido usada para dar energia ao corpo durante tratamentos de quimioterapia e radioterapia, ajudando a remover metabólitos tóxicos.
- Acredita-se que a unha-de-gato possua propriedades antivirais e antibacterianas, tendo sido demonstrado que a planta ajuda a combater o vírus do resfriado e da mononucleose, e cujo os seus efeitos estimulantes imunes lhe permitem lutar contra a invasão da doença de Lyme, sinusite e combater doenças de pele, além de agir contra a Helicobacter pylori, bactéria associada à gastrite e úlceras pépticas¹. Usada ainda na medicina alternativa em forma de pomada, compressa ou cataplasma para fístulas, infecções fungosas, hemorroidas, herpes e feridas e em forma de colírio para conjuntivites. Na culinária, o talo da unha-de-gato produz um líquido claro e fresco refrescante quando consumido.
Indicações:
Infeções crônicas :
- Tonifica o sistema imunológico, sendo ótima para infecções crônicas e doenças degenerativas, preferencialmente conjugada com outras ervas imunoestimulantes, pode ser útil para a fadiga crônica, fibromialgia, febre glandular e infecção por herpes. Testes no Peru sugerem que pode ser útil na infeção por HIV, sendo excelente para a convalescença.
Anti-inflamatório:
- A unha-de-gato tem uma forte ação anti-inflamatória e pode tratar com sucesso ulcerações gástricas e problemas inflamatórios nas articulações, tais como artritre reumatóide e ostroartrite.
Remédio anticancerígeno:
- De acordo com o seu uso tradicional na América do Sul, a unha-de-gato tem propriedades anti-tumores, sendo preciosa como tratamento adjuvante no câncer, ministrada com outras plantas medicinais apropriadas e por conselho de um profissional
Contraindicações:
- A planta não deve ser utilizada durante a gravidez e lactância. Algumas pessoas poderão não se sentir bem ao iniciar o uso da planta, condição que cessará com a aclimatação do organismo. Um possível efeito colateral do uso da unha-de-gato pode ser diarreia.
Uncaria tomentosa - Unha-de-gato